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Soraya Thronicke

Haviam se passado algumas horas desde que Simone saiu e nada me fazia esquecer de suas palavras provocantes que me foram responsáveis pela descontrolada pulsação em minha intimidade. E a única coisa que poderia parar com isso seria me aliviando.

Eu poderia esperar Simone voltar e dar um jeito de convencê-la a fazer sexo comigo ou poderia eu mesma acabar com esse pisca-pisca torturante. Não iria aguentar esperar até a madrugada, minha única opção será colocar meus dedos para trabalharem.

Estava deitada tentando ler o restante do livro, mas à todo momento me distraía ao lembrar das provocações de Simone. Aquela maldita sabia como ter alguém na palma da mão e principalmente como provocar, ah, nisso ela é profissional.

Joguei o livro para algum canto da cama, mas o mesmo acabou caindo no chão. Murmurei um palavrão e fechei os olhos sentindo o desejo correr por minhas veias. Meus hormônios estavam implorando por sensações prazerosas, as mesmas que Simone me fez sentir noite passada.

Minha mão que antes estava pousada sobre minha barriga agora estava escorregando lentamente até o cós de minha calça de moletom. Senti minha respiração pesar e meu peito começar a subir e descer mais rápido. Meus dedos tocaram a barra da calcinha que eu trajava e ao adentra-la, respirei fundo tentando segurar algumas arfadas altas. Mordi os lábios fortemente quando sem nem mesmo me tocar, senti a umidade ali presente em grande quantidade.

A lubrificação natural acabou facilitando bem mais meu trabalho, meus dedos escorregaram para dentro de mim com facilidade me fazendo revirar os olhos e arquear minhas costas sobre a cama aproveitando a maravilhosa sensação.

Gemi controlada sentindo minhas paredes internas se apertarem contra meus dedos avisando que eu estava próxima. Quando os músculos de minha barriga tremeram eu estava começando a dar esparmos, faltando pouquíssimo para o final tão esperado.

Isso se não fosse alguém batendo na porta, assim interrompendo meu orgasmo. Praguejei todos os xingamentos possíveis para quem quer que estivesse me interrompendo naquele momento, retirei meus dedos de dentro de mim e levantei-me, caminhando até a porta e abrindo-a dando de cara com Irina me olhando com um sorriso carinhoso no rosto.

- Simone quer falar com você. - Estendeu-me um telefone que apostaria ser seu e foi embora.

Coloquei o aparelho sobre meu ouvido e fechei a porta esperando que ela começasse a falar.

- Soraya, onde você está? - Perguntou com sua voz séria.

- Onde mais eu estaria? - Perguntei irônica.

- Sem brincadeiras Thronicke , recebi uma ligação anônima dizendo que estava com você. Porra. - Falou irritada.

- Estou no quarto, do mesmo jeito de quando você saiu. - Murmuro.

- Por que está ofegante assim? - Perguntou desconfiada.

- Não estou ofegante. - Engulo seco.

- Não sou idiota, Soraya. O que estava fazendo? - Questionou não desistindo.

Merda Simone. Travei pensando em alguma desculpa esfarrapada que fizesse Simone acreditar, mas meu cérebro não estaba funcionando muito bem depois de terem interrompido meu ápice.

- E-eu... hã.... eu estava correndo, isso. - Respondi com dificuldade sentindo um nó se formar em minha garganta.

- Onde estava correndo? Disse que ficou no quarto desde que saí. - Lembrou.

- Eu...

Engoli seco. Antes que eu pudesse terminar, ela soube de imediato.

- Estava se tocando, Sweet? - Perguntou com sua voz rouca e grave.

- C-Claro que não. - Gaguejo nervosa.

- Não minta para mim. - Rosnou.

- S-sim, eu estava.

Ela ficou em silêncio por um tempo, conseguia apenas ser ouvida nossas respirações e batimentos cardíacos, os meus pelo menos.

- Continue. - Ordenou depois de um tempo.

Franzi o cenho confusa.

- O quê?

- Continue, se toque. Não desligue a chamada. Quero ouvi-la enquanto tem prazer, Sweet.

Abri a boca em surpresa e incredulidade. Ela estava mesmo propondo um sexo online? E por que eu estava pensando em aceitar aquela merda? Ah certo, eu não tinha escolha e precisava me aliviar. São duas desculpas ótimas para me convencerem.

Oh meu deus, o quão depravada me tornei, fazendo sexo pelo celular.

- Quero que feche os olhos e desça sua mão até sua intimidade, sem toca-la ainda. - Ordena, ofegando.

Fiz o que pediu e já podia sentir meu centro pulsar e doer de desejo. Precisava de toque, não de tortura ou de mais um dos joguinhos de provocações de Simone.

- Agora, com os olhos ainda fechados, se toque. - Disse e não perdi tempo, inseri dois dedos dentro de meu sexo molhado me fazendo gemer.

- Ah... Simone... - Gemi aumentando as estocadas.

- Isso, Sweet. Imagine que são meus dedos entrando e saindo de sua bucetinha molhada. - Sussurrou rouca. Ouvi um gemido quase silencioso vindo de seus lábios.

Eu soube. Ela estava se tocando também.

- Coloque mais um dedo. - Ordenou arfando.

Inseri mais um em meu sexo e arqueei minha costa sentindo uma enorme onda de prazer me consumir. Senti minha barriga tremer me alertando.

- Mais um, Sweet. - Pediu em meio à gemidos tentadores.

Quatro dedos me adentravam agora. E isso só aumentava a pressão gostosa dentro de mim, senti que estava próximo, gemi mais alto como forma de avisa-la, ela recebeu o recado.

- Goze, Sweet. Venha querida. - Murmurou.

Revirei os olhos e gozei demoradamente em meus dedos com um grito abafado pela palma da minha mão desocupada sendo prensada por meus dentes. Depois de mim ela logo veio, gritando meu nome com sua voz inebriada e cansada.

- Durma querida, quando eu chegar aí não terá mais tempo para fazer isso pois estarei lhe fudendo até não aguentar mais. - Sussurrou provocativa.

Arfei e antes de processar corretamente, senti minhas pálpebras pesarem e o sono me atingir.

Não vejo a hora de acordar.

A Chefe Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora