Capítulo 26

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Gustavo Sousa
Graças a Deus chegamos no sítio dos meus pais. Eu estava exausto, com as costas doendo de tanto tempo dirigindo, mas estava feliz por estar visitando meus pais depois de quase um ano longe. Os meninos estavam loucos para chegar, e quando parei o carro para abrir o portão do sítio eles pareciam estar em êxtase.

-Papai já chegamos? - pergunta Enzo empolgado.
-Já, mas não saí ainda - digo indo abrir o portão.

Abro-o e entro com o carro, e depois volto para fechá-lo. Dirijo por mais alguns metros e estaciono em frente ao casarão de meus pais. Minha mãe logo aparece na porta.

-Guto! - grita ao me ver.

Desço do carro sorrindo, e ainda ajudo o Henry a sair do carro antes de correr para os braços abertos da minha mãe, e do meu pai e da minha irmã Juliana. Damos um abraço coletivo, e minha mãe está emocionada, quase chorando, também não é pra menos, nunca ficamos tanto sem nos ver.

-Senti tanta saudades sua Guto! - diz minha mãe dando um beijo em minha testa.
-Até eu consegui sentir saudades sua seu chato! - fala Juliana.

Faço uma baguncinha em cabelo dando risada.

-Bom, - digo olhando para minha família - esses aqui são meus três filhos, e minha esposa, como sabem - falo orgulhoso.
-Três? Só vejo dois - fala minha irmã Juliana confusa.
-A mamãe está grávida - explica Enzo.
-Oh não acredito! - diz minha mãe surpresa.
-A última vez que te vi você só era recém-casado, e agora me aparece com três filhos?! - fala meu pai sorrindo, todo orgulhoso.
-É - digo sorrindo.

Meus pais comprimentam os meninos, que apesar de cansados, parecem estarem contentes por conhecerem os avós. Juliana também ficou feliz em conhecer os sobrinhos, e até já estava de brincadeira com eles. Depois de um lanche rápido e leve, minha mãe nos acomodou em um dos quartos de hóspedes, e logo começou os problemas. Henry não queria dormir longe da gente, e Enzo não parava de reclamar de dor no pescoço. Mel estava cansada, e irritada, e eu estava tentando mediar uma conversa calma e saudável.

-Eu não quero dormir em outro quarto pai! - diz Henry manhoso.
-Henry está frio para vocês dormirem em um colchão no chão! - briga Mel.
-Mas eu quero ficar com vocês! - pede Henry com uma carinha de choro capaz de cortar corações.
-Mamãe meu pescoço não para de doer! - reclama Enzo pela décima vez.
-Tá certo! Vamos dormir todos na cama. E Enzo fica calmo, o papai vai ser se arruma um remédio pra você - digo cansado de discussão e louco para cair na cama e dormir.

Vou atrás da minha mãe, para saber se ela tem algum remédio para dor muscular. Bato na porta de seu quarto, e escuto um "Entra".

-Mãe, tem algum remédio pra dor muscular? - pergunto colocando só a cabeça para dentro do quarto.
-O que você tem filho? - pergunta preocupada.
-O Enzo, está com dor no pescoço. Acho que foi mal jeito por causa da viagem longa - explico.
-O Enzo não pode tomar qualquer coisa, ele ainda é muito novo - fala levantando-se da cama - mas acho que um adesivo de Salompas ajuda.

Ela vai até o banheiro de seu quarto, e volta alguns minutos depois trazendo uma caixinha. Deposita em minhas mãos, e dá um beijo em minha testa de boa noite, como fazia quando eu era mais novo.

-Dorme com Deus - fala voltando para cama.
-Bênção mãe, bênção pai.
-Deus te abençoe filho - fala meu pai baixinho, com voz de sono.

Volto para nosso quarto, e encontro Enzo na sentado na cama, vendo televisão. Ele está de banho tomado, e com roupa de frio.

-Está melhor filho? - pergunto sentando-me ao seu lado.
-Ainda dói muito quando viro o pescoço - diz choroso.
-O papai vai colocar um adesivo no seu pescoço, para aliviar a dor - digo abrindo a embalagem que minha mãe entregou-me.

Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&GutoOnde histórias criam vida. Descubra agora