Simone TebetSoraya passou a manhã inteira fora, e o pensamento dela estar com aquela depravada da Seajenks me dava nos nervos, a vontade de correr até elas e trazer Soraya de volta aumentava à cada clique do relógio. Mas tentava me segurar ao máximo, queria mesmo que minha relação com Soraya não despencasse, então teria que fazer por onde e deixa-la livre.
Aproveitei esse tempo sozinha para trabalhar em meu escritório; assinando alguns papéis e fazendo ligações. Fui notificada de que havia um carregamento proibido tentando entrar na cidade, sorri de canto e dei permissão para a entrada, fazia tempo que ninguém passava por minhas ordens, já estava começando a ficar deprimente, agora finalmente eu teria uma diversão.
Peguei minha arma e a coloquei entre minha cintura e a barra de minha calça preta colada. Desliguei o computador e sai do cômodo descendo as escadas com um sorriso perveso. Rose e Irina estavam sentadas no sofá, aparentemente apenas conversando, quando me viram rapidamente se endireitaram.
- Vou sair. Não transem no meu sofá, por favor. - Falei irônica.
- Idiota. Vai embora logo. - Minha irmã jogou uma almofada em minha direção, mas desviei antes que ela pudesse me acertar.
Saí porta à fora e segui até meu carro que estava estacionado há poucos metros da porta e o adentrei, girando a chave e acelerando em seguida. Pisei fundo fazendo a poeira da estrada subir, a sensação de adrenalina correndo por minhas veias e a ansiedade apenas aumentando.
Dirigi até o local onde estava previsto para descarregarem as mulheres que serviriam de moedas de troca para um possível lote de raio. Desci do veículo ao estacionar e esperei pacientemente encostada em meu carro. Conferi o relógio em meu pulso três vezes antes de ouvir o ruído do barco se aproximando.
Continuei do mesmo jeito, apenas aspirando mais do ar puro que me estava sendo oferecido para finalmente matar quem quer que esteja me ignorando. Sorri ao ver três homens descerem com sorrisos estampados em seus rostos de pele caída.
No barco haviam enormes caixas onde provavelmente as mulheres estavam presas. Me aproximei devagar pelas costas dos homens e saquei a arma da minha cintura apontando para o cara do meio.
- Posso ajuda-los, rapazes? - Perguntei e rapidamente eles viraram.
Os três pares de olhos se arregalaram ao ver a arma apontada em suas direções. Automaticamente suas mãos se levantaram em rendimento enquanto suas gargantas faziam um movimento de onda quando engoliram em seco.
- V-voce é algum tipo de policial? - Um deles se arriscou, perguntando.
- Oh não, querido. Sou bem mais que isso. - Respondi sorrindo.
- P-Por favor não nos mate, a-apenas estamos seguindos ordens do patrão. - O mesmo que antes havia falado, novamente se pronunciou.
- Kelvin eu aposto. - Rosnei.
- S-Sim.
- Que pena, eu não gosto nadinha do patrão de vocês, odeio qualquer um que beije os pés dele. E vocês parecem fazer isso... até tenho escolha, mas matar é bem mais divertido. - Pisquei e apertei o gatilho, disparando três vezes em cada corpo que logo estavam caídos em meus pés.
Guardo a arma novamente e sigo caminho de volta para meu carro, deixando um de meus homens para cuidar da sujeira e soltar as mulheres que estavam presas, sem antes deixar e pegar informações sobre Kelvin, claro.
Voltei para casa e quando estacionei avistei os carros de meus irmãos parados em meu jardim, revirei os olhos. Eles me enchem a paciência, isso é bem notável.
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A Chefe Da Máfia
FanfictionA vida na Máfia nunca foi fácil para Soraya. Mas seus olhos sonhadores e esperançosos nunca a abandonaram, mesmo em meio a tanto sofrimento Soraya acreditava que um dia tudo iria mudar. E bom, mudou. O futuro resolveu lhe pegar uma peça que mais par...