Capítulo 33

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Dehayne

- Aaaaahhhh! - Um grito de felicidade ecoa pelo quarto e corredor, pela manhã. - Não poderia ter me dado notícia mais satisfatória, Briseis.

- Esse resultado maravilhoso merece uma comemoração, não acha? - indaga sem conseguir conter o intusiasmo, do outro lado da tela do celular.

- O que tem em mente? - replico de volta, conseguindo finalmente sair de baixo das cobertas.

- Que tal um jantar com os nossos amigos esta noite? Eu convidei o tio Dalton e o Cielo. Não tem problema, não é mesmo? E vai ser na minha casa.

- Meu pai? Na verdade foi uma péssima ideia. E o Cielo que ainda é mais desagradável que ele.

- Não seja dramática, Dehayne L. Você virá, certo? E traz o Christian. Isso não é um pedido, é uma ordem.

-Então eu tenho que ir acompanhada? - Forço uma expressão de espanto.

- Estou falando sério - diz entre risos.

- Eu também!

-Preciso organizar os últimos detalhes do nosso jantar. Então, até mais tarde.

Desliga

- Dehayne, está tudo bem com você? Eu ouvi um grito, fiquei preocupada! - questiona Darcy, sem entender nada. Corro até ela, dando pulinhos, e abraço-a com bastante entusiasmo.

- Acho que alguém nesta casa vai ser aprovada com ótimas notas. Estou muito feliz!!!!!

- Que excelente notícia. - Darcy vibra junto comigo. - Meus parabéns!

- Espero que aceite ser minha convidada para o jantar que a Briseis vai dar hoje à noite. Podemos fazer compras agora. O que me diz?

- Eu adoraria, mas não posso. E agradeço o convite. De verdade.

- Por que não pode? - pergunto com curiosidade. - Foi algo que eu fiz?

- Não, querida, não tem nada a ver com você. É o Christian.

- O que tem ele? Você acha que ele vai ficar chateado se eu não o convidar para o jantar?

- Receio que o Chris não possa aceitar o seu convite mesmo que o faça. Ele está doente. E eu preciso cuidar dele.

- É algo sério? Ele já foi medicado?

- Febre alta e muita enxaqueca. Ele tomou um analgésico há pouco e dormiu. Dr Abelardo acha que a febre pode ter sido causada por fatores emocionais. A noite de ontem foi bem difícil e estressante para o seu marido.

Antes que a Darcy possa dizer mais alguma coisa corro para o quarto ao lado, apenas de pijama.

Entro no quarto sem bater à porta, me aproximo da cama do Christian e me deito ao seu lado, ele repousa sob as espessas e macias cobertas, e apesar de estar dormindo seu rosto está suado e a respiração ofegante.
Toco seu rosto com leveza, com receio de acordá-lo.

- Eu vou cuidar de você, meu amor. - Passo os dedos por entre seus fios escuros e lisos, acariciando-os como de costume. Então, ele acorda.

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