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Bom, como eu havia dito, chegamos na metade da fic, vou lançar outra hoje a tarde, espero muito que vocês leiam, será Simoraya também, bjs ❤️✨



Soraya Thronicke

O dia estava particularmente... estranho, para ser sincera. Não sei se a mudança drástica de humor da Simone se deve o fato de hoje ser meu aniversário e ela querer com que eu tenha um dia longe de suas provocações ou foi apenas sorte minha.

Bom, começando pelo sexo incrivelmente maravilhoso que tive um tempo atrás com Simone, considerei aquilo como um presente, e que presente... Enfim, depois o fato dela não ter me deixado no quarto sozinha como sempre faz após nossas transas matinais, e ainda por cima me fez um ótimo cafuné que me manteve sonolenta até alguém bater na porta.

Continuei de olhos fechados com preguiça de abri-los e pude escutar a voz rouca de Simone permitindo a entrada de seja lá quem no quarto. O pequeno ruído da porta se abrindo soou, e logo outra voz preencheu o cômodo antes silencioso.

- Péssimas notícias, mani... ai meu deus! Vocês...

- Acho que você já tem a reposta, não sei para quê diabos pergunta. - Ela resmungou voltando à Simone de péssimo humor.

- Grossa.

- Continua, Seajenks. - Gruniu.

- Cinco homens atacaram a favela por odens de Milk. Está uma zona, tem muita coisa pegando fogo e pessoas correndo desesperadas por todos os lados. - Falou tensa.

- Filho da puta. - Rosnou. - Me espere lá fora, já estou a caminho.

Ouvi a porta fechar e senti Simone tirar devagar minha cabeça de seu pescoço e logo a colocar sobre um travesseiro macio. Ela ajeitou o lençol em meu corpo e seus dedos deslizaram por minha bochecha em uma espécie de carinho.

- Parece que alguém interrompeu meus planos, Sweet. Volto assim que possível. - Ela disse e saiu do cômodo.

Esperei alguns minutos até que eu tivesse certeza de que ela estivesse bem longe e levantei meio tonta. Minhas pernas tremeram assim que meus pés tocaram o chão e quase me esborrachei no chão se não fosse pela cômoda onde me apoiei. Merda Simone.

Caminhei até o banheiro e parei de frente ao espelho arregalando os olhos com a situação vista por mim. Minha barriga estava cheia de marcas vermelhas que estavam começando à arroxear, meus seios sensíveis e pouco marcados, minha bunda cheia de arranhões ardentes e minha intimidade avermelhada e extremamente sensível.

Não segurei por muito tempo e comecei a rir pelo meu estado. Desse jeito não teria água potável que aguentasse para fazer tanto gelo. E sejamos sinceros, pedir pomadas para Irina seria muito constrangedor visando minha situação do momento.

Decidi tomar um banho gelado para tentar amenizar as dores espalhadas nas marcas por meu corpo. Coloquei alguns sais de banho na banheira e sabão líquido próprio para fazer bastante espuma. Desliguei a torneira e entrei na água fria fazendo meu corpo se arrepiar de uma forma gostosa e satisfatória.

Quando senti meus dedos enrrugarem percebi que já era hora de sair. Me enrolei na toalha branca e enrolei outra menor em meu cabelo úmido para evitar molhar o chão, Irina iria pirar se visse isso acontecer.

Vesti um vestido soltinho de cor azul marinho com pequenas estrelinhas brancas, e alças finas. Sequei meu cabelo e calcei o chinelo, saindo do quarto em seguida e descendo para a cozinha.

- Bom dia! - Eu disse adentrando o cômodo que cheirava à lasanha.

- Boa tarde você quis dizer, não é? - Irina riu e veio até mim me dando um abraço aconchegante. - Feliz aniversário, Sory.

- Obrigada, Ira. Por um acaso a pessoa que faz a melhor comida do mundo me deixaria experimentar um pedaço dessa lasanha? - Perguntei esticando o braço para pegar um pouco, mas Irina bateu a colher em minha mão me provocando um gemido de dor.

- Tira a mão daí, Thronicke. Isso é para a janta. - Repreendeu.

- Não precisava me bater. Eu só queria um pouquinho.

- Não reclama quando Simone te bate. - Ela disse fazendo careta.

- Ei! - Arregalei os olhos.

- Como eu sei? Tente pedir mais baixo para ela te bater, tenho certeza que pelo menos metade da vizinhança escutou. - Ela pressionou os lábios prendendo uma risada.

- Dá pra parar? Foi o calor do momento. - Rebati incrédula.

- E que calor viu... - Disse sarcástica.

- Irina!!!

- Tudo bem, parei. - Levantou as mãos pra cima em sinal de rendição.

- Eu aqui cozinhando e vocês transando, quanta consideração. - Remsungou baixo.

- Rose não está sendo o suficiente? - Pergunto e a baixinha levanta cabeça rapidamente batendo na bancada.

- Porra. - Reclamou massgeando o local. - Do que você está falando, menina?

- Olha que ironia, esqueci. Acredita? - Eu disse correndo para a sala.

- Soraya volte aqui! - Ouvi seu chamado abafado pela distância.

Quando cheguei ao cômodo, todos os irmãos estavam lá sentados e comendo algumas barras de cereais. Como sempre, Nilo é o primeiro a me ver e o único a fazer escândalo.

- Mi amor! - Gritou correndo em minha direção e logo abraçando meu corpo. Ri de sua euforía e o abracei de volta.

- Feliz aniversário, Soraya. - Os irmãos disseram em diferentes escalas de tempo.

- Obrigada. - Agradeci corando.

- Uh, olhe o que tenho para você. - Rose me entregou uma sacola e piscou. Parece que tenho vantagem por segurar a língua sobre ela e Irina.

- Vamos experimentar. - Nilo sugeriu animado.

Rose me olhou apreensiva, sabia que ela queria minha ajuda para poder ir até Irina sem chamar atenção. Então tentei jogar alguma desculpa com cabimento para ajudar.

- Rose, eu vim para cá e acabei esquecendo de que Irina precisava de ajuda com a comida, poderia fazer isso enquanto experimento isso? - Perguntei e ela assentiu rapidamente.

Nilo me puxou para o andar de cima e quando percebi eu estava sendo empurrada para dentro do meu banheiro. Retirei de dentro da embalagem um biquíni de cor marsala que ficaria perfeito em meu corpo e o vesti rapidamente tendo um resultado positivo da peça. A cor contrastava bem com meu tom de pele.

- Termi... Santa Gucci. - Ele gritou de olhos arregalados que corriam por todo meu corpo. Merda.

- Eu... Eu... hã... - Tentei explicar perante seu olhar incrédulo sobre as manchas roxas e os arranhões.

- Eu sabia que minha irmã era agressiva , mas canibal nunca desconfiei...

- Nilo.

- E num é que aquela vadia sabe transar? Ai meu Deus vocês transaram!

- Nilo. - O repreendi mais uma vez corando.

- E eu aqui pensando que você era ingênua enquanto você tava levando dedada. Sua depravada. - Olhei feio para ele. - Tudo bem, parei.

Tirei a peça e vesti meu vestido novamente. Descemos de volta para a sala e nos sentamos junto dos outros, o olhar de Simone me seguiu até que eu sentasse ao seu lado e sua mão descansasse possessivamente em minha coxa.

Nilo não disfarçava e tentava segurar a risada pelo ocorrido de segundos atrás.

...

A Chefe Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora