Capítulo 46 - Tabu

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Henrique terminou de fazer a lasanha e fez questão de continuar na cozinha mesmo. alice se sentia nervosa, não sabia se fez o certo ao propor a prenda para ele. Ela remexia o garfo contra a massa sobre o olhar atento do amado. Ele sorria, os cotovelos espalmados no balcão onde ela estava sentada. Nunca haviam conversado sobre sexo anal antes, ao menos não em sã consciência. Ele estava insinuando em algumas transas dos dois, mas ainda não haviam falado abertamente, e, saber que ele gostaria de tentar deixava-a nervosa. No fundo também havia certa curiosidade de sua parte, mas, como ele nunca havia dito nada deixou que a vontade de experimentar morresse.

- Come, Alice! – ele já havia dado três garfadas na comida, e sorria vitorioso pelo gosto excelente que o prato tinha. – Superou o seu estrogonofe!

- O que? Como você é exagerado! – revirou os olhos, a boca salivando ao olhar para o prato que ele havia lhe servido. – Ok, é bom... – fechou os olhos saboreando a primeira garfada.

- Bom? – ergueu uma sobrancelha. – Admita que esse prato te causou um orgasmo gastronômico.

- Por que você nunca fez isso antes? –
continuou comendo e ele sorriu admirando-a. – Você disse que não sabia cozinhar.

- Eu nunca disse isso.

- Disse!

- Alice, passei tanto tempo no restaurante do Giorgio, você acha mesmo que não sei cozinhar? – debochou.

- Você não tá comparando essa lasanha com o tempero do Giorgio, né? – ele revirou os olhos.

- Admita que você gostou.

- Já ouviu dizer que com fome comemos até pedra? – fingiu desdém.

- E esse dedo raspando o molho do prato?

- Já disse, tava com fome! – deu de ombros, ganhando um olhar matador do amado. – Tava bom, mas não bom o suficiente. Você perdeu a prenda! – levantou, encostando na bancada.

- Não perdi não! – também se colocou em pé, circulando a cintura dela com os dois braços.

- Acho que precisamos conversar. – acariciou o rosto dele.

- Sobre o que propus, não é? – ela fez que sim.

- Não quero que tenhamos tabus entre nós. – se sentou novamente, agora com ele entre suas pernas.

- Eu fui insensível com você? – ela fez que não. – Grosseiro? Eu não quis parecer indelicado ou forçar e... desculpa amor.

- Ei, calma. Eu não disse que foi indelicado ou forçou nada, você apenas expôs que sente tesão em fazer sexo anal. – falou com naturalidade. – Como eu disse, não quero nenhum tabu entre nós, e também não quero reprimir seus desejos. Então por isso acho importante conversar sobre possíveis fantasias sexuais e claro que de outros assuntos também.

- Eu não quero que saia da sua zona de conforto por mim.

- Quem disse que você me tirou da minha zona de conforto?

- Não tirei?

- Henrique eu sei os meus limites, quando achar que está indo longe demais eu falarei. – sorriu para ele. – Aquilo que você fez outro dia... com o dedo... – procurou as palavras certas, mas não achou. – Aquilo foi bom. – suspirou, a pele arrepiada só em lembrar. – Aquilo foi muito bom, a sensação que me causou foi...

- Então não estou te tirando da sua zona de conforto? – fez que não. – Você gostou? – ela fez que sim. – E você já... já deu o... fez... – ela riu do jeito desajeitado dele. – Não ri Alice, eu tô falando sério.

- Não, nunca fiz anal.

- E sente vontade de fazer?

- Sinto, mas... – agora ela quem havia ficado embaraçada.

- Mas...? – incentivou para que ela continuasse.

- Vamos ver um filme? – se levantou do banco alto, fazendo menção de sair da cozinha, sendo impedida por ele.

- Você acabou de dizer que não quer tabu entre nós e vai sair no meio da conversa assim? – ela suspirou e então se voltou para ele. – Você tem certeza que não estou te tirando da sua zona de conforto?

- Não é sobre isso, você nunca, em momento nenhum forçou nada. Eu me sinto confortável com você, o sexo é sempre maravilhoso... Só que... você é... como eu posso dizer?

- Eu sou o que? – perguntou preocupado.

- Grande, o seu... – olhou para baixo, e ele entendeu o que ela quis dizer. – É grande e eu tenho medo de doer. Jéssica me disse que dói, que apesar de prazeroso dói.

- Alice! – ele riu vaidoso. – Nós podemos ir devagar, testar posições até achar a mais confortável pra você.

- Eu quero. – afirmou, presenteando ele com um beijo leve. – Desde que você disse aquelas coisas quando estávamos transando eu... tô morrendo de tesão, vontade de ter você, mas não sei se estou preparada.

- Tudo bem. – beijou a ponta do nariz dela. – No seu tempo, tá bom? – ela fez que sim. – Mas enquanto isso... Eu posso ficar com a segunda sugestão da prenda? – ela mordeu o lábio fazendo que sim. – Eu ganhei... – murmurou, passando a língua nos lábios dela.

- Você ganhou. – sentiu um arrepio ao tê-lo mordendo sua orelha. – Ainn.

- Tá me devendo um boquete. – beijou agora seu queixo.

- Vou pagar... – sussurrou antes de beijá-lo, dando início a mais uma aventura ao mundo do prazer.

Contrato de Casamento Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora