Capítulo 27

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Oi gente! Eu ando meio sumida por conta da correria do dia a dia. Mas prometo postar pelo menos uma vez por semana. Bjs!

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Melissa Fortunato
No dia seguinte, já acordamos mais animados. Enzo estava louco para que Guto levasse-o para andar à cavalo, eu morro de medo de que ele caia, mas não vai ter jeito. Tomamos um delicioso café da manhã, com todas as gostosuras mineiras, e depois fomos para o celeiro.

-Ai que saudades que eu estava desse lugar - fala Guto sorrindo, enquanto abre as cocheiras.
-Seu cavalo tá aí, não é o Lusitano, mas é o seu - fala sua irmã, Juju como diz os meninos.
-Que isso, todas raças de cavalos são especiais. O Lusitano era só um sonho - responde sorrindo orgulhoso.
-Você acredita Mel, que ele não deixa ninguém montar naquele cavalo? Ele tem um ciúmes do bicho! Vocês nunca brigaram por causa disso? - dispara minha cunhada.
-Não Ju - digo rindo.
-Claro que não, a Mel já montou nele - diz Guto arrumando a cela de um cavalo.
-Ah então ela pôde? Como você é cuzão Gustavo! - diz Ju indignada.
-Olha boca! Meus filhos estão ouvindo! - repreende Guto.
-Foi mal - desculpa-se Ju.

Guto termina de celar o cavalo, e puxa-o para o lado de fora do celeiro.

-Quem vai ser o primeiro? - pergunta Guto aos meninos.
-Eu! - grita os meninos em uníssono.
-Então vem vocês dois - chama Guto.
-Pelo amor de Deus Guto, toma cuidado! - digo morrendo de preocupação.

Guto coloca os dois em cima do cavalo, e começa a andar devagarinho. O sorriso no rosto dos meninos é tão grande, que não resisto em sorrir também.

-Tão gostando? - pergunta Ju aos meninos.
-Sim! - responde Henry contente.
-Vai mais rápido papai! - pede Enzo.
-Não Enzo! Assim tá ótimo - digo morrendo de medo de que eles caiam. Estou com meu coração pequenininho.

Quando finalmente o Guto desce os meninos do cavalo, eu abraço-os rapidamente e respiro aliviada.

-Ficou com medo por eles cunha? - pergunta Ju engraçada.
-Um pouco - confesso dando um sorriso amarelo.
-Agora a gente pode brincar na lama? O pai disse que brincava quando era pequeno - pede Henry.
-Podem, podem. Pelo menos é seguro - digo rindo.
-Eba! - comemora Henry sorrindo.

Os dois correm pelo quintal, sujando-se inteiros, mas com lindos sorrisos no rosto. Ju entrou para ver onde os pais estavam, e eu e Guto sentamo-nos em um banco perto dos meninos.

-Está gostando daqui pequena? - pergunta receoso - sei que você prefere a cidade, mas aqui é legal, não é?
-Amor, e se eu te dizer que estou adorando? - pergunto fazendo carinho em seu cabelo.
-Sério? - questiona abrindo um sorrisão.
-Estava até pensando em como seria bom morar aqui. Sem trânsito, sem correria... - digo enumerando com os dedos.
-Só posso estar sonhando. Você é a minha Mel mesmo? - fala engraçado, tocando-me.
-Sou amor, sua Mel - digo sorrindo.
-Se você falar que quer morar aqui, a gente muda-se amanhã - fala sério.
-Sério? - pergunto sem acreditar.
-Sério. Ainda mais agora que estamos abrindo uma filial da escola Lusitano aqui em BH.
-Eu topo! - declaro sentindo-me maluca por ter coragem de largar tudo lá na capital.
-Mas você quer morar aqui em Minas, ou em BH? Que é mais movimentado e tals.
-Eu queria morar aqui, pra ficar perto dos seus pais, e dos meus avós. Só minha mãe que não vai gostar muito - digo lembrando-me dela.
-Quem sabe ela não vem morar aqui também? Nada a impede, ela e seu pai são aposentados..
-É verdade! Mas não comenta com ninguém nossos planos ainda, vamos deixar pra contar quando tudo já estiver resolvido.
-Tá certo - ele aproxima-se mais de mim, e abraça minha cintura - cada dia eu amo vocês um pouco mais - diz deitando a cabeça de leve em meu ombro - você, meus meninos, e minha princesinha, são minha vida!
-Eu amo vocês tanto, mais tanto, que até dói - digo beijando seu cabelo.

