Capítulo 07

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Capítulo escrito pela minha querida amiga. Obrigada, Day
DaianeDias569

Bem, espero que vocês gostem do capítulo (porque eu já ameeeeeei)!!
E lá vamos nós.


- C-como é que é? O que o senhor disse? - Ao ver tamanha seriedade estampada em seu rosto, percebo o quão verdadeiro está sendo. - Não, não é possível. O senhor tem noção do que está me propondo?

- Já esperava esse tipo de reação da sua parte, até porque você admitiu pra mim que nunca se casaria, lembra? Peço que fique calmo e apenas me ouça.

- Eu não posso, em hipótese alguma, me casar com a sua filha. Mesmo que seja apenas um contrato. Eu teria que conviver com ela e ficou claro esta noite o quanto ela me detesta.

- Ela sempre foi assim. Não pense que é pessoal. - Ele se aproxima de mim, dou dois passos para trás. - E no começo pode ser um pouco difícil como todo casamento é, mas com a convivência, vocês podem se tornar bons amigos.

- Por que deseja casar a sua filha comigo? Logo comigo?

- Se me deixar falar eu juro que explico tudo direitinho. Posso? - Balanço a cabeça em concordância e ele continua. - Dehayne tinha apenas cinco anos quando perdeu a mãe em um acidente marítimo. Era aniversário de minha esposa, e eu tinha negócios pra resolver e não pude ir. Uma tempestade não anunciada pela meteorologia pegou todo mundo de surpresa. A Dehayne só se salvou porque usava colete salva-vidas. Os amigos da Ayla e ela não tiveram a mesma sorte.

- Eu sinto muito pela sua perda.

- Não queira experimentar a dor de como é perder alguém tão cedo, meu caro.

- O que espera que eu faça?

- Depois que a Ayla se foi eu perdi o vínculo com a Dehayne. Ela criou uma barreira, impedindo que eu me aproximasse dela e este ano ela atingirá a maioridade e está convicta de que de um jeito ou de outro irá morar em Paris com a tia dela, uma mulher ambiciosa e sem escrúpulos que só pensa em dinheiro. Não posso perder a minha filha, Christian. Se você aceitar se casar com ela, vou providenciar o que lhe foi prometido hoje mesmo.

- Eu lamento que esteja passando por tudo isso, mas não posso ajudá-lo. Não estou à venda, Dr., também não tenho interesse em sevir de ponte entre você e sua filha. Se não tem uma proposta decente para me ofertar é melhor que eu me retire.

- Vai perceber que está sendo rude se precipitando desta maneira e talvez seja tarde demais pra fazer o que é certo. Prometa que ao menos vai pensar na minha proposta, é só uma conveniência, Christian! - Ele segura em meu ombro. - O Noah precisa de você, não dê às costas a ele.

Desço às escadas quase correndo, sentindo o suor, de nervoso, escorrer pelo meu rosto. Preciso de um milagre pra salvar meu irmão e o que me aparece é um acordo com o Diabo.

             
                              ****

- Pai, como está o Noah? - questiono ao adentrar o hospital, mal conseguindo respirar. - Eu vim assim que soube.

- Nada bem, Christian. Sua mãe precisou ser medicada depois que ela viu o Noah. Preciso vê-la. E você fique aqui com o seu irmão.

Os enfermeiros carregam Noah em uma maca, tem diversos aparelhos espalhados pelo seu corpo e pelo monitor de sinais dá pra ver o quanto seu estado de saúde é instável. Ele não se move, e mesmo com o chacoalhar da maca - pelo corredor do hospital - seu corpo não apresenta sinais vitais.

- Noah! - Dou tapinhas de leve em seu rosto tentando acordá-lo, sendo advertido pelos médicos para me afastar. - Não faz isso comigo. Noah!!

- Sr. Rivera, vai acabar machucando o paciente. Devo pedir que se afaste imediatamente - um médico adverte.

- Para onde estão levando o meu irmão?

Eles continuam caminhando na direção da sala de cirurgia. Passam por uma porta branca e um médico informa:

- Você só pode vir até aqui.

- Dr., eu não posso perdê-lo. - Sacudo os ombros do desconhecido. - Não posso. - Deslizo até o chão, ficando de joelhos, me odiando por não ter conseguido cumprir a promessa que fiz ao Noah na noite anterior. Pego o meu celular e digito alguns números, apreensivo. - Sr. Lacerda, quero saber onde posso encontrá-lo?

- Christian? Confesso que estou surpreso com essa ligação repentina.

IsaFacinelly

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