Capítulo 19

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Dalton Lacerda

[Dias Depois]

- Pela milésima vez Dalton, onde está a minha sobrinha? O que fez com ela na minha ausência? - A megera da Rachel grita já impaciente.

- Como você mesma já viu a Dehayne não se encontra. Agora faça o favor de se retirar da minha residência.

- A última vez que conversei com ela, Dehayne estava estranha, nervosa, não parecia nada bem. Você a ameaçou não foi? Que tipo de chantagem usou pra afastá-la da única pessoa em quem ela confia plenamente?

- Não preciso responder suas perguntas insignificantes, mas se faz tanta questão vou te contar: A Dehayne está casada! Há pouco tempo se interessou por um rapaz, de grande prestígio asseguro, e teimosa como ela é, cismou que queria se casar com ele.- Rachel arregala os olhos, boquiaberta. - Fiquei tão chocado quanto você está agora quando ela me contou sobre o casamento.

- Diga-me, quem está querendo enganar com essa história descabida? Um verdadeiro disparate; Dehayne nunca cometeria uma loucura dessas, ainda mais por amor. " Amor"? É uma coisa que a sua filha ingrata desconhece.

- Não é obrigada a acreditar em mim - deixo transparecer um risinho maroto no rosto causando a ela uma fúria imensurável. - Se eu fosse você voltaria imediatamente para a França e iria procurar um emprego, porque meu, você não arranca mais nenhum centavo - falo com austeridade.

- Não vai ficar assim, Dalton. Vou descobrir o seu plano, e depois irei tirar tudo de você a começar pela Dehayne, aquela insuportávelzinha. Tão arrogante, rebelde, mal-educada e ingênua, deve ter puxado ao pai já que tudo o que você consegue é na base da violência e da chantagem. E tem mais quando a pestinha intransigente for morar comigo terei plenos poderes sobre seu império - desta vez ela sorri maliciosamente.

- Se conseguir encontrá-la e convencê-la.

- Por que precisaria convencê-la? Ninguém muda tanto assim, Dalton. Principalmente uma criatura inexorável como sua filha. - Ela me encara. Mas apesar de ter certeza disso, não estou gostando nenhum pouquinho desse seu sorriso confiante.

- Você não tem que gostar nada! Eu realmente tenho de trabalhar, tenha um bom... Bom, não, excelente dia, minha querida.

- Vai pagar caro por isso Dalton, guarde minhas palavras - diz apontando o indicador na minha direção.

- Você chama isso de ameaça? Escuta aqui. - Me volto para ela furioso. - Sei que se conselho fosse bom era vendido não dado, você não tem o devido merecimento mas vou te dar um mesmo assim. Saia do meu caminho, e esqueça que a Dehayne existe. Não vai querer me ver furioso.

- Não disse. Tudo na base da ameaça. - Soa sarcástica. - Combinamos um com o outro, sabe, juntos seríamos....

Ela não termina a frase.

- Não vou te dar mais dinheiro. Briggitty, acompanhe esta mulher ilustre até a porta.

- Sim, senhor! - A governanta se aproxima de Rachel, conduzindo-a até a saída.

- Eu já conheço a saída. Eu vou embora, mas não pense que vou desistir do que é meu por direito.

🥀🥀🥀

DEHAYNE

- Você parece mais decidida Dehayne, essa motivação toda por acaso tem nome? - Briseis pergunta animada.

- Não sei do que estar falando? - digo com meio sorriso no rosto.

- Tem certeza? - insiste.

- De quê? Meu teste de matemática foi horrível, só consegui acertar 22 das 30 questões. E você fechou a prova.

- Tudo a seu tempo. Você foi muito bem comparada aos últimos testes - ela faz uma careta e imagino que esteja lembrando das minhas notas anteriores. 6, 12, 9... E tudo no chute.

- Não é tão ruim assim, a questão é que acho que posso ir mais longe.

- Olha, não sei o que o Cristian te disse mais funcionou. Você está mais atenciosa nas aulas, mais participativa....

- Pode parar, a única coisa que conversamos é sobre as minhas aulas.

- Tá, vou fingir que acredito.

- Sobre o projeto de biologia, já tem idéia do que podemos fazer?

- Não! De qualquer forma vamos ter que fazer um investimento e tanto pra obter um bom resultado na hora da apresentação do trabalho.

- É, vou pedir umas dicas para o Cristian, ele tem uns projetos legais.

- Cristian, é? Dehayne, como a boa amiga, sincera que sei que você é, me responde uma coisa: você está gostando dele, não estar?

- Definitivamente, não! E devo acrescentar o quão chateada fiquei com essa pergunta descabida. Eu e o Cristian? Não tem lógica. Tudo bem que nos aproximamos ultimamente mas isso não significa nada. Continuo querendo minha liberdade. Meus ideais ainda são os mesmos.

- Admite logo o que você sente por ele, sabe que ele também gosta de você.

- Eu a proibo de continuar esse assunto, e sobre biologia vou passar na empresa depois da aula.

- Por quê?

- O Cristian me convidou pra almoçar com ele, hoje.

- Um encontro! - o grito de minha amiga sai tão alto que acaba chamando a atenção de alguns alunos dispersos no corredor da escola, enquanto caminhamos até a saída.

- Menos, Briseis - susurro.

- O que pretende usar? - pergunta fitando-me com um brilho radiante nos olhos, como se fosse o próprio cupido. Só faltou as asas.

- Meu uniforme, ora mais.

- A chance que você tem pra impriona-lo, vai desperdiçar usando um uniforme? - argumenta. - Jamais! Vamos pegar um taxi, passar em sua casa e a Srta. vai a esse encontro vestida como uma verdadeira dama.

- O que há de errado com o meu uniforme?

- Nada! Só não é adequado pra ir a um encontro.

- Que encontro? Você pirou foi? O Cielo vai estar lá.

- Não por muito tempo, garanto.

- O que você vai fazer...?? Briseis?

- Taxi! - Ela se volta para mim. - Saberá daqui a pouco. Vamos.

Oi, pessoal. Desculpem o atraso no capítulo.

O que será que vai acontecer? Façam suas apostas. Kkk

Bjs.

Isa.


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