Capítulo 27 - Gravidez psicológica?

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P.O.V Giovanna

No dia seguinte...

- Eu bem que te avisei, né Alice? – ele reclamou, segurando meus cabelos enquanto eu vomitava até quase soltar o estômago pela boca.

- Henrique para, para de falar pela amor de Deus. – pedi, limpando a boca com as costas da mão.

- Eu disse que você ia passar mal... – se levantou, pegando uma toalha de rosto e molhando.

- Aqueles doces... eles... Aii que nojo.. – não consegui formular a frase, senti um novo espasmos e me debrucei sobre o vaso novamente. Henrique se moveu no banheiro e se aproximou de mim, segurando novamente meus cabelos. – Droga, que sensação horrível.

- Eu bem que avisei, mas você parece criança.

- Henrique sai daqui! – rosnei entre os dentes.

- Não adianta você ficar brava comigo, eu não tenho culpa.

- Você podia ter tirado os doces de perto de mim!

- Pra que? Era capaz de você comer a minha mão no lugar dos doces. – apertei os olhos, e ele levantou as duas mãos em redenção. – Eu vou fazer um chá de hortelã pra você melhorar.

- Chá? – fiz uma careta, meu estômago embrulhou e novamente me debrucei.

- Acho que o chá não foi uma boa ideia...

- Henrique SAI DAQUI! – gritei, e no segundo seguinte já estava sozinha.
(...)

Ainda me sentia um pouco zonza quando finalmente consegui levantar do chão, suspirei fundo ao olhar minha feição pálida diante do espelho. De uma coisa eu tenho certeza, nunca mais quero saber de festa infantil na vida. Neguei com a cabeça, lavando o rosto antes de seguir para uma banho rápido.

- Amor? – Henrique bateu na porta, colocando somente a cabeça para dentro. – Se sente melhor?

- Minha cabeça tá explodindo. – confessei, fechando o chuveiro. – Você já está vestido? – questionei ao me virar de frente pra ele.

- Adiantei o banho no quarto de hóspedes, tenho uma reunião com o meu pai em meia hora. Como você se sente? – perguntou enquanto me entregava uma toalha, para que eu enrolasse nos cabelos.

- Já disse, minha cabeça tá doendo.

- Alice eu acho melhor irmos ao hospital, eu estou preocupado com você. – pegou o roupão pendurado, me ajudando a vestir.

- Ei, eu estou bem. Não preciso de médico e você acabou de dizer que tem uma reunião com o seu pai.

- Eu ligo pra ele agora mesmo e desmarco!

- Não precisa.

- Até quando você vai me enrolar?

- Ah docinho. – revirei os olhos, passando por ele e caminhando até o closet. – Tenho uma sessão hoje, depois a gente vê isso de consulta.

- Amanhã!

- Se eu não me sentir bem, a gente vai. – afirmei, procurando o que vestir. – Almoça comigo hoje?

- Adoraria, mas não vou ter tempo de sair na hora do almoço. – fiz um bico, ele sorriu.
- Poxa... parece que depois que a gente casou nunca sobra tempo pra nada.

- Amor.. – me abraçou pela cintura. – Só estamos nos adaptando com a nova rotina, logo tudo volta ao normal.

- Tá né.. – dei de ombros, ganhando um selinho carinhoso.

- Chama a Ana pra almoçar com você.

- Vou fazer isso, detesto comer sozinha.

- Se ela não puder, vai pra casa da minha mãe.

- Tá brincando, né? – gargalhei. – Capaz dela me servir como almoço.

- Engraçadinha. – tocou a ponta do meu nariz.

– Eu preciso ir, tô atrasado. Me liga mais tarde?

- Aham.. – retribui o beijo leve que ele me deu.

- Te amo, se cuida, qualquer coisa me liga.

- Também te amo.. – murmurei quando ele me soltou, ainda apressado.

(...)

- Para, pera que eu acho que não entendi direito.. – Jéssica falou, colocando a mão sobre a boca. Revirei os olhos, me arrependendo de ter dito a ela. – Tá falando sério, Alice? – apenas afirmei com a cabeça, olhando ao redor pra vê se alguém prestava atenção na gente. – Hahahahah.

– a loira gargalhou, senti vontade de enfiar aquela taça de vinho goela abaixo.

- Porra Jéssica, para de rir.

- Gravidez psicológica, Alice, sério? – segurou o riso.

- Eu estou falando sério, desde que o Henrique veio com essa conversa de filho eu.. mexeu comigo, entende? Amiga eu estou passando mal desde que... Deus, me dei conta que tem tempos que minha menstruação esta atrasada, desde que... Eu só posso estar maluca, não me atentei a isso antes.

- Alice, você não é o tipo de pessoa que tem uma gravidez psicológica.

- Não? Eu só venho pensando nisso há um mês! E depois do que a Katie me falou ontem... – Ana riu mais uma vez. – Eu vou embora. – me levantei, mas a loira segurou meu braço.

- Espera. Tá bom, eu paro de rir. – revirei os olhos, me sentando novamente. – Amiga, você não acha que é mais provável você estar grávida de verdade?

- Não, porque não é possível.

- Não sabia que a relação de vocês era tão parada assim... – bufei, tentada a bater nela.

-Ana, sem piadinhas ok? Eu estou falando sério, caramba.

- Aí cadê o seu humor?

- Isso é sério e você fica fazendo piada! – cruzei os braços. – Não é possível porque eu ainda estou tomando anticoncepcional.

- Mas você sabe que pode acontecer, não é?
- Sei, mas, eu tomo o mesmo remédio desde que iniciei minha vida sexual, por que ele falharia logo agora?

- Alice, é tão simples, faz um exame e pronto!

- Não, sei que é do psicológico.

- Não? Você está com medo do resultado?

- Um pouco.

- Você acabou de dizer que vem pensando nisso há um mês!

- Sim, EU venho pensando, não Henrique. Acabei de me dar conta que se estiver realmente grávida, já estava antes de casar...

- Mas você acabou de dizer que ele foi quem tocou no assunto filhos, caramba!

- Mas eu não sei se foi da boca pra fora, no calor da discussão ou sei lá, a gente acabou de casar, não curtimos nada ainda. Talvez esteja cedo pra ter um filho. Há tempos ele não toca no assunto. E eu conheço o Henrique, quando ele quer uma coisa, ele vai até o fim.

- Talvez ele só não esteja querendo te pressionar.

- Não sei...

- Você não quer mesmo saber? – ela fez sinal para o garçom, e quando o cara se aproximou ela pediu a conta.

- Ei espera aí, aonde nós vamos?

- Farmácia Alice, vamos tirar essa duvida agora mesmo!

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Respondendo as perguntas O que e gravidez Psicológica: A gravidez psicológica acontece quando a mulher acredita que está grávida, apresenta alguns sintomas que indicam uma gestação, mas os exames de sangue e ultrassom mostram que ela não está. A condição, que também é chamada pelos médicos de pseudociese, é considerada rara e sem razões biológicas, na maioria das vezes.

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