Capítulo 20 - Menina mimada (inédito)

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P.O.V ALICE

Com toda a correria do meu dia, não consegui responder ou ao menos mandar um “oi" para Henrique. E isso de certa forma contribuiu um pouco mais para a minha irritação. Apesar de estar feliz por voltar ao trabalho, senti falta de ter um tempo só com Henrique, mas aquele acúmulo de trabalho se dava por ter ficado uma semana longe, e pensar que ele queria ter ficado mais tempo naquele paraíso.
Quando finalmente a sessão do empire state building terminou, já se passava das 15:20 e sentia todo a exaustão do dia tomar conta de mim, Deus e o dia ainda não terminou. Quando foi que me tornei a pessoa que reclama de tanto trabalhar? Ana com certeza ficaria feliz em ver essa minha nova versão. Entre um pensamento avulso e outro, resolvo mandar uma mensagem para Henrique.

A📥: “Tem um tempinho pra sua esposa super cansada e precisando de carona?

H📤: “Meu amor, oi. Já estava preocupado com você, sumiu o dia todo. Não consigo ir te encontrar agora, tô terminando minha última reunião (inclusive te respondendo por debaixo da mesa). Mas, posso pedir pro Smith te encontrar. Ainda está no empire?”

A📥: “Posso ser a menina mimada que só quer a carona se for com você? Sim, tenho o direito de ser fútil as vezes. Prefiro pegar um táxi ou então um uber e ir sozinha.”

H📤: “Deus, eu casei com uma menina mimada kkkk. Segura um pouquinho aí, aproveita pra comer alguma coisa enquanto me espera.

A 📥: “Ficaria impressionado com o fato de eu não estar com fome?”

H📤: “Na verdade ficaria muito preocupado, já que você não é o tipo de pessoa que recusa comida.”

A📥: “Tô com um pouquinho de dor de cabeça, talvez seja isso."

H📤: “Já tomou seu remédio?  ”

A📥: “Já sim, relaxa, eu tô bem. Enfim, vou te deixar terminar sua reunião.”

H: “Tá, me espera aí quietinha, em meia hora eu tô por aí. Beijos meu amor.”

Talvez ele tenha demorado um pouco mais que meia hora até finalmente me mandar mensagem dizendo que estava me esperando. E suspirei aliviada por finalmente poder descansar. Caminhei apressadamente para o lado de fora, sentindo todo o meu cansaço se esvair ao vê-lo me esperando do lado de fora da sua Ferrari.  Me aproximei entre as muitas pessoas que ali estavam, e quando finalmente me aproximei, ele me puxou pela cintura e encostou o rosto em meu pescoço.

- Oi... – murmurei, retribuindo o abraço.

- Oi... – falou no mesmo tom que o meu, sem se afastar do abraço. – Dia difícil?

- Pra caralho. – suspirei. – Obrigada por ter vindo. Atrapalhei sua reunião, né?!

- Não, tá tudo bem. Eu já não tava aguentando aquele mala falar em quanto ele é bom nisso ou aquilo. – bufou, se afastando do abraço para me olhar nos olhos. – Tá com uma carinha de cansada. – me seu um selinho.

- Eu tô... – confesso. – Acho que a Ana vai gostar dessa versão que tem vontade de correr do trabalho. – fiz uma careta, ele sorriu.
– Vamos?

- Vamos. – mais um selinho e então abriu a porta do carro pra mim.

- Obrigada. – aceitei a ajuda para entrar no carro, ele deu a volta e se sentou no volante. – Ei, agora que me dei conta, o que aconteceu com Smith?

- Ah, eu quero conversar sobre o meu dia com você, ouvi as reclamações do seu sem ninguém pra ouvir. – deu se ombros. – Me fala de você, sua dor de cabeça melhorou?

- Não, acho que é devido a tanto estresse. Isadora tá mais insuportável que nunca, eu quase que perdi meu réu primário com ela hoje. – ele gargalhou, e eu revirei os olhos. – Não ri, não é engraçado. Você transa com essa vadia e agora ela tenta me infernizar o dia todo. – bufei.

- Em minha defesa, eu não sabia que ela era uma porra de psicopata maluca. – levantou as mãos, voltando a segurar o volante pra finalmente colocar o carro em movimento.

- Isso não importa agora. – revirei os olhos. – O fato é que tá cada dia mais difícil conviver com aquela mulher. Da pra imaginar o Swan nervoso? O Swan, aquela pessoa doce e calma nervosa? Passei horas editando material que ela mandou errado pra edição, fez merda também e isso pode custar um processo milionário, Deus, que dia. – passei as mãos no cabelo, percebendo então que ele tinha razão quando dizia que eu falava sem ao menos respirar.

- Respirou? – perguntou, o fuzilei com os olhos. – Não me olha assim. Aliás, se ela dá tanto trabalho assim, porque não desligam da empresa?

- Não podemos, querendo ou não depois de mim ela é a única que tem qualificação pra editorial.

- Mas, não pode treinar uma outra pessoa? Sua secretaria por exemplo, ela te apoia tanto, merece a oportunidade de crescer.

- Eu já cheguei a cogitar isso, trabalhar com a Lee é maravilhoso, ela é uma excelente profissional, mas não é só isso. Existe também o fato de que a Robbins tem um contrato com a empresa, ou seja, a quebra dele geraria uma multa milionária, então de qualquer forma temos que manter aquela vaca do caralho por lá. – massageei a testa, na tentativa de amenizar a dor.

- Mas sempre tem uma brecha, eu posso analisar pra você.

- Você faria isso? – ele soltou um sorriso de obviedade. – Vou conversar com o Swan quando ele se acalmar. – soltei mais um suspiro. – Agora me fala de você, eu fiquei falando sem parar e esqueci de perguntar como foi seu dia... – fiz um carinho em seu rosto, ele se virou rapidamente e beijou meu pulso, voltando a atenção para a estrada.

- Lembra que comentei sobre um novo sócio, não lembra? – fiz que sim. – Tive a minha primeira reunião hoje, o cara é um mala. Sabe uma pessoa com o ego maior que a grande muralha da China?

- Sim, eu! – brinquei, ele soltou um sorriso.

- Não, é maior... Você se acha gostosa, mas você realmente é gostosa. Ele não, não sei explicar, é tão irritante. – bufou. – Mas não quero perder meu tempo falando daquele cara... – me lançou um breve olhar lascivo. –
Pensei em você o dia todo...

- Ah, pensou é? – ele fez que sim. – Pensou em exatamente o que?

- Você sabe... – deixou a mão tocar entre minhas coxas.

- Acho que sim, mas quero que me conte... – ele sorriu e passou a língua entre os lábios.

- Passei o dia imaginando como seria foder você bem ali na mesa de reuniões que trabalhei o dia inteiro. – senti o corpo reagir aquela frase dita tão sensualmente. – Queria te colocar encostada naquela mesa, só de calcinha, salto, e essa gravata aqui no pescoço.... E te foder com bastante força, marcando sua bunda com a palma da minha mão.

- O que mais... – murmurei, perdendo para que ele continuasse, e devagar deixei que minha mão tocasse sua calça na altura do zíper. –
Continua..

-O "Mais" você descobre quando a gente chegar em casa.. retirou, com gentileza minha mão do seu pau que sob a calça estava duro. - Em casa a gente continua... - piscou um olho, e imediatamente esqueci a dor de cabeça e me  deixei levar a fantasias do que inevitavelmente aconteceria quando estivéssemos sozinhos, em nossa casa.

Contrato de Casamento Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora