P.O.V Alice
Eu acabei adormecendo na banheira encostada sobre o ombro dele, e aquilo de certa forma já estava virando um vício. Estava realmente exausta e meu corpo perdia por descanso. Fazia tanto tempo em que eu não me sentia esgotada assim.
- Alice... – ouvi sua voz murmurar, acariciando meu braço. – Amor acorda, a água tá começando a esfriar.
- Não, me deixa ficar aqui mais um pouquinho..
- Não, você precisa se alimentar amor.
- Eu não quero comer.
- Alice não é opcional, você vai comer nem que seja uma fruta!
- Henrique! – revirei os olhos.
- Quando você recusa comida é porque a coisa tá realmente séria.
- Ai tá, eu vou comer só pra você deixar de ser tão preocupado. – ele sorriu, e ficou me encarando com insistência. – Que foi?
- Você tá horrível com essa cara pálida. – gargalhou.
- Tá querendo confete, Alexandre? – bati com força em seu braço.
- Ali... au! – reclamou, alisando o local que eu bati. - Pa-ai, isso dói, pa-para amor.
- Palhaço, colorido. – bati de novo.
- Amor eu tô brincando, você é linda. Pa- Alice, isso dói.
- Eu não preciso que você me diga isso, eu sei que sou linda.
- Ai Alice... – ele riu. – Vem, vamos sair daqui logo. – ficou em pé, me puxando para fazer o mesmo.
- karalho que frio. – abracei o corpo quando uma rajada de vento passou por mim.- Vou pegar um roupão pra você. – começou a caminhar pelo banheiro totalmente nu. Internamente eu ri da intimidade que tínhamos. – Você prefer... – parou de falar quando notou que eu estava observando-o. – O que foi?
- Nada, eu não disse nada. – dei de ombros.- Tava me olhando pelado, docinho? – estreitou os olhos.
- Você tem um belo.. – olhei para baixo, e ele sorriu se aproximando com o roupão em mãos.
- Aliceee.. – me repreendeu, me envolvendo com o roupão felpudo. – Você só provoca porque sabe que não podemos fazer nada.
- Não podemos? Quem disse que não?
- Alice sem gracinhas. – beijou meu rosto, puxando-me pelas mãos. – Vem, vamos sair daqui antes que eu perca a cabeça com você. – enrolou também uma toalha nos quadris, caminhando abraçado a mim até o quarto.
Já trocados, Henrique pegou o telefone para pedir comida, e se deitou comigo na cama enquanto esperávamos chegar. Ele fazia cafuné na minha cabeça enquanto eu usava o peito dele de travesseiro.
- Olha esse filme! – ele sorriu.
- Esposa de mentirinha! – exclamei. – Esse não é o filme que o Giorgio falou naquele dia? – a simples lembrança fez meu corpo arrepiar, e parecendo perceber Henrique me abraçou mais forte.
- Podemos tirar se você preferir.
- Tudo bem, estava mesmo curiosa pra ver esse filme. Amor?
- Oi...
- Não para de mexer no meu cabelo não. – o pedido saiu num murmúrio, ele olhou para mim e beijou a pontinha do meu nariz. – O que foi?
- Você fica manhosa quando tá doente. – bocejou.
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Contrato de Casamento Vol 2
RomanceAgora casados, Henrique e Alice irão lidar com a felicidade e também as dificuldades que a vida a dois traz