28° capítulo

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aniel vinha se mostrando um cara tão incrível comigo nos últimos dias, ainda mais depois do encontro no McDonald's. Ele é todo gentil e fofinho, só as vezes é mandão o que eu amo. Equilíbrio. Hoje marcamos de jantar fora e ele me surpreendeu, me levou para comer num lugar maravilhoso com uma vista incrível de Manhatam. Ele vinha me surpreendendo demais, não tenho necessidade de beber pra me sentir bem. Agora estamos indo embora e eu espero que tenhamos uma noite bem quente.

—O que rolou com seu avô, depois daquele dia?—Indaguei e Daniel repousou a mão sobre minha perna, senti um friozinho percorrer todo meu corpo.

—Meu pai foi até ele e o ameaçou—Disse— Mas parece que ele não vai investigar.

—Entendi—Digo baixo.

O homem já devia ter quase setenta anos e foi algo que aconteceu a algum tempo, ir em frente com isso só meteria os hotéis em polêmica e acabaríamos perdendo dinheiro. Mas não acho que o contador que fez tudo isso devia ficar impune. Mas não sou ninguém pra dizer isso. Olhei pra frente as luzes dos prédios e pensei na minha mãe, que ainda deve estar em Houston, não sei se ligo para ela e tento um encontro. Tenho medo de ter uma recaída, pois estou indo tão bem. Não quero coisas que me remetam ao passado perto de mim. Não agora!

O celular de Daniel começa a tocar e eu o pego vendo o nome de sua irmã na tela.

—E a sua irmã—Ele franzi a testa.

—Atende por favor—Deslizo meu dedo pela tela e coloco no viva voz aproximando o celular dele.

—Oi maninha—Sorri de lado pela forma que ele a chamava. Era fofo.

—Me ajuda—Meu sorriso sumiu quando a voz chorosa da garota se fez presente.

—O que aconteceu? Onde você está?—Indagou quase gritando e eu olhei a pista.

—Estou numa festa, mas eu quero ir embora. Me ajuda por favor, vem me buscar—E ela começou a chorar de novo. Me deixando angustiada.

—Me deixa falar com ela—Eu disse tirando o telefone do viva voz e colocando perto do ouvido—Oi Luise, é a Luna, onde você está?—Ela fungou o que me deixou mais nervosa.

—Perto da minha escola, rua cinquenta e quatro. Casa nove.

—Ela disse que fica na rua da escola dela—Digo— Querida nos já estamos chegando ok, se acima—Ela não fiz nada mais eu consigo ouvir o choro baixinho no fundo.

—O que ela disse?—Indagou e eu afastei o celular pondo a mão no auto falante.

— Não disse nada, ela tá chorando. Falou que é na rua cinquenta e quatro casa nove—Voltei a por o celular no ouvido—O que aconteceu Luise?

—Nada, eu só tô triste, vocês já tão vindo?

—Sim, estamos, Jajá chegamos aí meu amor—Senti meu peito se apertar quando ela voltou a chorar. Era um choro tão dolorido, parecia uma criança chorando. De certa forma ela era uma criança— Vou desligar aqui, Jajá a gente chega ai, se acalma—Falei e desliguei o aparelho colocando no lugar.

LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora