— O que porra você quer dizer com ela acabou de acordar? Quanta merda você deu a ela? — Eu perguntei enquanto caminhávamos perto da porta.
— 150 mg, chefe. — Noah disse calmamente.
Eu fiquei lá, olhando para o idiota do meu irmão mais novo, contemplando os prós e os contras de matá-lo.
— Você está ciente de que estava tentando nocautear uma mulher, não a porra de um cavalo, certo? — Eu gritei quando olhei para ele e cerrei os dentes.
— Perdão, chefe. — Ele disse enquanto coçava a nuca.
— Seu idiota de merda. Quantas vezes eu tenho que repassar isso com você?
Noah é conhecido por estragar os mínimos detalhes. Concedido, ele é jovem. Apenas 18 anos. Mas ele é mais um tipo de idiota que atira primeiro, faz perguntas depois.
— Bem, merda, eu não vejo você saindo e fazendo todos os sequestros. Isso fez o trabalho. — Noah disse defensivamente.
— Seu filho da puta estúpido- — Meu insulto foi interrompido pela porra da nossa convidada especial pigarreando alto.
Eu não sabia muito sobre essa mulher. Tudo o que conseguimos foi um nome e um local. "Any Gabrielly", um pseudônimo tão idiota. Isso por si só me mostra a falta de criatividade que essa mulher realmente tem. Ela provavelmente é apenas uma mulher solitária de meia-idade que nunca viu nenhuma luz além do brilho de uma tela de computador. Mas de qualquer forma, preciso de informações sobre por que ela fez o que fez. A velhinha estúpida e corajosa aprenderá a não foder com os Beauchamp.
Abri a porta e Noah tentou entrar correndo. Ele parecia um pouco por essa hacker, provavelmente porque ela é uma mulher velha e frágil.
— Nos deixe. — Eu falei friamente. Noah hesitou por um momento, antes de sair silenciosamente. Entrei na sala e coloquei meus olhos sobre ela.
Porra, eu não poderia estar mais errado.
Ela era jovem, parecendo ter 20 e poucos anos. Seus cabelos negros cacheados caindo em cascata pelos ombros até o meio das costas. Seu corpo era pequeno, ela estava muito abaixo do peso. Provavelmente alguma cadela metida com um distúrbio alimentar. Mas, apesar de sua figura frágil, seus seios eram fartos e sua bunda parecia grande. Seus lábios eram rosados e carnudos, e sua pele negra impecável. Seus olhos eram de uma cor avelã clara, com manchas marrons girando dentro de suas íris, eles eram lindos. Seu comportamento era relaxado, arrogante até, enquanto ela se sentava contra a parede com os braços atrás da cabeça.
— Você demorou bastante. — Ela disse calmamente. Sua voz era baixa e sedutora, mesmo sem tentar.
— Qual o seu nome. — Eu disse, veneno envolvendo cada palavra minha.
— Any. — Ela disse inclinando a cabeça para trás.
— Você realmente espera que eu acredite nisso? — Eu disse friamente.
— De que maneira isso me beneficiaria em mentir? — Ela disse apontando para a sala ao seu redor. Estudei seu rosto por um momento, não vi nenhum sinal de que ela estava mentindo.
— Para um QI de 200, você certamente é bastante estúpido. — Ela disse fechando os olhos novamente e relaxando contra a parede.
— Como você sabe quem eu sou? Para quem você trabalha? — Eu perguntei. Meu rosto permanece sem emoção.
— Você acabou de confirmar quem você é com essa declaração, Beauchamp.— Ela sorriu, seus olhos ainda fechados.
Cansado do desrespeito dessa garota, atravessei a sala e agarrei seu rosto com uma das mãos.
— Você vai olhar para mim quando eu estiver falando com você. Ragazzino — Eu rosnei, meu rosto a milímetros do dela. — Agora vou perguntar de novo. Para quem. Você. Trabalha. Para.
— Eu mesma. — Ela disse, completamente imperturbável pela nossa proximidade.
— Por que você roubou de mim? — Eu perguntei movendo minha mão esquerda e colocando-a na parede ao lado de sua cabeça, prendendo-a em meus braços.
— Porque eu quis, ragazzino. — Ela disse, olhando-me nos olhos. Posso dizer por sua pronúncia perfeita que ela era fluente.
— Você sabe o que acontece quando você rouba dos Beauchamp, não? — Eu perguntei, tirando minha mão de seu rosto e passando-a suavemente por sua bochecha. Ela era linda, uma pena que um rostinho bonito teria que ter uma morte tão prematura.
— A julgar pelos meus arredores, eu assumiria a morte. Então se apresse. Vamos com isso. — Ela afirmou, revirando os olhos. Não havia um traço de medo em seu rosto.
Eu sorri, divertindo-me com sua atitude indiferente ao falar sobre sua própria morte. Tirei minha glock do meu cós e a segurei na frente de seu rosto. Eu me aproximei dela, meus lábios roçando sua orelha.
— Diga-me, gattina, você não tem medo da morte? — Eu sussurrei.
— Os covardes morrem muitas vezes antes de morrer. Os valentes nunca experimentam a morte senão uma vez. — Ela sussurrou em meu ouvido. Seus lábios sedosos mal tocando minha orelha.
— Nunca teria pensado em você como o tipo de garota de Shakespeare. — Eu disse me levantando, minha arma ainda apontada para a cabeça dela. Linda e inteligente. Uma combinação tão requintadamente rara.
— O que posso dizer, ele tem jeito com as palavras. — Ela deu de ombros. Ela inclinou a cabeça para a frente, a testa encostada na ponta da minha arma.
— Agora, por favor, faça as honras. Tenho um encontro com a morte, e é muito rude chegar atrasada para uma ocasião tão importante. — Ela disse impaciente. Seus olhos castanhos olhando para mim através de seus longos cílios.
Lutei contra o sorriso que ameaçava se formar em meus lábios. Mesmo diante da morte, seu intelecto e humor espirituoso apareceram. Estaria mentindo se dissesse que não admiro a confiança dela. Mas, infelizmente, ela tentou roubar algo meu, um erro fatal da parte dela.
Eu engatilhei minha arma de volta quando meu dedo começou a pressionar o gatilho.
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ERROR 404 / BEAUANY
RomanceBeauany: Any Gabrielly era apenas uma garota brasileira que recebeu uma mão de merda no jogo da vida. Apesar de sua educação dura e abusiva, ela trabalhou e estudou mais. Com um QI de 252, ela é um gênio certificado e está fazendo seu mestrado em En...