58° capitulo

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Eu sentia como se um caminhão, literalmente, tivesse passado por cima de mim

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Eu sentia como se um caminhão, literalmente, tivesse passado por cima de mim. Eu conseguia me recordar dos últimos acontecimentos e assim que abri os olhos, olhei tudo envolta me dando conta de que não estava mais no centro cirúrgico.

Trouxe a minha mão até a minha barriga e toquei sentinendo-a mole. Foi impossível não deixar uma lágrima cair, não por eu pensar que algo ruim tivesse acontecido de novo, e sim por saber que eu estava bem, e que o meu bebê também estava, eu sentia isso!

_Oi_Olhei na direção da porta e Daniel entrou no quarto vindo até mim e se sentando na beira da cama.

_Deu tudo certo?_Indago e ele concorda me fazendo abrir um sorriso aliviada.

_Ele é lindo amor_Disse_Evita falar ok? Por causa dos pontos_Balancei a cabeça em concordância e peguei sua mão dando um sorriso fraco.

Eu nem precisava colovad em palavras, pois a conexão que Daniel e eu tínhamos já deixava bem claro pra ele o quanto eu estava grata, eu estava grata por tudo que ele fez por mim. Por aceitar se casar comigo assumindo uma responsabilidade que nem era dele, grata por tê-lo ao meu lado em todos os momentos, Daniel cuida de mim de uma forma que eu pensei que nunca seria cuidada. E agora eu posso dizer que sim, eu gosto de ser cuidada! E está tudo bem, tenho certeza que ele gosta quando eu cuido dele também.

_O bebê vai precisar ficar aqui por algum tempo_Eu concordei_Ja que nasceu prematuro, mas ele é perfeito, você precisa ver, é muito fofinho também. Eles devem trazer pra você amamentar ele.

Senti meus olhos se encherem de lágrima novamente e não consegui evitar chorar. Seria a primeira vez que eu iria amamentar, ia ser incrível.

_ Você vai ser uma mãe foda_Ele disse e eu concordei limpando meus olhos.

Daniel continuou ali no quarto comigo, me contando sobre as reações da familia, a família dele, que também havia se tornado a minha, em relação ao bebê, todo mundo ficou super feliz e já estavam planejando até festa.

Ele me disse que contou aos meus pais sobre o meu estado, e que ambos me desejaram melhoras. Não é a reação que se espera dos pais quando se conta que a filha deles corre risco de vida. Mas não me impressiona não, a nossa relação sempre foi difícil, e não vou dizer que foram os únicos culpados. Eu também poderia ter sido mais flexível no passado. Mas eu só estava seguindo e replicando o que eles eram pra mim. Nunca deixarão de ser meus pais, pois muito do que eu sou eu devo aos dois, eles podem ter sido péssimos na parte sentimental comigo, mas foram ótimos em me ensinar sobre a vida. Mas nessa nova fase da minha vida, eu talvez não queira eles próximos de mim, não quero que nada afete a minha maternidade. Eu sei que se encontrar a minha mãe ela vai me julgar por alguma coisa, em algum momento eu sei que vai acontecer, sempre acontece. Mas lá no fundo, bem no fundo mesmo, eu sei que a minha mãe sempre me julgou por eu sei exatamente o espelho dela. Somos extremamente parecidas fisicamente, e na minha adolescência quando eu era "fogosa demais" e minha mãe odiava isso, era simplesmente por eu ser igual a ela. Ela também era assim e sofreu com isso. Não vou dizer que nunca teremos uma relação, até pode, mas será aos poucos e só se eles quiserem e vierem até mim.

Meus olhos brilharam quando uma enfermeira entrou no quarto com um pacotinho muito pequeno em seus braços.

_ Olá mamãe_Daniel me ajudou a me ajeitar na cama e eu sorri quando ela se aproximou.

Abri meus braços e ela colocou ele neles. Eu nunca o deixaria sozinho. Nunca, jamais. Eu podia estar com dor em todo o meu corpo naquele momento, mas estava me sentindo nas nuvens, flutuando. Olhei o rostinho bem característico de bebês recém nascidos e passei a minha mão pelos cabelos escuros e desci meu dedo até a pontinha do nariz minúsculo.

_Ele é muito lindo_Digo completamente fascinada.

A enfermeira me ajuda em abrir a minha roupa e colocar o meu peito pra fora. Senti um medinho de não conseguir amamentar ele.

_Vem aqui bebê_Ela pegou na cabecinha dele e guiou até o bico_ Você está com fome? Hum_Ela disse carinhosa e eu olhei aflita para o meu filho que não pegava.

_Sera que ele não vai?_Perguntei e ela negou continuando a ensinar ele a pegar no meu peito.

_Relaxa mamãe_Disse divertida.

Meu bebê passou o rostinho pelo meu peito e logo depois agarrou o meu bico, dando a primeira sugada. E eu vi estrelas, literalmente.

Respirei fundo sentindo ele sugar e não consegui esconder a expressão de dor. Era como se o meu peito tivesse abrindo espaços para o leite passar.

_Nossa_Olhei pra baixo encontrando só a boquinha se mexendo e os olhinhos ainda fechados.

Ele era tão perfeito que anulava completamente a dor que eu estava sentindo. Afinal, eu estava amamentando o meu filho, estava contribuindo para que ele se desenvolva de forma perfeita.

Estendi a mão até pegar a de Daniel e ele sorriu olhando nosso bebê. Quem diria que toda aquela relação turbulenta terminaria desta forma? Eu precisei me afastar dele pra entender o quanto gostava de tê-lo próximo de mim, e agora que tenho não quero largar nunca mais.

                            ....😩🥰....

Com muita dor no coração, eu volto com os Epílogos!

LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora