17° capítulo

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Quando abri os olhos no sábado a primeira dor que senti foi na cabeça, seguida da dor no joelho

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Quando abri os olhos no sábado a primeira dor que senti foi na cabeça, seguida da dor no joelho. Puta merda! Sentei na cama e passei os olhos pelo quarto. Levantei minha perna e olhei a marca roxa no meu joelho, eu tinha caído na porta do quarto ontem, disso eu me lembrava e lembrava também de que o Daniel estava logo atrás de mim e viu tudo. Vou até demais.

Sempre fui tão discreta com esse pedaço da minha vida, ninguém sabia, eu saí de onde morava porquê lá todos me olhavam com pena, me afastei de colegas, amigos e dos meus pais, eu queria simplesmente apagar aquela parte e fingir que não aconteceu. Foi um deslize total eu deixar a maldita porta aberta, entrei lá somente pra passar uma vassoura, já que não permitia que a garota da limpeza entrasse, e larguei aberta. Em momento algum imaginei que Daniel foi curiosos o suficiente pra mexer nas minhas coisas. Quando entrei naquele quarto e vi ele com a foto minha e do meu marido nas mãos, por pouco não desmaiei e depois tudo foi ladeira a baixo. O que devia ser apenas uma noite de sexo se tornou uma grande merda porque eu simplesmente não consegui me controlar e me embebedei na frente dele. O pior nem era isso, e sim o olhar de pena que receberia na segunda as oito da manhã.

Levantei da cama e segui pro banheiro me encarando no espelho, estava com o joelho roxo e dolorido, cabelo bagunçando, cheirando a sexo misturado com álcool. Tirei a camisa que vestia e entrei no box ligando o chuveiro deixando a água morna cair sobre minha cabeça. Talvez eu devesse me demitir e me mudar pra outro lugar, talvez fosse pra Europa. Mas não consegui deixar de pensar no salário que ganhava, eu tinha muito dinheiro guardado, mas não podia ignorar o salário que recebia ali.

Despejei um pouco de shampoo nas mãos e lavei meu cabelo. Eu era muito fodida mesmo!

Sai do box enrolada numa toalha envestimum conjunto de moleton verde escuro, sequei meus cabelos e deitei novamente na cama pegando meu celular. Ignorei quase etodas as mensagens e abri a conversa com Daniel.

Bezerro: Espero que não tenha se machucado muito com q queda de ontem.
Pode conversar comigo quando quiser. Mesmo!

Não respondi e larguei o celular no colchão era exatamente isso que eu não queria, não queria contar meus problemas pra ninguém era por isso que pagava uma psicóloga. Ele deve estar pensando que eu sou uma coitada e se tem algo que eu nunca fui e nunca serei é coitada.
O meu sábado se resumiu inteiramente em dormir,  tinha tomado um remédio e me ajudou bastante dormi quase o dia todo. O domingo também passou tediante e solitário, bebi um vinho e assisti um filme de ação. Não tinha ânimo algum pra encontrar o herdeiro na segunda e pra finalizar o dia a minha menstruação desceu no início da noite, o que significava que eu não dormiria direito, e que passaria o dia seguinte me arrastando. Talvez eu fosse uma coitada mesmo.

Na segunda acordei sentindo uma dor absurda abaixo da barriga, sentei na cama e suspirei levando a mão até a região. Desde que comecei a ter problemas no útero menstruar se tornou um pesadelo, e eu não podia fazer muito, não podia tomar anticoncepcional pra não ter nenhuma alteração hormonal e nem outros métodos, não podia ter diu, caralho nenhum. Tomei um banho bem demorado, pois acordei as sete e não tinha nada pra fazer naquele horário no hotel. Vesti uma calça larguinha preta, isso porque tinha medo de vazar e manchar a roupa, coloquei um casaco longo por cima da mesma cor e uma blusa bege, um tênis e óculos escuros. Sai de casa às oito e meia da manhã e pedi um táxi, eu não tinha capacidade alguma de dirigir, estava me sentindo muito mal, chateada, com dor, meio fraca.

Paguei o táxi e entrei pelo estacionamento pegando o elevador privativo, subi direto pro meu escritorio e me joguei na cadeira. Liguei o computador e comecei a trabalhar na tentativa falha de ignorar tudo que estava sentindo. Sentia minha menstruação descendo muito, parecia que ia vazar toda hora. Era uma merda mesmo! Além das dores que remédio nenhum aliviava. Geralmente quando eu menstruava eu tentava não sair de casa, pelo o menos no primeiro dia, que ficava pior.

—Luna bom dia—Sorri para o pai do herdeiro que entrou na minha sala e se sentou na cadeira na minha frente, tomara que ele não demora muito aqui.

—Bom dia senhor Miguel—Falei sorrindo.

—Sem o senhor por favor—Ele disse—Queria lhe agradecer pelo que fez no Canadá, conseguimos o empréstimo e já até devolvemos ao banco. Mas como estão as coisas?

Lhe encarei e sorri me ajeitando na cadeira, tinha que vir falar comigo justo hoje. Eu precisava contar sobre os roubos que percebi recentemente, mas acho que deveria falar com o herdeiro isso.

—Esta tudo bem, os hotéis de Nova York estão sempre impecáveis—Abri um sorriso pequeno.

—Tudo bem?—Indagou franzindo a testa, eu lhe encarei e franzi a minha—Esta pálida…

—Estou bem—Menti levantando da cadeira pra pegar uma água, mas voltei a me sentar quando minha vista escureceu. Engoli seco, não sentia aquilo com frequência. Isso sem contar o enjôo que me deu.

—Vou pegar uma água pra você—Vi Miguel mexer no frigobar no canto da sala e voltar abrindo uma latinha de água pra mim. Bebi o líquido e lhe encarei.

—To me sentindo um pouco fraca—Falei respirando fundo e apertei os olhos quando minha vista escureceu novamente.

—Acho melhor eu te levar no hospital— Não consegui lhe responder, passei a língua pelos lábios secos e respirei com mais dificuldade—Vem—Senti quando ele passou a mão pela minha cintura e me ajudou a levantar, mas bastou isso para que tudo voltasse a girar e me fizesse apagar.
(...)

O barulhinho familiar me fez abrir os olhos e encarar o teto branco com luz de led. Eu odiava hospitais apesar de sempre está vindo, passei os olhos vendo um acesso ligado a um pouco de soro e olhei pro outro lado encontrando Daniel sentando no sofá digitando algo no celular.

Eu tinha desmaiado?

—Que hospital é esse?—Indaguei atraindo a atenção do herdeiro fazendo ele me olhar.

—Central?—Sugeriu caminhando até a beira da cama e me encarando— Você está bem, só a pressão que baixou e eles te colocaram no soro.

—Eu tenho plano nesse hospital, minha ginecologista é daqui, preciso ver ela, acho que tem algo errado comigo— Falei descendo a mão até minha virilha por cima da roupa mesmo, eu estava mais inchada que o normal.

— Você não tem nada, foi só a pressão—Ele disse me fazendo encara-lo.

—Pode por favor procurar lá embaixo pela doutora Makenzie?—Falei um pouco grossa, mas ele deu de ombros e deixou o quarto. Fiquei na dúvida se ele tinha mesmo acatado meu pedido ou simplesmente me ignorou.

Apertei de leve a região da lateral da virilha e gemi pela dor que senti na região. Ei tinha me consultado com ela a menos de três meses e estava tudo bem. Mas já não sei mais.

Eu tinha endometriose e estava controlada, descobri isso depois que perdi o bebê, antes eu sequer tinha sintomas e achava que uma dorzinha assim era normal, mas depois eu vi que não era, e comecei a tratar, tinha tempos que não passava por nenhuma crise.

—Aqui—Eu suspirei quando vi a bendita médica entrar na sala com cara de poucos amigos.

—Oi Luna—Ela falou se aproximando da cama—O que houve?

—Minha menstruação desceu ontem a noite e eu estou sentindo muita dor, mas queno normal, até desmaiei hoje mais cedo. Acho que minha barriga inchou demais—Peguei a mão dela e trouxe até a area—Ta doendo bastante aqui e tá inchado né—A mulher com traços asiáticos demorou um pouco ali mais a vi franzir a testa.

—Da última vez você não tinha nada—Ela me olhou e sentou na beira da cama—Anda sentindo dores pra ter relações?—Mordi o lábio pensando que na primeira vez que transei com Daniel eu senti um encomodozinho quando ia muito fundo, mas achei que fosse normal, pensando que ele era avantajado. Balancei a cabeça afirmando—O fluxo tá vindo muito forte?

—Esta sim—Respondi.

—Vamos fazer um ultrassom—Ela levantou da cama—Vou pedir pra te levarem até o consultório—Concordei, estava nervosa.

                             ....😢....

O que a Luna tem?

Comentem muito e eu volto logo.

Amei a interação no capítulo anterior, vcs são demais.

LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora