Contrato de Casamento Vol 2

Capítulo 13 - A última noite (inédito)

P.O.V Narrador

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Ainda recuperavam o fôlego, abraçados como se fossem um só, Henrique se encontrava ainda ao meio das pernas dela, com a cabeça encostada em seu peito e as mãos a envolta de suas costas, num abraço apertado.

- Agora sim isso é uma lua de mel! – ela quebrou o silêncio, jogando a cabeça para trás satisfeita, ele ergueu a cabeça para olhá-la nos olhos. – Não sei como vou sair daqui, minhas pernas então bambas. – ele sorriu e ainda beijou seu pescoço mais algumas vezes.

- Você é muito gostosa! - apertou-a mais e ela ainda conseguia senti-lo pulsando dentro de si. – Quero ficar aqui mais um pouquinho, você se importa? – se referiu sobre não ter conseguido sair de dentro dela.

- Não! – aperfeiçoou o encaixe circulando a cintura dele com as pernas. – Você pode ficar, mas... – parou um segundo a frase para presenteá-lo com um beijo rápido. – Eu tô com fome, muita fome.

- Então vem. – afastou seus corpos
quebrando o contato íntimo. – Vamos subir e tomar um banho, é o tempo deles servirem o almoço. – deu mais um selinho nela, segurando-a pela mão para saírem da água.
Seguiram abraçados sem se importar em pegar as roupas molhadas dela, e Henrique apenas ajeitou a sunga que não havia tirado completamente. Seguiram até o piso superior direto para o banho, onde inevitavelmente se amaram mais uma vez.

(...)

Uma semana depois....

Conforme os dias iam passando, Alice e Henrique aproveitam com encanto cada segundo daquele viagem inesquecível. Conheciam praias, bares, luaus, restaurantes e tudo o que aquele lugar mágico tinha pra oferecer. Passavam a maior parte do dia juntos, faziam amor em cada mínima oportunidade. Estava de fato sendo uma viagem inesquecível e todos os momentos eram registados através de fotos e memórias marcantes. Naquela noite, decidiram que ficariam somente os dois na mansão, tomando vinho, iriam voltar pra NY no dia seguinte logo após o almoço e então, decidiram aproveitar a última noite sozinhos, somente com garrafas de vinho de companhia. E logo após a janta, sentaram no sofá com as taças cheias, acomodados um no outro, como mais gostavam de ficar. Alice estava sentada entre as pernas do amado, com as costas apoiada no peito dele que a segurava junto de seu corpo com uma mão, e a taça de vinho na outra. Conversavam sobre o futuro que queriam ter um ao lado do outro e sorriam bobos ao se darem conta que suas ideias batiam. Se conheciam a tão pouco tempo, mas se amavam tanto que tinham certeza que queriam passar o resto da vida um ao lado do outro.

- Sabe, quando a gente selou aquele trato eu não imaginei que minha vida fosse mudar tanto. – tomou um gole de sua taça, continuando logo em seguida. – Naquele minuto eu me achei louco, e você mais louca ainda por aceitar aquele acordo..

- Eu não tinha muitas opções, e agora agradeço a Deus por isso. – brincava com a aliança no dedo dele, e então levou a mão masculina até seus lábios onde deixou um beijo sobre o anel que firmava sua união. – Ainda bem que fui ao bar naquele dia.

- Ainda bem que fomos ao bar aquele dia. – deixou um beijo na bochecha dela, que logo que inclinou e depositou um selinho em seus lábios.

- Henrique ainda não falamos em como vai ser quando voltarmos amanhã... – se virou de frente sentando sobre os joelhos para poder olhar para ele. – Vai ser tudo uma loucura, onde vamos ficar? Continuar na sua casa? Ir pra minha? Eu tô tão...

- Ei calma! – a interrompeu, gargalhando. – Volta aqui, vem cá. – a puxou para si, fazendo-a sentar novamente entre suas pernas. – Eu pensei em ficarmos no apartamento em que estamos...

- No seu apartamento... – dessa vez foi ela quem o interrompeu.

- No nosso apartamento! – a corrigiu. – Então, como eu dizia, pensei em ficarmos lá nesse primeiro mês, só até acharmos um lugar melhor, entrarei em contato com um corretor e pensei em comprar uma casa pra gente.

- Comprar? Casa? E nossos apartamentos?

- Podemos vender, ou então só alugar, não sei. Mas quero que tenhamos um lar, podemos comprar uma casa ou um terreno, assim a gente constrói do zero, do jeito que você quiser.

- Amor eu não... Não tinha pensado nisso.

- O que? Você não quer? Eu quero uma casa grande, com vários e vários cômodos, quintal, jardim, eu quero viver uma vida de novela com você. – disse baixinho, o queixo apoiado no ombro dela. – Conheço um corretor ótimo, que inclusive me apresentou o apartamento que a gente mora, pensei em falar com ele para procurar um lugar.

- Eu vou amar. – abriu um sorriso. – Podíamos comprar uma casa com piscina também, assim podemos levar a Kate e Harry em casa pra brincar.

- Ótima ideia. – ele concordou. – Mas enquanto os apartamentos?

- Eu não acho que precisamos vendê-los, podemos somente alugar por um tempo, não sei... eu não imagino minha vida sem aquele cantinho, quero deixar como refúgio.

- Por mim tudo bem. – bebeu mais um pouquinho. – Ah, esqueci de avisar, minha mãe ligou na hora que você estava no banho.

- E o que ela queria?

- Ela tá ficando maluca lá tentando organizar tudo o que ganhamos com o casamento, e disse também que não para de chegar mais e mais presentes. Disse que não tem onde colocar.

- Eu não imagino a dona Amélia se matando pra organizar uma casa. – deixou escapar uma gargalhada.

- Pelo tom de voz dela, ela tá surtando com isso. – ele a acompanhou no riso. – Eu disse a ela que colocasse de qualquer jeito mesmo e depois a gente decidia o que fazer.

- Se iremos ficar no seu apartamento, podemos colocar todos os presentes no meu. Assim não mútua muita coisa. Só até a gente mudar, depois pegamos novamente.

- Boa ideia, então vamos isso amanhã.

- Ah não, amanhã não. – fez um bico, entornando todo o líquido que restava na taça, ele fez o mesmo. – Amanhã tudo o que eu quero é chegar e descansar, porque passar horas e horas naquela lata velha vai acabar comigo, consigo prever. – fez uma expressão sofrida.

- Que tal a gente deixar o amanhã para amanhã e curtir essa restinho de lua de mel?

– questionou com um tom de malícia na voz, pegando a taça da mão dela e deixando junto com a sua na mesinha de centro.

- Acho uma ótima ideia... – concordou, se virando novamente para ele e sentando em seu colo. – Ótima ideia... – o beijou, dando início a mais uma noite quente entre eles, a última naquele paraíso.