Ficamos absortos em nosso momento romântico, até que os meninos nos chamam.

-Papai, mamãe, eu quero tomar banho! - pede um Enzo coberto de lama.
-Meu Deus, sua vó vai nos matar de você entrar assim no casarão! - digo olhando-o.
-O jeito vai ser um banho de mangueira - diz Guto levantando-se e indo até a mangueira.
-Ainda bem, que eu estou com um calor! - fala Henry.

Ai virou aquela bagunça. Foi lama e água pra todos os lados, até eu e Guto não escapamos dessa sujeitada. Eu gosto tanto desses momentos em família, sinto-me realizada.

-Ai papai chega de água! - reclama Enzo.
-Vixe, já tá enjoado? - pergunta Guto sorrindo.
-Para de falar assim de mim, papai - fala Enzo triste.

Guto desliga a mangueira, e pega Enzo no colo.

-Vamos trocar, hoje você cuida do Henry, e eu do Enzo. O mocinho aqui precisa de carinho - fala beijando a bochecha do pequeno 2.
-Ok! Eu e Henry somos uma dupla perfeita! Sempre terminamos primeiro - digo abraçando o pequeno 1.
-A é? Estão querendo uma competição? - pergunta Guto desafiador.
-Uhum! - fala Henry empolgado.
-Corre papai, corre! - grita Enzo no colo de Guto, que logo começa a correr - vamos ganhar! - fala Enzo sorrindo.
-Vamos filho! Vamos ganhar deles - digo segurando a mão de Henry e correndo com ele para dentro do casarão.

(...)

Depois de um banho longo, pois deu trabalho tirar todo o resto aquela lama de cima de Henry, descemos para a sala. Enzo e Guto ainda não tinham aparecido, provavelmente o pequeno deu um trabalhão. Deixei Henry na sala vendo TV, e fui na cozinha ver se minha sogra precisava de ajuda para fazer o almoço.

-Maraaa... - entro na cozinha cantarolando - quer ajuda?
-Não fia, pode ficar descansado, essa barriga já deve estar pesando - diz sorrindo afetuosa.
-Só um pouco - digo alisando minha barriga - mas ainda estou bem ativa!
-Então vamos aproveitar, quero ver daqui alguns meses - fala sorrindo.
-Nem me fala, vou virar uma bola!
-Ai mais vale a pena viu, quando você sentir aquele serzinho no seu colo, tão frágil, dependente de ti para tudo, você vai ser extremamente grata - diz com os olhos brilhando.
-Eu imagino! Pelos nossos filhos vale todos os sacrifícios - digo orgulhosa, lembrando dos meus meninos.
-Mas depois dela, você pretende ter mais? - pergunta mexendo nas panelas.
-Não... Já tenho três!
-É - diz sorrindo - eu também fico feliz com meus três.
-O que as moças estão fofocando aí? - pergunta Guto entrando na cozinha.
-Moças? - pergunta minha sogra rindo.
-É. O que estavam falando? - pergunta abraçando-me por trás.
-Sobre filhos - explica minha sogra.
-Eu quero uns cinco - diz Guto.
-Atá! - digo rindo.
-É gratificante, mas dá muito trabalho - diz Dona Mara.
-Imagino - digo imaginando as noites sem dormir, a preocupação de quando ficam doentes, o medo de que algo ruim aconteça quando eles ficam grandes e saiem de casa, e muito mais.
-Mas falando sério, por mim, os três já está bom - fala Guto.
-Vocês já têm uma família tão linda! E além do mais, três é um número bom - diz minha sogra sorrindo.

"Família é o amor de Deus nos oferecendo um pouquinho do céu aqui na terra".

Recém Casados - Livro 2 - Duologia Mel&GutoOnde histórias criam vida. Descubra agora