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O dono do estúdio, que me informou se chamar Alysson, me apresenta todas as partes do local

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O dono do estúdio, que me informou se chamar Alysson, me apresenta todas as partes do local. Banheiros, escritório, a sala de entrada, uma mini cozinha e o meu preferido, o lugar onde os artistas gravam. A sala tem duas partes, uma cheia de instrumentos, com um vidro a separando da outra. Idealmente, o espaço é projetado de forma a se obter as propriedades acústicas desejadas. Com vários botões que me deixam tonta...

- Bom, vou definir sua rotina aqui - Alysson diz - De manhã cedinho, você limpa o que for necessário, e a tarde, que é o horário dos artistas virem, você é minha assistente, ok?

- Ok... - concordo, sentindo-me casada só de ouvir o que terei que fazer.

- Como já está meio tarde para uma faxina, me ajude a organizar minha agenda - o homem se dirige até o seu escritório.

- Sim senhor - digo, o seguindo.

São 20:00 horas quando chego em casa. Todas as luzes estão apagadas, o que é muito estanho. Será que já foram dormir? Tento abrir a porta, mas está trancada. Aconselhei Jules e Evan a trancá-la por precaução. Procuro minhas chaves reservas. Merda. Por que não estão na minha bolsa? Tateio meus bolsos. Nada. Bato na porta, chamo nomes, porém, ninguém vem. Até penso em jogar algumas pedras nas janelas dos quartos, mas o medo de quebrá-las é maior.

- JULES! EVAN! - chamo novamente, já perdendo as esperanças de me ouvirem.

Se Evan tiver o mesmo sono pesado que a irmã, estou ferrada. Espio pela janela. Ah, entendi. Os irmãos estão dormindo na sala, com a TV ligada. Suspiro. Só terei duas opções. Ou eu durmo aqui fora e espero eles abrirem a porta amanhã, ou eu tento entrar no meu quarto, que por sinal está com a janela aberta. E ele fica no segundo andar. Ainda bem que meus aposentos ficam na parte de trás da casa, com uma cobertura embaixo, possibilitando minha subida. A árvore do vizinho é uma das únicas opções, me ajudará a chegar no telhado. Espero que ninguém esteja vendo isso.

Jogo minhas coisas em cima da cobertura, perto da minha janela. Escalo a árvore com dificuldade, ficando pertinho de meu objetivo. Vou ter que pular, mas e se eu deslizar e morrer? Respiro fundo, pior do que está não pode ficar. Preparo minhas pernas para saltar, tomando impulso.

Então...

Pulo.

A aterrizagem ocorre de maneira dolorosa. Seguro com força nas telhas, arfando de dor. Espero que nenhuma se desprenda. Subo mais um pouco, tentando não olhar para baixo. Pego minhas coisas, jogando para dentro da janela. Quando estou quase chegando à ela, a telha sob meu joelho cai, me fazendo deslizar. Seguro em outra, mas o mesmo acontece. Paro na ponta do telhado, por sorte. Meu corpo se enche de adrenalina. Tento controlar minha respiração. Dessa vez, subo com mais cuidado, pegando nas telhas mais firmes e me arrastando até a janela. Sou tomada de um alívio, quando entro em meu quarto. Me jogo no chão, ofegante. Nunca mais farei isso.

Deixe-me Te Amar - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora