APENAS UMA RAZÃO PARA AMAR VOCÊ

Epílogo

***Epílogo - parte 1 - 24/09/2023**

Rewrite the Stars - Música oficial do nosso casal favorito. ❤ - James Arthur & Anne-Marie

Ps: Posso fazer um capítulo com a playlist de AURPAV em breve.

[Pov: Dehayne]
Papai bate à porta como costumava fazer todas as manhãs quando eu morava nesta casa e precisava acordar cedo para ir à escola. Lembro-me de todos os acontecimentos como se tivessem ocorrido na noite anterior e me orgulho de estar aqui hoje, com a mente ainda em processo de amadurecimento e sempre disposta a aprender, ouvir e compreender que nem todos os dias vão ser fáceis, mas ainda assim devo acreditar que a cada dia posso me tornar alguém melhor. Estou tentando, de verdade, e pelo o que percebi desde que saí do hospital e cheguei à casa do meu pai,  ele também está se esforçando para tornar-se uma pessoa melhor.

  - Entra, papai - digo ao terminar de arrumar minha mala. Meus irmãos mais novos se empolgaram tanto com a ideia de bagunçar o meu quarto que acabaram dormindo em meio à bagunça, na noite anterior.

  - Quer dizer que foi aqui que os dois danadinhos dormiram?

  - Ficaram cansados depois do show de ontem e eu não quis removê-los para o outro quarto temendo acordar esses "dois anjinhos" - comento e nós dois caimos na risada.

  - Fico contente que você e seus irmãos estejam se entendendo. - Papai segura minha mão e coloca uma caixinha sobre ela. - Era da sua mãe, ela usou no dia em que nos casamos. Quero que fique com essa lembrança dela já que você não tem nenhuma.

  Analiso o objeto brilhante - feito para adornar penteados -, uma verdadeira relíquia, que era de minha mãe, o que o torna mais especial, e agradeço:

  - Obrigada, papai. Vou usar hoje.

  -  Por nada, filha. - Ele acaricia meus cabelos. - Seu casamento é hoje, não é? Tem certeza que deseja se casar de novo?

  - É tudo o que eu mais quero, pai.

  - É bom começar a se arrumar logo, daqui a pouco seu noivo chega.
  ***
***Epílogo - parte 2 [Christian]**

  A última vez que pisei em um altar talvez eu fosse o noivo mais melancólico que já existiu, porque eu não sabia como seria a minha vida dali em diante. Tinha certeza somente que meu coração não estava aberto para um recomeço, tampouco inteiro para se quebrar de novo. Eu meio que estava errado, principalmente, em relação aos meus medos porque é impossível saber como algo vai terminar sem antes ter tentado. Bem, aqui estou pela quarta vez - dizem que o número 4 dá sorte - tentando me casar, na igreja, como meus pais se casaram e meus avós também.

Meu olhar se mantém fixo no tapete vermelho no qual a mulher de minha vida desfila vagarosamente por ele, enquanto olha serenamente na minha direção. Dr. Lacerda está ao seu lado, segura o braço da filha delicadamente e desta vez quando a entrega a mim dá um beijo no rosto de Dehayne, que o abraça em resposta.

Ela está linda, e radiante de felicidade. E quando nossas mãos se entrelaçam tenho plena certeza de que é com ela que desejo dividir o resto dos meus dias.

  - Christian!! - Dalton L. se volta para mim. - Cuide bem de minha filha.

  - Eu vou cuidar. Prometo.

  Ele se retira para o local indicado onde o pai da noiva deve ficar.

Dehayne e eu nos entreolhamos simultaneamente antes de nos ajoelharmos e o padre dar início à cerimônia.

É inevitável não lembrar de como chegamos até aqui, de todos os momentos pelos os quais tivemos que passar para ficarmos juntos. Hoje, diante desse altar, da mulher que amo, e de todos os convidados,  consigo compreender que o destino não é implacável, ele pode ser reescrito sempre que acreditarmos que podemos, sim, reescrever as estrelas.

