Capítulo 13

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Chegamos a marca de 1,5k de leitura, people. Muito obrigada por tudo.

No elevador, sinto uma forte tontura - talvez seja porque não comi quase nada desde que acordei. Procuro o meu celular na bolsa e para o meu azar o aparelho está sem bateria. Droga. Preciso de um taxi e nem ao menos tenho dinheiro suficiente pra pagar um. E não há nenhuma alma caridosa que possa me dar uma carona até em casa.

- Dehayne, podemos ir pra casa agora e conversarmos sobre o que quer que seja. - Cristian aparece atrás de mim, logo depois de eu chegar ao térreo.

- Eu não quero mais conversar. Quero ver o meu pai. Pode me levar até ele?

- Seu pai deixou bem claro que não quer você em casa. Por que é tão difícil pra você entender isso? - Ele se aproxima de mim. Dou dois passos para trás.

- Você é que ainda não entendeu. Eu não vou a lugar algum com você. Me deixa em paz, Cristian. Eu não me importo com o que você faça, desde que não se intrometa na minha vida.

- Muito bem. Não vou implorar pra você vir comigo. - Checa o horário no relógio em seu pulso.

- Quem sabe a sua amante queira uma carona - provoco. - É por tipinhos como a Jhey que você se sente atraído?

- Ora, mais sobre o quê está falando? - Cristian faz cara de desentendido ou realmente não entende. - Você tem sérios problemas, sabia.

- Eu tenho problemas? É você quem tem uma amante e mesmo estando solteiro foi incapaz de assumí-la.

- Ah, então é por isso que está tendo essa crise de ciúmes? - Ele rir com sarcasmo. - Eu deveria saber disso quando vi você exigindo que a Jhey .
te chame de senhora Santigo Rivera.

- Menos, Cristian. Eu nunca iria me casar com alguém como você por vontade própria - argumento. - Só fiz aquilo por ela ter retardado a nossa conversa.

- Se deseja se tornar a senhora Santiago Rivera posso dar um jeitinho. - Ele sorri delicadamente e tenho vontade de estapeia-lo.

- Não se atreva a tocar em mim ou vai se arrepender - advirto.

- Dehayne, eu só estou brincando. Você tem idade pra ser minha irmã mais nova. Essa possibilidade nem sequer passou pela minha cabeça. - Fico sem argumento por um instante. - Você vem comigo ou não?

- Vai me deixar na casa do meu pai?

- Não.

- Então já sabe a minha resposta.

- Muito bem. Eu vou pra casa. Sinta-se à vontade pra fazer o que quiser, esposa. - O tom irônico na sua voz me irrita.

- Não somos próximos. Então pare com essas brincadeiras sem graça.

- O que está havendo aqui? - Cielo põe as mãos nos quadris, aguardando uma resposta. - Que confusão é essa? Lá de cima dá pra ouvir tudo. É no mínimo constrangedor, sabia.

- Cielo, preciso que você me leve pra casa. Me recuso a morar sob o mesmo teto que esse ser.

- Qual delas? - responde em tom sarcástico.

- A casa do papai, priminho querido. - Forço uma calma que já não consigo sentir.

- Eu vou te levar até lá. Mas digo logo que o titio não vai gostar nadinha de te ver. Vocês têm um trato, lembra?

- Não quero saber de trato. Quero a minha vida de volta.

***

- Eu não vou voltar pra aquela casa e ponto final. - Me jogo no sofá cruzando as pernas em seguida.

- Não só vai voltar como também irá pedir desculpas ao seu marido pela maneira como tem agido com ele desde que se conheceram.

- Por que não posso ficar na minha própria casa? Responda, papai.

- Pega o resto das suas malas e saia desta casa - ordena aborrecido. - E só volte aqui quando se reconciliar com o seu marido.

- Não vou a lugar algum. Só vai me tirar desta casa morta. - Me arrependo de dizer isso logo depois de falar.

- Dehayne, não dá ideia boa.

- Tio, podemos conversar? - Cielo rouba a atenção de meu pai para ele. - É importante.

- Vamos para o meu escritório. - Então se volta para mim. - A conversa ainda não acabou, Dehayne. Vá fazer suas malas. Quando eu voltar não quero mais te ver aqui. - Olho para ele com desdém.

- Quando voltar, estarei aqui, no mesmo lugar. Não pense que vai me intimidar com essa postura irreverente - rebato.

- Menina mimada, não brinque com a sorte. - Segura o meu braço com força, olhando nos meus olhos. - Não queira me ver furioso. Já se esqueceu que a Rachel está em minhas mãos?

- Não teria a coragem de machucá-la. - As palavras saem entre lágrimas. Sei que ele é capaz de fazer de tudo pra conseguir o que almeja.

- Não queira pagar pra ver. E não vou pedir de novo pra que saia daqui. O seu endereço agora é a residência Rivera. Você é uma mulher casada. E deve respeito ao seu marido. E é melhor você aprender a conviver com o senhor Santiago Rivera porque é com ele que a Srta. irá conviver nos próximos dezoito meses.

- Eu já entendi. - É tudo o que consigo dizer, com a voz embargada.

- Dalton, está tudo bem? - Victória desce à escada. - Dehayne, já voltou? - Fito-a sem dizer nada. Tudo o que sinto é que o meu coração está se partindo pela milésima vez e não tenho mais forças pra fazer nada.

Isa.Facinelly

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