Beauany: Any Gabrielly era apenas uma garota brasileira que recebeu uma mão de merda no jogo da vida. Apesar de sua educação dura e abusiva, ela trabalhou e estudou mais. Com um QI de 252, ela é um gênio certificado e está fazendo seu mestrado em En...
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Duas semanas.
Duas malditas semanas desde que senti uma leve pontada de decepção ao perceber que minha cama estava vazia, um tentador cheiro almiscarado deixado nos lençóis. A princípio, sua rejeição foi perturbadora, mas essa inquietação gradualmente se transformou em ressentimento com uma pitada de ódio com o passar dos dias. A maior interação entre nós são os olhares estranhos compartilhados na mesa de jantar.
As gêmeas sabiam da minha pequena excursão com o irmão mais velho. Elas me trancaram no meu quarto por 7 horas até que eu contei o que aconteceu. Joalin e Sofya ficaram chocadas com o comportamento do irmão, mas ficaram furiosas com ele por me evitar.
Eu tinha a mesma rotina mundana todos os dias:
Acordar. Banho. Comer. Falar com a minha mãe. Tentar recuperar os dados dos membros brasileiros de seu telefone. Assista a um filme com as gêmeas ou relaxe nas salas de recreação. Janta desajeitadamente com a família. Trabalhe no meu Dodge Demon. Dorme. Repita.
Era dia 21 de dezembro. Quase um mês desde que cheguei na Itália. Giana e Ursula estavam insistindo para que eu ficasse para a véspera de Natal, então reservei minhas passagens de avião para partir tarde da noite no dia 24 para retornar a Seattle.
Olhei para o telefone descartável do membro brasileiro enquanto puxava meu cabelo em frustração. Minhas bochechas coraram com as memórias que inundaram minha mente daquela noite há duas semanas. Eu rapidamente os empurrei para o fundo da minha mente e me concentrei na tarefa em mãos.
Houve uma batida rítmica na minha porta. Aproximei-me, grata por Josh finalmente ter desistido de atualizar as fechaduras. Destranquei a porta e a abri para revelar as gêmeas, que mantinham expressões nervosas em seus rostos.
— Ei, Any. — Joalin disse nervosamente enquanto coçava a nuca.
— Sim. — Eu disse, levantando minha sobrancelha com ceticismo para as duas.
— Nos sentimos mal por perguntar, mas Josh está literalmente enlouquecendo tentando interrogar o membro brasileiro. Já faz quase um mês e nenhum de nós conseguiu nenhuma informação dele. — Sofya disse enquanto olhava para suas meias.
— Nós estávamos nos perguntando se você poderia... hum... tentar interrogá-lo— Joalin murmurou.
— Certo. — Eu disse em um tom monótono, sentindo-me irritada por ouvir o nome de seu irmão mais velho.
— Mesmo?! — As gêmeas comemoraram em uníssono enquanto me olhavam surpresas.
— Sim, porque não. — Eu disse encolhendo os ombros. É melhor desabafar um pouco da raiva das últimas duas semanas. Eu sei que provavelmente não é a maneira mais saudável de lidar com minha raiva, mas neste ponto eu realmente não me importo em viver virtuosamente.
Elas agarraram minhas mãos e me puxaram pelo corredor em direção à garagem.
— Você está dirigindo. — Sofya sorriu quando entramos no meu Dodge Demon. O motor rugiu para a vida, o som momentaneamente ensurdecedor.