  - Já pode beijar a noiva - anuncia o padre, e todos os convidados se levantam para presenciar o momento mais aguardado da cerimônia.

  - Eu não sou o tipo de garota que você desejaria beijar, certo? A não ser que tenha mudado de ideia - Dehayne me provoca com um sorriso doce nos lábios.

  - Sim, eu mudei. E como mudei.

  Diante de todos os convidados selamos à nossa união com um beijo apaixonado.

  - Aqui está o presente de casamento de vocês - Dr. Lacerda diz após o término da cerimônia. Ele entrega um envelope para mim. - Espero que se divirtam na lua de mel - conclui o empresário e uma expressão de curiosidade toma conta de mim.

  - Passagens aéreas para Paris? Nós iremos, não é, Christian! - balbucia Dehayne, animada.

  - Iremos - respondo. - Agradecemos o presente, senhor Lacerda.

  - Eu que agradeço você por cuidar de minha filha, por fazê-la feliz. - Ele se volta para Dehayne - Me concede a honra de uma dança, Dehayne?

  - Eu vou pisar no seu pé, vou logo avisando que não tive tempo pra fazer aulas de dança.

  - Eu corro o risco - insiste, e ela acaba cedendo. - Minha pequena rebelde.
 
Todos resolvem vir para a pista de dança para aproveitar melhor à festa, com exceção da Analu e do Cielo que preferiram ficar sentados à mesa conversando. Meu pai, Darcy, Briseis, Noah e eu nos divertimos juntos. E até mesmo meus avós participam deste momento tão importante em nossas vidas.

  - Oi - Ouço uma voz familiar. Viro-me rapidamente para trás e para minha surpresa é a Jhey, minha ex-secretária.

  - Oi, Jhey, tudo bem?

  - Bem, não preciso perguntar se você está bem porque dá pra ver o quanto você está feliz. Torço muito pela sua felicidade, Christian!! Felicidades ao casal - ela completa.

  - Eu também torço muito pela sua. E agradeço às felicitações.

  - Meu neto, meus parabéns pela festa linda - Vovó me abraça, em seguida meu avô faz o mesmo. - Você merece ser muito feliz, Christian!!

  - Obrigado, vovó.

  - Quando retornar da viagem quero conversar com você sobre os negócios da família. - Meu avô pousa a mão em meu ombro esquerdo e por fim me felicita. - Espero que seja muito feliz ao lado da Dehayne.

  - É tudo o que eu mais quero.

  - Está na hora de cortar o bolo, Christian - Dehayne se posiciona ao meu lado, cumprimenta meus avós e alguns outros convidados antes de irmos para o centro do salão. Cortamos o bolo juntos e oferecemos o primeiro pedaço a todos os presentes.

Se bem que tenho quase certeza que foi o Noah o primeiro a provar do bolo.

  - UM BRINDE AOS NOIVOS!! - Dr. Lacerda abre uma garrafa de champanhe e serve a todos os convidados. - Agora, sim!! Um brinde aos nossos noivos!! - repete.

  - Saúde!!!! - todos respondem, em uníssono, simultaneamente.

  - Quero um afilhado, hein!! - Noah comenta ao longe, e arranca risadas dos convidados.

  - Eu também quero um. - O advogado também se pronuncia, e os risos continuam. - Está me ouvindo, priminha?

  - Eu sou a melhor amiga dos dois, portanto é preferível que o primeiro baby de vocês seja meu afilhado - Briseis fala em tom baixo bem próximo a nós - eu e Dehayne -, fazendo-nos prometer isso a ela.

  - Calma, pessoal, acabamos de nos casar, mas só pra deixar claro, vamos ter uns três ou quatro, não é Dehayne? - Dehayne sorri em resposta e suas bochechas ganham um tom rosado, o que a torna mais linda ainda. - Esse sorriso lindo quer dizer sim ou lógico?

  Não espero uma resposta. Tomo-a em meus braços, após o brinde, e então selamos nossos lábios em um ato recíproco, enquanto dançamos pela última vez antes de partirmos rumo à capital francesa.
 
  Isa Facinelly ❤