Capítulo 24 - Só trabalho e estresse (modificado)

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Uma semana depois....

                      P.O.V Henrique

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Os dias se resumiam em muito trabalho, mas também muito sexo quente quando estávamos sozinhos em casa. Seguimos uma rotina entre dividir o tempo para o trabalho e organizar nossa vida pessoal, e agora, depois de uma semana que voltávamos da nossa lua de mel, Alice reclamava constantemente de dor de cabeça devido ao estresse em que passava tentando organizar a empresa, alegando que uma virose havia pegado-a de jeito.

Eu estava sentado na ponta da cama e enquanto a admirava dormir, fazia carinho em seus cabelos com as pontas dos dedos. Olhei pela janela de vidro que ia do teto ao chão e vi que já havia amanhecido em NY, superei passando a mão em meus próprios cabelos, sentindo que a exaustão de uma noite em claros estava começando a pesar em meu corpo. Alice havia passado mal quase que a noite inteira, gemendo de dor e vez ou outra levantava com crise de tosse. Passei boa parte da noite atento a temperatura do corpo dela, cuidando para que ficasse o mais confortável possível.

- Fica boa logo, meu amor. – sussurrei, inclinando o corpo para beijar seu rosto. Alice pareceu suspirar, se remexendo devagar na cama. Um gemido saiu de seus lábios, e afastei o rosto do seu. – Ei, tá tudo bem?

- Aham.. – resmungou. – Você não dormiu ainda? – sua voz estava fraca, eu fiz que não.

- Deixa eu medir sua temperatura. – tentei levantar, mas ela impediu.

- Não, fica aqui comigo. – ainda segurando meu braço ela me puxou delicadamente. – Deita aqui!

- Eu preciso ver sua temperatura! Me trocar, te trocar para irmos ao médico.

- Henrique eu estou bem, é só todo esse tempo seco. Não preciso de médico nenhum.

- Alice fala sério, o que você tá sentindo? – olhei no fundo de seus olhos, e ela suspirou.

- Me sinto péssima. – confessou. – Meu corpo todo dói, minha cabeça, e ainda tem essa ânsia insuportável.

- Droga! – passei a mão no rosto.

- Ei docinho calma, vai passar.

- E se não passar?

- Henrique para, eu estou bem. É só muito trabalho, e estresse.

- Alice...

- É sério, Giovanna tá me levando ao limite, isso tudo não passa de estresse acumulado. E também devido a chuva que levei a dois dias, lembra?

- Ah meu amor... – deitei ao lado dela. – Tem certeza?

- Sim... – respondeu, dando um selinho rápido em meus lábios. – Já temos que levantar?
- Não... ainda é muito cedo. Eu vou levantar e preparar alguma coisa pra pra você.

- Eu não estou com fome.

- Alice... – estreitei os olhos. – Você não jantou ontem.

- Eu comi uma maçã.

- Alice eu tô falando sério!

- Ah que chato você. – fez uma careta.

- Alice te ver recusando comida é a certeza que você realmente não tá bem.

- Ah, qual é docinho? – revirou os olhos.

- Você tem certeza que não quer comer alguma coisa? Ainda é cedo mas eu posso providenciar o nosso café da manhã e pedir naquele lugar que.... o que foi?

- Café... – levantou rapidamente, quase caindo ao tropeçar nos próprios pés. Levantei num sobressalto quando ela começou a correr até o banheiro com uma das mãos boca. Quando chegou no cômodo refinado, Alice só teve tempo de ajoelhar no chão próximo ao vaso sanitário antes de começar a vomitar.

- Caralho.. – mais que de pressa me aproximei dela, segurando seus cabelos com uma das mãos e tocando sua testa com a outra.

O único som ouvido era das nossas respirações e os espasmos do vômito que não parecia ter fim.

- Amor... – ela segurou o meu braço, sua mão estava suada e fria. Com a outra mão, ela limpou a própria boca antes de se debruçar na privada novamente e voltar a vomitar. –
Aaaaaah...

- Calma, respira devagar.. – ela fez o que eu disse. Fechando os olhos por poucos segundos, ela respirou calma e lentamente. – Vou pegar uma água pra você. – murmurei, ela negou com a cabeça.

- Não... – jogou a cabeça para trás, tirei minha mão de sua testa e sua própria ocupou o lugar da minha. – Se eu tomar alguma coisa vou acabar vomitando de novo.

- Tudo bem. – afago suas costas. – Consegue levantar? – ela fez que sim. – Vem cá, deixa eu ajudar você! – levantei-a com facilidade, parando diante da pia de mármore.

– Ain.. – gemeu, levando a mão até a cabeça.

- O que foi? – arregalei os olhos, encarando seu rosto pálido.

- Tem construtores dentro da minha cabeça. – apontou, fechando os olhos com força. – São no mínimo dez, cada um martelando em um lugar.

- Eu tô começando a ficar preocupado com você, Alice! – passei as mãos nos cabelos.

- Eu também.. – murmurou, espalmando a mão no mármore frio. – Você poderia me deixar sozinha um segundo?

- Mas e se..

- Eu tô bem, não vai acontecer nada. – curvou os lábios num sorriso fraco.

- Tudo bem, eu estou aqui fora. Se precisar grita, ok? – ela fez que sim.

- Henrique?! – me chamou, quando eu já estava próximo a porta depois de ter apertado a descarga.

- Oi meu amor..

- Obrigada!

- Não agradeça, só fique boa.

- Eu amo você.

- Eu também te quero bem. – os olhos dela brilharam. – estou aqui fora! – eu disse, antes de deixá-la sozinha.

Continua...

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