Capítulo 38

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[Dias Depois]

- Eu sabia que iriam adorar à nossa propriedade, sejam todas muito bem-vindas! - saúda-nos senhora Devely, com um sorriso largo no rosto. - Se precisarem de ajuda com as malas posso chamar um dos funcionários da fazenda para auxiliar vocês.

- N-Não precisa - digo, quase sem conseguir arrastar a bagagem até o átrio. - A propósito gostaríamos de agradecer o convite - completo assim que consigo recuperar o fôlego.

- Vou dividir o meu quarto com a Darcy - Briseis se apressa em dizer.

- E eu vou dormir onde?

- Com o Christian. E não reclame - É a vez de Darcy falar. - Ele deve está por aí já que veio para cá antes de nós.

- Eu não posso ficar em um quarto sozinha? Esta casa é enorme - pontuo.

- Bem, você pode - responde Sra. D., com solicitude na voz.

- Mas ela não quer - intromete-se Darcy antes que eu consiga dizer algo. - Eles discutiram, mas já fizeram as pazes. É que a Dehayne é espaçosa.

- Que bom que já estão de bem um com o outro - fala aliviada. - De qualquer forma sintam-se à vontade para explorarem à fazenda. Temos cachoeiras naturais para quem gosta de tomar banho em meio à natureza entre outras atividades convidativas.

- Quero conhecer - Briseis deixa escapar um gritinho de euforia. - Digo queremos, não é, meninas?

- Claro. - Sou obrigada a concordar. - Não tenho espírito de aventureira, mas acho que consigo sobreviver à natureza por alguns (poucos) dias. Eu espero.

- A Analu vai ficar no mesmo quarto que o Noah? - quer saber Briseis, com o olhar repleto de curiosidade. - Eles não são um casal, não é, ou são?

Lanço um olhar de incredulidade à  Darcy, que devolve o gesto e sorri.

- Por que está perguntando isso? - a pergunta é dirigida à Briseis.

- É. Por que esse assunto te interessa? - É a vez de Darcy indagar a ruiva.

- Podem parar as duas!! - Defende-se dos olhares de acusação. - Eu não tenho nenhum interesse no Noah, só perguntei porque fiquei curiosa devido o histórico do seu cunhado, que é para lá de ridículo - finaliza. - Eu tenho namorado, lembra?

- Você é quem deveria lembrar disso - digo sem conseguir conter a risada diante da careta de desaprovação que Briseis faz. - É brincadeira, amiga.

- Tenho que resolver algumas coisas sobre o seu aniversário, Dehayne. Se virem o Christian, digam a ele que quero vê-lo. Precisamos conversar.

- E o nosso passeio, como fica? - lamenta Briseis. - Quero ver os cisnes, os patinhos; os pássaros e... aqui tem pavão? - Darcy assente em concordância.  - Eu nunca vi um de perto, mas adoraria.

- Quando eu terminar meus compromissos levo vocês para ver a cachoeira; os pássaros; a estufa; há outras opções de lazer para mantê-las entretida. Se desejarem posso pedir ao Noah que ajude vocês.

- É melhor não - Briseis e eu falamos em coro. - Não mesmo. - E de novo, então, nos entreolhamos.

- Qual o problema? - Ela nos encara intrigada com a recusa repentina.

- Digamos que ele anda com a Analu e não queremos ela próxima a gente. - Darcy fita-me com desconfiança. - Não estou nem um pouco a fim de virar confidente da minha rival. Imagino que vá me dar razão - digo convicta.

- Não sei disso não. E você, Dona Briseis, não dê apoio à Dehayne, que sozinha ela já é intransigente o suficiente - adverte Darcy. - Ah, só mais uma coisa: estão parecendo duas patricinhas mimadas excluindo a moça dessa forma. Homens adoram mocinhas injustiçadas, viu.

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