Capítulo 28 - Tirando a dúvida

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Notas do Autor
Pra quem já leu, sem spoiler por favor, deixem as meninas que chegaram agora descobrirem o que acontece kkkk.
(⁠๑⁠˙⁠❥⁠˙⁠๑⁠)

Andar sobre saltos na Avenue não era o meu hobby preferido, nunca foi. Aquele lugar sempre estava lotado de turistas, que entravam e saiam das lojas o tempo todo, tirando fotos e sorrindo como se a vida fosse um comercial de sazon. Ana andava apressada em meio as pessoas, e eu sobre os saltos tentava acompanhá-la sem cair. Com o embrulho da farmácia em mãos, ela parecia mais inquieta que nunca, era como se o teste fosse dela.

- Alice anda logo! – reclamou sem soltar o meu braço, enquanto com a outra mão ela usava para abrir espaço entre as pessoas.

- Ana! – exclamei, ela não me deu atenção. – Ana karalho, você vai me derrubar! – puxei o braço, ela parou de andar e me encarou. – Porra, tropecei umas cem vezes.

- Deixa de ser exagerada, Alice! – revirou os olhos. – Se eu não puxar você não sai do lugar! – reclamou. – Não temos muito tempo.

- Ana eu não sei se é uma boa eu fazer esse teste hoje.

- E vai esperar até quando? – franziu a sobrancelha. – A criança nascer, crescer, andar e sair chamando você e Henrique de mamãe e papai?

- Você sabe que pode não ter criança nenhuma, não sabe?

- Você quer mesmo ter essa conversa aqui? – olhou ao redor e torceu um bico. – Além do mais, você tá se corroendo que eu sei.

- Tô mesmo... – confessei, seguido de um suspiro. – Saber que pode...que pode ter um corpo estranho aqui dentro tá me deixando maluca.

- Então vem, vamos tirar essa duvida! – voltou a segurar em meu braço, mas dessa vez andava lado a lado comigo.

A loira ao meu lado falava sem parar, fazendo planos com uma criança que sequer existe de fato. Não pude deixar de sorrir quando ela disse algo sobre nossos filhos brincarem juntos quando maiorzinhos, ela realmente é a irmã que eu não tive. Entre planos para o futuro e risos, paramos de frente para o prédio onde Henrique e eu morávamos. Gelei, travando o pé e fazendo-a fazer o mesmo.

- O que foi agora? – perguntou sem paciência.
– Alice!
- Eu nem tinha me dado conta que nós estávamos vindo pra cá, tá maluca Ana?

- O que tem demais nisso?

- E se o Henrique estiver em casa?

- Ué, a gente pode dizer que é meu.

- Ele não vai acreditar! – passei a mão no rosto. – Eu estou passando mal a semanas na frente dele, você acha que ele vai acreditar?

- Alice você mesma disse que ele não estava disponível hoje e me chamou pra almoçar. Sem contar que se você está passando mal com frequência e ele não questionou sobre, é porque realmente achava que era devido a gripe.

- Tem razão.. ele tem umas reuniões hoje.

- Então?

- Não sei...

- Alice! – exclamou entre os dentes.

- Tá bom, tá bom.. Eu vou.. - dei as costas e ela se esforçou para me acompanhar.

(...)

- Eu não vou conseguir! – murmurei, o teste em mãos.

- Não tá com vontade? Espera aí que isso ajuda. – abriu uma das torneiras, bufei.

- Ok sai! – pedi, ela me encarou com a testa franzida. Ela estava encostada no balcão da pia, me encarando enquanto eu já estava sentada no vaso com as calças abaixadas.

Contrato de Casamento Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora