34° capítulo

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Dezoito de outubro…

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Dezoito de outubro…

Eu até tentei, juro que tentei. Na quinta feira, eu acordei me sentindo mal, mas me arrumei, tomei um café da manhã e fui trabalhar, obviamente eu não consegui ter meu melhor rendimento naquele dia. Minha mente estava desligada de tudo e as únicas coisas que gritavam na minha cabeça eram:

"a bebê não resistiu"
" o acampamento onde o seu marido estava foi bombardeado"
"Braynt morreu"

Ficava se repetindo na minha cabeça, chegava a doer de tão agoniante que era. Eu nunca vou esquecer aquele dia, e todos os outros sem eles. Mas é tão ruim a sensação que eu prefiro passar por ela dopada de algum remédio ou bêbada, a dor meio que desaparece.

Apertei a tecla para desligar o computador, pego minha bolsa encima da mesa e saiu da minha sala, nem me despeço das secretárias. Entro no meu carro e jogo a bolsa no banco ao lado, seguro no volante e encaro o estacionamento escuro, ligo meu carro saindo dali. Passei o caminho todo com aquela merda de dia na minha cabeça, minuto por minuto, a nossa última ligação e em tudo depois disso.
Parei meu carro em frente a uma loja. Já lá dentro eu fui para a parte de bebidas e peguei duas  garrafa de whisky , no caixa eu comprei cigarros também. Não tinha o costume de fumar, mas ia me relaxar um pouquinho.
(...)

Abri meu armário e peguei um vestido curto e me vesti, infelizmente minha bebida acabou e eu preciso de mais, peguei um salto alto e o coloquei também. Sai do meu quarto e segurei no corrimão da escada pra descer.

Sai do apartamento e entrei no elevador apertando acho que uns três botões até ir no certo. Me encarei no espelho e pisquei um par de vezes, as coisas estavam rodando na minha frente. Dirigi pelas ruas procurando procurando algum bar onde eu podesse beber mais um pouco, só o encontrei depois de vinte minutos. Peguei meu celular e sai do carro cambaleando até a entrada do local, que estava mais cheio do que eu esperava. Ignorei as pessoas ali e fui até o balcão olhando as bebidas.

—Ola senhora, no que posso ajudar?—Indagou o barman, eu pisquei os olhos tentando olhar pra ele.

—Eu quero uma garrafa de whisky…

— Não vendemos garrafas—Disse paciente.

—Uma dose então—Digo sentando-me no banco.

Ele foi bem útil e não demorou a trazer minha bebida. Que eu acabei tudo em um único gole. Pedi mais uma e olhei em volta. Minha atenção foi toda para o homem bonito que me encarava ali de longe. Eu sorri, porque não né?

—Oi—Ele foi rápido e se sentou na cadeira de frente pra mim—Prazer, Marco.

—Prazer, o nome que você preferir—Falei levando mais uma dose da bebida até os lábios, bebi tudo e depois lhe encarei.

—Nossa que direta—Ele colocou o cotovelo no balcão e depois apoiou a cabeça nas mãos me olhando por algum tempo, o seu olhar desceu pelas minhas pernas e eu sorri jogando os cabelos pro lado.

LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora