No tão esperado sábado, dia em que os meus avós maternos vêm jantar na minha casa à noite, Dehayne e eu resolvemos fazer compras em um dos shoppings próximo à casa onde ela morava e, curiosamente, ela decide ir visitar os irmãos e a madrasta. Distribui presentes para o gêmeos - Taylor e Tomas -, ambos de quatro anos, para a governanta e até mesmo Victória, a madrasta que ela não suportava.
- Theo! - Dehayne aborda o motorista do pai. - Esta lembrancinha é pra você. - Ela entrega um pequeno embrulho a ele.
- Obrigado, senhorita Lacerda. Só lamento não poder devolver o gesto - explica o homem alto, moreno, de olhos castanhos e sorriso agradável.
- Não precisa se preocupar com isso, Theo. - É a vez de Dehayne falar. - O papai está aqui?
- Sabe que eu não sei. O vi saindo pela manhã bem cedo, deve ser para algum desses compromissos matinais de costume.
- Isso é ótimo. Não falar com o meu pai polpa bastante aborrecimento, sabia? - Ele apenas a observa sem nada dizer. - Foi bom ver você, Theo. Já estou indo pra casa.
- Igualmente, senhorita Lacerda.
- Agora é senhora Santiago Rivera. - Ela sorri. Ele também.
Depois que Theo volta para o seu posto, Briggity avisa que Victória deseja conversar conosco.
- O que ela quer? - Dehayne pergunta sem muito interesse aparente na resposta. - Deixei o presente dela na sala justamente para não correr o risco de ir procurá-la e encontrá-la junto com o senhor inconveniência em pessoa.
- Sra. Lacerda deseja que ambos tomem café da manhã com ela. - A mulher me analisa de cima a baixo antes de indagar: - Não vai ignorar um pedido da mãe de sua esposa, não é, senhor S. Rivera? - apela para o meu psicológico já que a Dehayne não faz nada a contragosto.
- Podemos demorar uns cinco minutinhos, não é, Dehayne? - Seguro a mão de minha esposa, ela encosta a cabeça em meu ombro, em concordância.
- Onde está a Victória? E o que ela está aprontando?
- Na área da piscina, sigam-me, por favor!! - murmura a governanta, calando-se.
- A Victória não é minha mãe, é minha "boadrasta".
- Tem certeza que o meu pai não está? Porque se ele chegar aqui vai ser impossível sair desta casa hoje e o Christian e eu temos compromisso.
- Eu converso com ele, prometo - prometo a ela.
- Ah, aproveita à ocasião e diga a ele que eu não quero festa de 18 anos - observa a garota rebelde. - Estou tentando evitar aborrecimentos.
- Por que não? Deveria aceitar já que não fez a de 15 anos.
- Como sabe disso?
- Eu presumi. Você não gosta de nada.
- Eu não gosto de nada? - repete. - Eu não gosto de nada - repete pela segunda vez. - Pode me dizer de onde tirou isso?
- Não precisa aceitar a oferta de seu pai se não quiser. É uma decisão exclusivamente sua.
- Eu não vou. Já decidi.
- Muito bem, você que sabe.
- Sim, eu que sei, e não, não quero, em hipótese alguma me associar a D. L. de novo. - Logo que chegamos perto da área da piscina vemos Sr. e Sra. Lacerda conversando. Dehayne dá meia-volta com o propósito de fugir do seu pai.
- Eu não quero falar com ele - sussura.
- Você precisa resolver essa situação - digo com o pulso firme. - Agora!! E eu vou estar ao seu lado para o que precisar.
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APENAS UMA RAZÃO PARA AMAR VOCÊ
RomanceUma proposta de casamento inesperada - mesmo sendo uma conveniência - é tudo o que Christian Guiavila Santiago Rivera jamais cogitou receber. As profundas marcas das desilusões que sofreu no passado ainda estão lá para assombrá-lo. E estas servem d...