"Mano".

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A festa está boa, confesso

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A festa está boa, confesso. Tom está rodeado de fãs, assim como todos nós. Eu queria apenas estar sozinho, sentir essa música sem ser interrompido por pessoas que querem um autógrafo.

Não me entendam mal, eu amo meus fãs, mas... as vezes, eu queria aproveitar minha vida, sem ser exposto desse jeito. Dançamos e dançamos. Meus pés doem pra caramba. Peço licença para as garotas que me rodeiam, indo até o banheiro.

Faço minhas necessidades, lavando as mãos logo após. Quando estou prestes a sair, um bando de garotos entra. Ah não.

- Olha se não é o BillGay - um diz, se aproximando de mim - Você não deveria estar no banheiro feminino? Menininha.

- Eu não sou gay - respondo, os encarando - eu sou bi.

- Bi? Bixinha? - o garoto ri, com seus amigos.

- Cara, eu não quero arranjar confusão - digo, tentando manter a calma, indo em direção à porta - Estou de saída.

- Ah não, não. Espera um pouco, Billzinha - outro diz, entrando na minha frente - Queremos ver se você é menino mesmo, nos mostre.

- Mostrar o que? - ofego. Isso de novo não, por favor - Saiam de perto de mim.

- Se não o que? Vai me bater com esses bracinhos de frango? - o do meio gargalha, me fitando.

Tom me ensinou, me ensinou como agir perante essa situação. Contudo, é mais difícil que parece. Apesar de sermos gêmeos, Tom e eu somos completamente diferentes. Não gosto de me meter em brigas, isso não condiz com minha personalidade e carreira. Porém, não tenho escolha.

Um dos garotos me empurra contra a parede, aproveito a brecha, lhe dando um soco com a mão direita. Ele cambaleia para trás, me olhando feio.

Sorrio.

Até que gostei disso.

Os outros garotos se aproximam, com os punhos fechados. Desvio da maioria, recebendo um soco na barriga, que me faz arfar de dor.

- Tá se achando o Jackie Chan? - o que me acertou, murmura.

- Vai a merda - cuspo em seus pés, recebendo um chute em resposta.

Tento me levantar, mas mãos me empurrar para o chão novamente. Esses filhos da puta estragarão minha escova. Ouço a porta se abrindo, tirando a atenção dos garotos.

- Mas que merda é essa? - um menino de cabelos castanhos entra, nos olhando - Quatro contra um? Isso é sacanagem, seus covardes.

- Não enche, Evan - um dos garotos diz, saindo de perto de mim.

- Você tá ligado que tenho o número da sua mãe, não é? - o moreno diz, ficando cara a cara com o garoto - Ela me disse coisas tão boas de se ouvir, ontem a noite. Ela por baixo, eu por cima, a cama rangendo...

Deixe-me Te Amar - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora