Melissa Fortunato
-Vamos crianças - chamo os meninos mais uma vez.
-Melissa, deixa eles, eles já vêm - diz Guto dentro do carro.Eu entro no banco da frente e respiro fundo.
-Que cê tem, que anda irritada por tudo? - pergunta Guta beijando meu pescoço.
-Nada. Quem disse que estou irritada! - quase grito a última parte.
-Foi mal - diz sorrindo e erguendo as mãos em forma de rendição.Os meninos logo surgem, e se acomodam no banco de trás. Eles vão conversando sobre futebol, e eu fico no celular, conversando com Lalá e Bea, para marcar um dia para elas virem em casa, para conhecerem os meninos.
Deixamos os meninos na escola, e fomos trabalhar.-Amor, pode vir na minha sala um pouquinho? - peço ao Guto quando descemos do carro.
-Essa proposta veio em boa hora. Estou louco para ter você - sussurra a última parte em meu ouvido.Eu tinha que concordar. Pois nesses últimos dias, não tínhamos mais namorado, com os meninos dormindo no nosso quarto. Guto passou o braço sobre minha cintura, e adentramos a escola como todos os dias, naturalmente, cumprimentando à todos. Fomos diretamente para minha sala, que teve a porta trancada logo após a nossa chegada.
-Preferia ter você na nossa cama, pra poder te ouvir gritar alto, mas infelizmente vai ter que ser aqui mesmo - diz Guto com a voz rouca.
Ele beija-me com voracidade e desejo, perco-me em seus bracos, e logo me sinto perdida. Guto atrapalha-se tentando desabotoar a minha blusa, e eu solto um sorriso ao ver seu desespero. Amamo-nos no sofá da minha sala, e tive que morder com força seu ombro, para que ninguém pensasse que o chefe e sua mulher estavam se comendo no horário de trabalho.
-Simplesmente foda - diz Guto alisando meus braços. Eu estava deitada sobre ele, que estava deitado no sofá.
-Quando acho que você não pode me deixar mais louca, você consegue a proeza de surpreender-me - falo respirando fundo.
-Mas você queria falar alguma coisa comigo, ou só queria desfrutar do meu corpo mesmo?! - pergunta todo convencido.
-Os dois - digo rindo - mas queria pedir para contratar alguém para auxiliar na contabilidade, porque quero trabalhar só de manhã, que é o período que os meninos ficam na escola - exponho minha vontade.
-Você sabe que por mim, você nem trabalharia.
-Eu sei, mas eu preciso trabalhar, senão eu piro, ficar em casa o dia todo não dá.
-Se você diz, então posso contratar alguém pra te ajudar - diz dando os ombros - você vai pra casa receber os móveis do quarto dos meninos? Chegam hoje.
-A é! Eu já tinha até me esquecido - digo - aproveito que meu carro ficou aqui, e vou buscar os meninos na escola, e depois vou pra casa.
-Ok. Não sei se consigo chegar cedo hoje, minha ultima aula é as 19h - diz fazendo uma cara sofrida.
-Tudo bem, vou aguardar você com saudades - falo dando um beijo em seu peito, e levantando-me logo a seguir - hora de ir trabalhar.Eu visto-me rapidamente, e Guto faz o mesmo, dando-me um selinho antes de sair da minha sala.
(...)
Gustavo Sousa
Saio da sala da Mel, e vou caminhar pelo Haras, dar uma olhada em como andam as aulas com os outros professores.
Depois de caminhar por um bom tempo, e garantir que tudo estava sobre ordem, eu fui atrás do Thales, meu amigo e representante comercial aqui da escola. Caminho até a sala dele, mas não tem ninguém. Engraçado, ele geralmente fica aqui até umas 18h todos os dias, mas deve ter acontecido alguma coisa. Resolvo subir para minha sala, já que a essas horas, Mel já deve ter ido buscar os meninos.
Fico cantarolando enquanto espero o elevador, e quando a porta se abre, encontro Thales e Beatrice.-Oi Thales, estava procurando por você - digo entrando no elevador.
Beatrice conprimenta-me com um beijo no rosto, e noto que suas bochechas estão vermelhas, e seus cabelos bagunçados. Assim como os cabelos de Thales, que estão mais bagunçados do que o normal, enquanto sua camisa está com botões a mais abertos, e sua gravata está um tanto frouxa. Hmmm, suspeito demais.
-Tive que resolver um probleminha - diz Thales em tom de desculpa.
-Tudo bem, quando estiver livre, passe na minha sala - digo - e você Bea, o que faz aqui? - não resisto em perguntar.
-Vim atrás da Mel, mas como não a achei, estou indo embora - fala toda tímida.Definitivamente esse comportamento não combina em nada com a Beatrice que conheço. Ela é espontânea, agitada, falante, e até extravagante. Tímidez não tem nada a ver com ela.
-A Mel foi buscar os meninos na escola - digo confirmando o horário no relógio.
-Imaginei, eu volto outra hora - a porta do elevador se abre, e ela saí rapidamente, dando uma última olhada para Thales - Tchau meninos - diz rápido, e some da nossa visão.Eu encosto tranquilamente na parede gelada do elavador, enquanto espero ele subir pro meu andar. Thales parece desconfortável ao meu lado.
-Beatrice é amiga da Melissa? - pergunta alguns minutos mais tarde.
-É. Elas conheceram-se em Paris, quando Mel foi pra lá modelar.
-Ah sim.
-Porque? - pergunto.
-Nada não, só curiosidade.Uhum, sei. Curiosidade. O elevador para em meu andar, e Thales anuncia que tem novidades, fomos para minha sala, e ele conta-me sobre a possível ideia de erguer uma filial da escola em Belo Horizonte. Eu fico empolgado, e ficamos amadurecendo a ideia até dar o horário da minha próxima aula, quando, despeço-me de Thales, e vou trabalhar mais um pouco.
(...)
Eu estava no meio da minha segunda aula, quando recebo um telefonema de Mel. Peço licença ao aluno, e saio de fininho para um canto do haras.
-Oi amor - atendo.
-Guto, vem pra casa - diz rapidamente e noto o nervosismo em sua voz.
-Estou em aula.
-É urgente Gustavo! - diz alto.
-Não vai me falar o que houve? - pergunto nervoso.
-Quando chegar aqui a gente conversa. Vem logo - diz e desliga o celular.Eu tento controlar-me, mas o desespero já toma conta de mim. Peço para um outro professor assumir o restante das minhas aulas, e saio em disparada para casa. Esforço-me a respeitar as regras de trânsito, mas é quase impossível com minha cabeça fervilhando, imaginando mil e uma coisas que podem ter acontecido.
O caminho até em casa, foi mais longo do que eu imaginava, e quando finalmente eu entro no nosso condomínio, e aproximo-me da rua da nossa cada, avisto duas viaturas de polícia. Acelero até parar ao lado de casa, e desço em um pulo, com o coração na mão, não posso imaginar o que aconteceu.
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Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&Guto
RomancePLÁGIO É CRIME ! No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral - artigo 184 - que traz o seguinte teor: Violar direito...