A morte

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Abaixo a cueca de Bill, sentindo todo o ar de meus pulmões serem sugados. Ele solta um gemido assim que introdozo-me nele. Começo a cavalgar lentamente, absorvendo o prazer e a dor... depois mais rápido, mas durante um curto período. Quero adiar nosso clímax.

Bill urra de prazer, me ajudando com os movimentos. Sinto gosto de sangue ao tentar sufocar um gemido. Estava completamente entregue quando o ápice chega. Deito-me por cima de Bill sem tirá-lo de dentro de mim, sentindo seu coração acelerado tanto quanto o meu. Ele acaricia minha costas, ofegante.

- Eu te amo, Kath - susurra ele.

- Acho bom mesmo - brinco, esfregando meu rosto no seu - Eu também te amo.

Ao anoitecer, arrumamos nossas malas para irmos à Nantes. Tudo estava mil maravilhas até que Jules entra chorando em meu quarto.

- Você não vai acreditar - diz ela, entre soluços - Evan foi despejado de nossa antiga casa e agora está me pedindo dinheiro. O que eu faço Kath?

- Jules, se acalme primeiro - a consolo, abraçando-a - Você não vai conseguir pensar nesse estado.

- Ele não merece nosso dinheiro, mas é meu irmão - a loira retribui o abraço.

- Eu entendo, de verdade - suspiro, pensando o mesmo de meus pais. Eles não merecem minha visita, mas são minha família.

- Você já se decidiu se vai ou não para Portugal? - pergunta ela, se acalmando.

- Eu vou, mas não sei ao certo quando. Muito corrido por causa dos shows.

- Pois é - sentamos juntas na cama - E como foi seu "lanche da tarde" hoje?

- Engraçadinha - a cutuco - E seu "piquenique" na floresta?

- Muito bom - ela gargalha, mas logo perde o brilho - Acho... acho que devo uma ajuda para Evan, não? Ele mudou, não completamente mas mudou. Morar sozinho em Los Angeles soa muito triste.

- Sim, e os amigos dele não são lá os melhores - franzo o cenho, relembrando dos caras que zombaram de Bill.

- Esqueci de dizer; ele tem uma namorada agora. Cacheada por sinal. Acho que ele não superou você completamente.

- Isso é perceptível - solto um riso baixo.

Após mais algumas conversas, nos dirigimos até o aeroporto. Dessa vez, os meninos não quiseram ir de trem. Aproveito a viagem para descansar, me escorando no ombro de Bill. 

Acordo com o barulho de um raio. Sinto um arrepio percorrer minha espinha. Um de meus maiores pesadelos é voar de avião no meio de uma tempestade. Me encolho no assento, segurando a mão do Kaulitz mais novo que dorme feito pedra. Passo o resto do tempo rezando para que nada de ruim aconteça. 

Finalmente o avião pousa, me enchendo de alívio. Acordo Bill e pagamos nossas malas. Jules não está com uma cara muito boa, aposto que passou pelos mesmos problemas que eu. 

Uma limousine nos leva até o hotel. O céu está desmoronando. A chuva bate contra a janela em uma velocidade absurda. Descemos do automóvel correndo para não ficarmos encharcados. Uma sensação estranha me atinge, como se fosse... como se fosse um pressentimento ruim. Muito ruim. 

Entro no quarto atordoada, tentando entender o porquê dessa sensação. Descubro assim que meu celular toca. Mamãe está me ligando e atendo imediatamente, pensando no pior.

- Filha... seu pai... seu pai faleceu - ela diz, com a voz abafada.

Eu sabia. Eu senti isso. Me sinto sufocada, angustiada. A culpa me atinge com facadas. 

Ele morreu. 

Meu pai morreu. 

Caio de joelhos, mal conseguindo respirar. Não era para isso acontecer, não era. Eu iria para Portugal daqui alguns dias, para vê-lo. Não era para isso acontecer. Mamãe diz mais algumas coisas mas não consigo entender. O barulho de meu coração batendo é mais alto. 

- ...Kathleen, faremos o velório amanhã - é a única coisa que ouço - Sei que você está ocupada e não poderá vir, mas tudo bem. Ele entenderia.

- Não, eu vou - digo, encontrando forças para falar - Te vejo amanhã, mãe.

Desligo o celular, não conseguindo suportar o chiado de meus ouvidos. A princípio, não derramo lágrimas, mas quando Bill aparece e pergunta o porquê de minha tristeza; Desabo

- Ele.. ele morreu Bill - digo, com as lágrimas jorrando de meu rosto - E eu nem tive chance de me despedir. Se eu soubesse... eu teria ido antes.

- Você não tinha como saber - ele senta no chão, ao meu lado - Você não tem culpa.

- Ah, tenho sim - assinto, sorrindo em meio a tristeza - Eu pensei que eles eram um monstro por não me apoiarem, mas esqueci completamente de todas as vezes em que foram legais comigo.

- Kath, eu sei. