57° capítulo

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Andei de um lado pro outro pelo corredor enquanto ouvi a minha mão me pedir calma

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Andei de um lado pro outro pelo corredor enquanto ouvi a minha mão me pedir calma.

Como ela queria que eu mantivesse a calma se eu acabara de ver a minha mulher quase ter uma parada cardíaca, eu nem sei se é isso. Mas eu so sei que eu tive que deixa-la sozinha lá dentro. Sozinha!

Mil coisas passaram pela minha cabeça, talvez se eu tivesse entrado na merda do box com ela, ou se não tivesse nem começado aquela brincadeira na piscina, ela não teria caído no box. Eu estava me sentindo extremamente culpado!

—Filho—Meu pai segurou meus ombro e eu ergui a cabeça—Calma, não adianta ficar assim, Jajá alguém vem nos dar informações—Engoli seco e sentei no sofá cobrindo o rosto com as mãos.

Eu tinha quase certeza que tudo ia dar certo, ela estava bem e eu estava atento, mas com pouco mais de uma hora de cirurgia aquelas aparelhos começaram a apitar e eu tive que sair da sala.

—Foi minha culpa mãe—Minha mãe me olha e me puxa pra um abraço—Eu não tinha que ter deixado ela no banheiro sozinha…

—Filho, foi um acidente, não tinha como você prever aquilo—Papai falou—Se acalma, Luna está em boas mãos.

Ela não merecia passar um algo tão complicado assim, não novamente, ela devia ter um parto minimamente tranquilo.

Quase duas horas se passaram quando a médica responsável pela minha esposa apareceu ali na sala me fazendo ficar de pé.

—O bebê está bem, já o levaram para a neonatal—Soltou o ar que estava preso no peito—Jaja vocês vão poder ver ele.

—Ai graças a Deus—Minha mãe apertou meus ombros.

—E a Luna?—Pergunto.

—Ela quase teve uma parada cardíaca, mas nos conseguimos resolver rapidamente—Ela me olhou—Luna está bem, e fora de perigo—Senti as minhas pernas falharem com a notícia—Ela só precisa ficar em observação agora e descansar. Mais tarde vamos levar o bebê pra ela ver. Deu tudo certo— Eu não conseguia falar então só concordei e cai no sofá novamente.

Agradeci a Deus pelos dois estarem bem.
(...)

Entrei no quarto onde Luna estava dormindo, ela estava sob efeito de medicamentos, me aproximei da cama e peguei a sua mão observando que na pontinha dele tinha um aparelho monitorando-a. Observei seu rosto um pouco pálido.

—Eu amo você—Digo descendo o meu olhar por sua barriga inchada ainda.

Eu tinha visto o meu filho, e ele era lindo, era perfeito. Era bem pequeno ainda, mas a médica me confirmou que com o tratamento correto tudo iria ficar bem. Ele era bem cabeludo e eu fiquei na dúvida se tinha me puxado ou puxado a mãe, mas a minha mãezinha quando o viu disse que era a minha cópia quando eu nasci.

—Ei—A médica entrou no quarto e sorriu observando Luna. Ela era uma figura importantíssima aqui. Ela acompanhou Luna em toda a gravidez, era uma ótima profissional—Ela deve acordar mais tarde—Concordei—Esteja ciente de que a sua esposa não pode engravidar de novo Daniel—Fiquei de pé e a encarei— É melhor assim, o útero dela já era comprometido por outras coisas e agora que ela teve esse bebê, uma terceira gravidez poderia ser muito mais perigosa. Quando ela acordar iremos conversar melhor, mas eu irei sugerir a laqueadura, já que os métodos contraceptivos não servem pra ela.

Eu não achava justo que Luna tivesse que passar por mais cirurgias, ela á tinha feito tantas e eu sabia que isso era prejudicial para a sua saúde.

—Eu não acho que ela deve fazer nada disso—A ginecologista me encara—Ela já passou por muita coisa. E eu já tenho dois filhos. Eu vou fazer uma vasectomia—A médica sorriu— Prefiro desse jeito, e sem contar que é muito menos invasivo do que uma laqueadura.

—Tudo bem, eu vou te encaminhar para um ótimo profissional amigo meu—A mulher disse e depois saiu da sala.

Eu não pretendia ter mais filhos biológicos, pois não queria a vida da minha esposa em risco, e não pretendia ter filhos com outra mulher. Então não havia motivos para Luna ter que fazer algo assim, se eu podia poupa-la.

Estava decidido!

Alisei seus cabelos e sorri de lado, deu tudo certo. E a sensação de saber disso me deixava tão feliz.

LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora