29° capítulo

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Eu tô muito inspirada essa semana heim! Então vota e comenta pra eu saber que está gostando

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Luna 

Quando entrei no quarto a menina estava sentada na beira da cama já vestida e os cabelos molhadas. 

—Oi—Ela me olhou—Seu remédio—Estendi a carteira e deixei que pegasse um, lhe dei o copo com água e depois coloquei na cômoda ali no quarto.

Aproveitei que já estava ali e fui até o closet, me troquei colocando uma calça de moletom e uma blusinha. Daniel ainda estava lá embaixo, ele disse que viria ver a irmã, mas que antes já falar com seus pais, então eu vim ficar com a menina. 

—Vamos deitar—Falo dando a volta na cama e puxo os lençóis. Ela engatinhou pela cama e se acomodou no lado que eu sempre dormia, mas não falei nada e deixei ela lá quietinha. 

Me deitei ao seu lado e me estiquei para apagar o abajur, deixando só a luz do banheiro acesa. 

—Posso abraçar você?—Indaguei ficando de lado. Ela concordou e eu sorri indo pra pertinho da menina, que me abraçou se enfiando entre meus braços. A abracei também, eu era mais alta portando sentia sua respiração perto do meu pescoço. 

— Você acha que meus pais vão brigar comigo? Ou que vou ficar de castigo?

Era esse o problema, ela estava preocupada com o que seus pais iriam pensar dela e não com o que aconteceu com ela. Isso era uma bandeira vermelha, que eles deviam tratar, talvez com uma psicóloga. 

— Você errou Luise. Saiu e mentiu para eles— Sou sincera—Tem noção de quemsua mãe confiou em você e você foi lá e mentiu pra ela. Nisso você tá errada. Agora na parte do que aconteceu com o…

—Adam—Completou e eu gravei o nome dele. 

—Isso, o que aconteceu com o Adam e você, tenho certeza que não ficaram braços contigo. Você foi uma vítima querida. 

—Eu me arrependi de ter perdido a virgindade com ele, acho que não era a hora—Acariciei suas costas ouvindo o seu lado—Ja imagino como meu pai vai ficar decepcionado. 

— Tá bom, olha virgindade é uma coisa que alguns veneram né—Eu disse—Eu te considero virgem ainda—Ela me olhou com a sobracelha franzida—Sim, como te disse você fez aquilo por pressão. Você vai entender depois, mentalmente você é virgem, não foi você que quis transar, você foi pressionada a tomar a decisão. 

— Entendi—Ela ficou em silêncio e eu ali esperando que dormisse. 

Por alguns segundos, ali na cama, deitada abraçadinha com a garota, um abraço tão gostoso. Eu pensei na minha filha, pensei que agora já teria quase seis aninhos. Pensei em cada momento que teríamos vivido, quando ela fosse pra escolinha. Quando se tornasse uma moça e eu estaria ali pra explicar tudo pra ela, quando se formasse na escola e quando conhecesse alguém. Me perguntei qual seria sua personalidade. Ela seria como o pai dela? Ou como eu? Acabei dormindo com esse pensamento. 

Depois de quase uma hora falando com meus pais pelo celular e explicando a eles tudo quentinha acontecido, o que foi bem complicado, primeiro minha mãe ficou bravíssima ao descobrir que foi enganada, depois meu pai queria sair e cometer um crime, ...

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Depois de quase uma hora falando com meus pais pelo celular e explicando a eles tudo quentinha acontecido, o que foi bem complicado, primeiro minha mãe ficou bravíssima ao descobrir que foi enganada, depois meu pai queria sair e cometer um crime, e depois os dois ficaram calados por longos minutos absorvendo as informações. Minha mãe começou a chorar pelo telefone e quis vir aqui na casa da Luna. Eu consegui com muito custo lhe fazer entender que era melhor esperar até amanhã. 

Quando finalmente desliguei meu celular subi as escadas quase correndo entrei no quarto. Se antes eu tinha alguma dúvida de que amava. Sim! Amava, Luna agora eu tinha certeza. Eram as duas, das três mulheres da minha vida, dormindo abraçadas no cantinho da cama. Não tive dúvidas de que Luna seria uma mãe muito foda. Sentei na beiradinha da cama e olhei a cena, encantado. Luna abraçando minha irmã e a pequena ali toda encolhida nos braços dela. Me doeu muito quando Luna contou o que tinha acontecido com minha irmã. Ela tinha sido vítima de estupro. Tudo graças a Luna que deixou bem claro pra mim, parecia que minha irmã falou que queria e depois falou várias vezes para parar e o desgraçado não respeitou. Agora o que eu podia fazer era dar a apoio a minha irmã e depois eu ia atrás de justiça. Esse merdinha não ia ficar impune! Tirei meus tênis e subi na cama me enfiando debaixo do edredom com ela. Me aproximei de Luna e tentei dormir. No que só surtiu efeito lá para as duas da manhã. 

Na manhã seguinte quando acordei as duas ainda estavam ali do mesmo jeito, Luna já estava acordada porém continuava do mesmo jeito. 

— Bom dia—Sussurrei e ela viro a cabeça me olhando. 

—Ela está me abraçando muito forte—Diz— Não consigo sair daqui—Olhei Luise dormindo agarrada com a morena e sorri. 

—Ja falou com seus pais?—Indagou. 

—Falei, contei tudo a eles—Ela assentiu e deu um beijo nos cabelos da minha irmã— Luise, bom dia—Minha irmã se mexeu na cama, ela me olhou e voltou a fechar os olhos se sentando na cama. 

Obviamente estava muito bravo com Luise, por ter mentindo meses para nossos pais, mas do restante ela não tinha culpa. Eu mesmo acho que tenho mais culpa nisso do que ela, devia ter prestado mais atenção na minha irmã. 

Depois do café da manhã tive uma conversa com a minha irmão dizendo que o Adam, esse é o nome do desgraçado, vai pagar pelo que fez, somente depois lhe levei para casa. Nem preciso dizer que minha mãe estava desesperada e não gritou, nem brigou com Luise. Apenas lhe abraçou e disse que ia ficar tudo bem, meu pai por outro lado tentou de toda forma não ser duro com ela. Mas mesmo de longe eu conseguia ver que não tinha engolido essa merda toda. O conhecendo, o tal Adam estava bem fodido! Mas ele foi gentil com minha irmã, ele sempre era gentil com ela, ela era nossa princesa.



LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora