Um tempo depois...
O pequeno percurso entre o apartamento de Alexandre até a casa dos pais não foi dos melhores, Alice sentia os efeitos da gravidez cada vez mais frequentes e já se questionava se ficar grávida havia sido uma boa ideia.
Enquanto o carro era conduzido por Smith, no banco de trás Henrique tentava fazer com que a esposa respirasse fundo para a ânsia ir embora. Mentalmente ela agradeceu quando o carro finalmente parou de frente a casa dos Ferraz, fechando os olhos com força ela engoliu em seco uma ânsia que veio um pouco mais forte. Encostando a cabeça no banco do carro, ela finalmente conseguiu respirar sentindo o estômago menos pressionado, e, ali ela soube que carros e gravidez não combinavam. Henrique a olhava atentamente, segurando uma das mãos dela. A testa franzida demonstrava toda sua preocupação, e quando ela finalmente abriu os olhos ele questionou.- Como você se sente?
- Grávida. – ela tentou brincar, e até soltou um meio sorriso.
- Eu estou falando sério.
- Me sinto melhor.
- Tem certeza que se sente melhor? – ela fez que sim e sorriu. – Se você quiser, a gente pode voltar pra casa. – circulou as costas da mão dela com o polegar.
- Não, é aniversário do seu pai, não podemos fazer essa... uau.. – se perdeu no meio da frase ao olhar a janela e perceber a quantidade de gente que havia ali. – Olha, a sua mãe talvez seja um pouco exagerada.
- Talvez? – acompanhou o olhar dela. – Ela é completamente maluca. – Alice gargalhou. – Meu pai deve tá muito puto, ele nunca gostou de expor a imagem dele.
- Eu no lugar dele estaria amando.
- Não foi isso que você disse no nosso noivado.
- Você sabe muito bem o motivo. – deu um pequeno soco no braço dele. – Gosto de festa, chamar atenção, mas não de expor a minha vida.
- Então você não vai contar sobre os bebês para a mídia?
- O quê? Claro que não! – negou. – Por que faria isso?
- Não sei, mas também ficaria desconfortável se fizesse.
- Eu não vou fazer, e também não vamos deixar que sua mãe faça, ok? – ele fez que sim. – Agora vem.. – ia puxando-o pela mão, ele segurou seu braço antes que ela pudesse pensar em sair do carro. – O que?
- Você não estava passando mau?
- Ih, já passou, estamos atrasados esqueceu? – piscou um olho, e antes que pudesse abrir a porta Smith o fez, eles estavam tão entretidos na própria conversa que ao menos notaram que o motorista havia descido do carro.
Flashes, jornalistas e até um tapete vermelho estavam postos em frente a entrada da mansão dos Ferraz. Se tinha uma coisa da qual Amélia entendia, era dar festas. As “reuniões” – segundo ela mesma – que ela dava, eram daquelas que se era comentada por semanas ou quem sabe até meses. Ela nunca deixava a desejar quando o assunto era chamar atenção, toda a elite nova iorquina sempre estava presente, e com isso Amélia ganhava cada vez mais e mais prestígio.
Os flashes se voltaram para o carro quando Henrique saiu e estendeu a mão para que Alice fizesse o mesmo. Ele segurou a mão dela firmamento e forçou um sorriso quando pediram uma foto do casal. Seus corpos se aproximaram e a mão de Henrique foi para as costas dela, tocando a pele nua que estava descoberta pelo decote do vestido de cetim. Depois que a foto foi tirada, Henrique fez um carinho discreto nas costas dela, que arrepiada o repreendeu com o olhar. Para provocá-la ele mordeu o lábio antes de aproximar a boca do ouvido dela.
- Você tá muito gostosa nesse vestido. – confidenciou, deixando também um beijo em sua orelha. Ela forçou um sorriso ao ouvir uma pergunta de um jornalista, disfarçando o quanto ele estava atingindo-a. Ficaram ainda alguns minutos ali fora, respondendo a perguntas e tirando fotos, Alice se sentia no tapete vermelho do Oscar e aquele pensamento a fez gargalhar. Quando finalmente conseguiram adentrar o jardim da casa, ela ficou maravilhada com as máscaras que estavam sendo entregues por duas mulheres vestidas com requinte.
A festa de Robert seria um baile de máscaras, o que era surpresa para todos os convidados, já que a única exigência do convite era a roupa de gala. Alice vibrou quando viu o par de máscaras que lhe foi entregado, uma para Henrique e a outra para ela. Os objetos eram na cor preta, assim como a roupa de ambos, e também eram similares uma a outra, exceto pelos pequenos detalhes que a dela carregava, enquanto a dele era um preto fosco, totalmente sem desenho. Depois de ajudá-la a amarrar o objeto, Henrique voltou a colar a boca no ouvido dela e com a voz rouca sussurrou:
- Você não tem noção do quanto eu quero te arrastar para um banheiro e te foder até você gritar pra eu parar.
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Contrato de Casamento Vol 2
RomanceAgora casados, Henrique e Alice irão lidar com a felicidade e também as dificuldades que a vida a dois traz