Contrato de Casamento Vol 2

Capítulo 16 - Lar doce lar (inédito)

P.O.V Alice

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Depois do desembarque, resolvemos jantar somente nos dois, recusando educadamente o convite feito pelos pais de Henrique. Tudo o que eu queria era chegar em casa e dormir, mas a insistência de Henrique resultou em um jantar rápido em um restaurante. Eu ainda estava sonolenta devido ao calmante que tomei, e por esse motivo recusei até mesmo a sobremesa. Pedi pra ir embora e foi exatamente isso o que fizemos, como Henrique havia solicitado a presença de Smith no aeroporto, ele estava nos esperando dentro do carro, o que eu achei melhor, já que não queria ficar andando igual maluca com malas e malas. Ao chegar em casa, me dou conta que Amélia não estava exagerando quando disse sobre a quantidade de presentes que não parava de chegar. A sala estava cheia por todos os lados e de certa forma me deu desespero, quem iria guardar todas aquelas coisas? Henrique vinha um pouco atrás de mim, com mais pacotes que o porteiro nos entregou, e quando ele finalmente entra deixa tudo cair no chão, perplexo com a cena em que a sala se encontrava. Senti vontade de rir, e não me fiz rogada não, a cara de espanto dele era hilária.

- Deus, o que aconteceu aqui? – perguntou, olhando toda a volta, fechei a porta devagar depois de colocar as malas para o lado de dentro.

- Eu jurei que sua mãe estava exagerando quando disse sobre a quantidade de presentes que estava chegando.

- Eu também achei que era drama dela! – coçou a cabeça. – Mas pelo jeito o drama vai ser meu...

- O que? Drama seu? – perguntei confusa. – Do que você tá falando?

- Alice eu vou demorar dias pra conseguir colocar tudo isso no lugar, aliás, nada disso tem um lugar. – fez uma careta. – E agora?

- Não, eu me recuso a pensar agora, preciso de um banho relaxante e cama..

- Cama? Amor, não é melhor... – tentou, mas eu o calei com um selinho.

- Não, o melhor que posso fazer agora é deitar. Cara, a gente já tinha conversado sobre isso, hoje não, amanhã daremos um jeito de despachar tudo pro meu apartamento, mas agora, eu só preciso de um banho e cama. – resmunguei.

- Eu não sei se consigo dormir com esse apartamento assim...

- Ah consegue, é claro que consegue. Vem, vamos descansar, amanhã tenho muita coisa pra fazer. – segurei em sua mão. – Cara, vem logo, eu tô com muito sono. – o puxei em direção aos quartos. – Cuidado pra não pisar em nada... – debochei.

- Alice, as malas... – tentou voltar, mas segui o puxando.

- Nãããoo.. amanhã, amanhã a gente vê tudo isso aí, agora só vem pro banho comigo. – entramos no quarto e então fechei a porta. –
Aaah, lar doce lar! – brinquei.

- Você é maluca. – ele acabou relaxando, me puxando para os seus braços.

- Poxa, eu aqui super cansada, querendo carinho e você pensando em bagunça... – fiz charme. – Eu tô exausta! – o abracei pelo pescoço e deixei minha testa encostar na sua.

- Eu também. – confessou, suspirando. – Bem-vinda ao lar, Sra Ferrari. – sorriu, encantador como só ele conseguia ser.

- Eu amo você. – disparei de repente, ele tocou meu rosto com delicadeza.

- Eu também te amo muito. – murmurou. – Mas agora vamos tomar banho, eu preciso relaxar e esquecer que minha sala tá aquela bagunçaaa. – arrastou a voz, e não pude deixar de gargalhar.

- Quando eu falo que vc é uma garota... – revirei os olhos, me afastando e já tirando a roupa, Henrique me acompanhou sorrindo do meu comentário.

- É mais forte que eu. – ele riu. – Mas vem, vou seguir sua dica e tentar relaxar um pouco.

- Se quiser uma ajudinha... – me insinuei, obviamente brincando, já que não tinha forças para nada além daquele banho.

- Com essa carinha de sono aí? Não vou nem me animar. – ele riu e eu o acompanhei, seguimos o banho entre provocações e muito carinho, para então podermos descansar no aconchego de nosso abraço.