Eu estava de longe observando a conversa de Luna com Alex, eu sei o quanto ela pode ser ameaçadora quando quer e não duvidava que estava dando o melhor de si. Obviamente eu estava com raiva do Alex por ter falado algo tão ridículo para o meu filho, mas eu sabia que Luna sabia ser muito mais fria em alguma situações do que eu. Eu não ia com a cara do Alex, mas me continha pela minha irmã.
A cara dele quando Luna saiu de perto era impagável, sorri pra minha esposa que estava dentro de um vestido verde claro, colado ao corpo que ia até depois dos joelhos, ela está a na melhor fase sem sombra de dúvidas. Luna ainda fazia terapia e era uma coisa que não ia acabar nunca né, ela não voltou a beber nunca mais. Ainda tinha seus momentos mais tristes, como a duas semanas atrás que era o dia em que ela perdeu o marido e a filha, ela ficou mais recolhida naquele dia e eu cuidei das crianças, mas não era como antes, ela só ficava na dela, mas não precisava beber nem nada disso. A evolução da minha esposa estava sendo linda de se ver, a cada dia eu via ela mais madura e dona de si. Incrivel!
Luna se sentou do meu lado de novo e eu toquei sua perna por cima da vestido. Minha esposa sorriu e deitou a cabeça no meu ombro observando o caos que era nossos almoços em família.
—Eu amo isso—Disse pegando a minha mão.
—Do caos?—Ela concordou—Eu também gosto.
—O que você acha de aumentar a família?—Engoli seco e ela me olhou rindo mordendo o cantinho da boca. Desci o meu olhar pra sua barriga em pânico.
Tudo bem, a gente andava praticando bastante, quase todo dia depois que as crianças dormiam, enfim, era impossível, eu fiz minha vasectomia logo depois que Miguel foi pra casa, e a seis meses eu estive no médico pra saber se estava tudo bem.
—Eu não tô gravida.
— Graças a Deus—Falei fazendo ela rir.
—Mas adotar mais alguns?
Ela tinha falando no plural? Socorro, o Miguel sozinho valia por duas criancas.
—Tudo bem se você não quiser—Disse—Sei lá, três é um número legal—Disse pensativa e eu só conseguia olhar em pânico— E tem um quarto sobrando lá em casa—Ela me encarou—Uma menina?—Os olhos da minha mulher brilharam com a possibilidade.
— Podemos amadurecer essa ideia?—Indaguei—Vamos pensar, pra não ser impulso.
—Ta bom—Disse simplista e eu suspirei aliviado.
Sei lá, eu já estava acostumando com a dinâmica que era dois filhos, e já dava bastante trabalho. E não pensava num terceiro. Mas só de lembrar no brilho dos olhos da minha esposa eu me perguntava se eu também não gostaria de ter mais um bebê.
(...)Alisei os cabelos de Miguel e olhei vendo que ele havia dormido, finalmente. Levantei da caminha com cuidado e puxei a barra se segurança pra cima, assim ele não cai. Apeguei o abajur do quarto e daí deixando a luz do corredor acessa. Entrei no nosso quarto e fechei a porta indo até a cama, onde Luna já estava assistindo tv. Me enfiei debaixo do lençol com ela e a puxei pela cintura, entrelaçando nossos pernas. Era pouco tempo, mas depois que Luna me contou a sua vontade eu pensei o dia todo.
—Olha—Coloquei uma mecha do seu cabelo pro lado—Eu topo adotar mais um bebê—Luna arregalou os olhos e sentou na cama me olhando— Pensei que poderiamos tentar adotar em outro país, o processo é muito mais rápido.
—Eu amei—Ela pulou encima de mim e me deu um beijo, depois encheu o meu rosto de beijinhos—Trancou a porta?—Indagou olhando na direção e depois voltou a olhar pra mim que concordei levando as mãos até sua bunda macia.
Uni nossas bocas num beijo gostoso e calmo, tínhamos evoluido em tantas coisas, uma delas é o sexo.
Antes a gente tinha uma coisa de quase engolir um ao ao um outro e agora aprendemos a apressiar nossos corpos. O que não impede que a gente transe muito, pois isso só começou a algum tempo atrás, depois que viemos pra casa quando Miguel nasceu, não voltamos a fazer sexo quarenta dias depois. Demorou seis meses, eu estava doida pra transar óbvio, mas via o estado da minha esposa e nem ousava dizer algo pra ela. Luna teve um puerpério difícil, ela estava muito emocional, e a gente só não estava no clima, a gente tinha dois bebês pra cuidar em casa, então não dava tempo. Depois as coisas melhorarem quando eles foram ficando mais tranquilas e aí voltamos a ter mais intimidade e mesmo assim, foi bem estranho nossa primeira vez depois do parto. Luna sentiu dor, eu tive câimbra na bunda e ninguém gozou. Só com o tempo que foi ficando bom de novo, e agora com James e Miguel maiores, está tudo uma maravilhosa. Eu posso estar até cansando, mas não nego uma fodidinha com a minha esposa antes de dormir e até de manhã.
A gente tá que tá, é toda hora!
Passei a minha mão por dentro dos seus cabelos e a fiz me encarar.
—Eu te amo demais—Digo fazendo-a sorrir.
—Eu também te amo—Ela tocou meu rosto com carinho e voltou a me beijar com calma.
Eu amava essa mulher de uma forma, e acho que se tudo tivesse dado errado lá trás, se talvez a gente nem tivesse trabalhado junto, ainda assim, nos encontrariamos, porque era pra ser. Era pra gente ser um do outro…
Éramos pra ser LUNA E DANIEL juntos!
Fim!
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LUNA E DANIEL- livro 4"Série Filhos"
RomanceLuna, e uma mulher vivida que sabe os prazeres e as dores da vida. Com um passado triste, se tornou dura e não muito simpática. Daniel, um rapaz jovem e que passou a pouco tempo por uma desilusão amorosa. Os dois vão trabalhar juntos, ela não gosta...