Capítulo 50 - Hormônios

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No outro dia...

Henrique abriu a geladeira e encarou os doces. Será que eram tão bons quanto Alice dizia?

- Vai, eu vou experimentar um – ele disse para si mesmo, já pegando. – Hum... isso é bom. – pegou mais um, e mais outro, e mais outro.

- hen?

- Alice, quer me matar do coração?

- Você está roubando meus doces?

- Não eu... só quis experimentar um. Você falou tanto..

- E você desfez deles...

- Eles são bons demais!

- É claro que eles são, eu ia gostar de doce ruim? – ela lançou um olhar a geladeira. – Você comeu tudo?

- Comi os que estava nesse prato. Ainda tem os da caixa.

- Que caixa?

- A caixa de doces.

- Não tem mais caixa de doces, Henrique. Os que sobraram eu deixei aí.

- Como assim? Você já comeu 50 doces? Alice!

- Eu, sua mãe e seu pai. E você agora né? Acabando com meus últimos...

- Meu amor, me desculpa.... me desculpa.

- Agora se nossa filha nascer com cara de branca de neve a culpa é sua.

- Eu compro mais cem, mais duzentos se você quiser...

- Agora eu não quero mais.

- Alice... eu não vou te deixar passando vontade... ai como eu sou um péssimo marido. E pai também.

- É, horrível! – ele fez cara de culpado. – Deixa de ser bobo, amor! Eu nem quero mais os doces.

- Não?

- Comi tanto que enjoei.

- Tem certeza?

- Absoluta. Não quero ver doce na minha frente pelos próximos 3 meses.

- Isso quer dizer que... eu posso comer esse último?

- Pode. – ele sorriu e pegou o doce. – Não, espera. – ele a encarou. – Me dá o lacinho vermelho.

Ele obedeceu. Alice comeu o lacinho da branca de neve, que tinha gosto de morango.

- Isso é muito bom. Isso é divino! Isso é...
Alice? – não deu nem tempo dele perguntar. Alice já tinha saído correndo para o banheiro.

(...)
- Da próxima vez que você disser que algo vai me fazer mal eu vou te ouvir.

- Aham. E nesse dia você deixará de ser você.
Ela estava sentada na cama ainda tonta, respirando devagar, tentando se recuperar. Ele estava ajoelhado à sua frente.

- Eu odeio aqueles doces.

- Meu amor, você não odeia. Mas você deve ter comido uns 30.

- Eu não comi 30! – ele a encarou. - Uns 25 talvez.

- Já passou. Ao menos agora não está mais enjoada.

- Passou por hoje. Amanhã eu vomito de novo, e depois de novo, e depois de novo, e depois...

- Eles nascem. E você não precisa passar mais por isso. E olha que bom, as mulheres têm que passar por isso DUAS vezes para ter dois bebês. Mas você não, vai passar uma só.

- Como você é bonitinho... – Henrique sorriu para ela, que ficou pensando.

- Que foi amor?

- Nada, é só que... – mas ela não terminou a frase. Simplesmente desandou a chorar. Ahh os hormônios da gravidez!

Notas Finais

Ahh, talvez solte vários capítulos (os finais) hj, ok?! Beijinhos

Contrato de Casamento Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora