Capítulo 40

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Após muitas lágrimas consegui escrever esse capítulo, que é o último do livro - depois dele vai ter apenas um epílogo, como autora admito o quanto vou sentir saudades desses personagens, dos meus leitores, das tretas, cenas fofas do livro e comentários sinceros.

De já, agradeço o apoio de cada um dos meus leitores que separaram um tempinho de suas vidas para ler AURPAV, de coração, meu muitíssimo obrigada a todos vocês. Loves you! ❤

Ps: Em outubro apresento a vocês meu novo livro; até o fim deste mês deve sair a sinopse e a capa; espero vocês lá. 😘

Vários médicos transitam pelos corredores do hospital para onde, segundo o Cielo, o tio dele e a Dehayne foram trazidos, porém nenhum deles nos dá uma informação sequer por menor que seja e o meu nível de paciência está quase no limite. Pelo visto a do Cielo acabou faz um tempo, pois encontro ele no corredor ameaçando um enfermeiro, com o semblante muito sério.
  - Quero respostas, ora mais - grita o loiro muito enfurecido com a falta de notícias.
  - Cielo, solta ele. O que deu em você? Acha que agindo dessa forma vamos obter alguma resposta aqui? - digo tentando dissuadi-lo.
  - Pode ser que sim - argumenta ele. - Talvez esta seja...
  - O pescoço do rapaz, está sufocando ele. Nós vamos acabar saindo daqui presos - replico de volta.
  - Senhor, tenha calma, o Dr. já está vindo - informa o profissional, após ser colocado no chão novamente. - O seu tio está bem, mas a filha dele..
  - O que aconteceu com a minha esposa? - grito desesperado, e o homem corre para trás do Cielo. Certamente temendo que eu repita a atitude do advogado.
  - Christian, por favor, agora sou eu quem pede calma - É a vez de Cielo mostrar que ainda tem bom senso. - Deixa o rapaz terminar o que começou - pede e acabo acatando, sem fazer objeções.
  - Eu já disse o que sabia, senhores, as demais informações são restritas apenas aos médicos que estão cuidando dos pacientes.
  - Vai nos levar até eles - Cielo observa o cartão de identificação do rapaz por um instante -, senhor Edgar Góes.
  - V-vou? - Pisca os olhos algumas vezes, confuso.
  - Na verdade, estamos indo pra lá neste momento e você, Edgar, é nosso guia. Que honra, não é!! Você nos leva até o meu tio e minha prima, depois pode sair à francesa que te dou cobertura. Dúvidas? Não? Muito bem!!
  - É por aqui, senhores - choraminga por fim, então o seguimos. No terceiro andar encontramos um grupo de seguranças circulando pelos corredores atentos a tudo. Cielo conversa com um deles, suponho que seja o líder do grupo, mas não consegue muita coisa. Edgar, ao que me parece já saiu à francesa e ainda não conseguimos  informações importantes.
  - A ordem do meu tio foi bem clara: NINGUÉM passa por aquela porta. Ele deve está muito assustado com tudo o que está acontecendo.
  - Vai compartilhar comigo o que aconteceu com a minha esposa? - o grito sai mais alto do que deveria.  - Eu só quero saber o porquê de todo esse alvoroço - minha voz soa mais calma dessa vez.
  - Eles sofreram um atentando hoje mais cedo, meu tio mandou reforçar a segurança, temendo mais desgraças. Ele não teve ferimentos graves, está consciente e já teve alta, do jeito que meu tio é, é bem capaz de ter assinado a própria alta.
  - E quanto à DEHAYNE? - indago sentindo um nó se formar em minha garganta. - Como ela está?
  Cielo desvia o olhar. Depois me encara com um olhar frio:
  - Está no CTI por causa de uma hemorragia. É tudo o que eu sei. Meu tio não quer a gente aqui. É melhor irmos pra casa, Christian. - Corro para as escadas ignorando o que foi dito pelo Cielo, apesar de saber perfeitamente com quem estou lidando. "Você disse que ia cuidar dela, D. L.", penso e as lágrimas invadem à minha face em proporção desmedida. "Deus, meu coração não está preparado para se quebrar porque eu ainda não terminei de consertá-lo", minha mente grita em silêncio. Não consigo me conter diante da dor que sinto e novamente as lágrimas vem, só que dessa vez com mais intensidade que as anteriores; em meio ao silêncio que se forma consigo pensar em uma única razão para eu estar aqui: a Dehayne precisa de mim e eu vou chegar até ela, não importa como.
 
  No horário do almoço trato de colocar meu plano em ação. Para isso chamei a Ana Luíza aqui, o Noah e a Briseis: a loira arranjou um disfarce de médico para mim, a Briseis e o Noah vão ajudar a distrair os seguranças para que eu consiga entrar no quarto em que a Dehayne está, e minha ex vai me dar suporte.

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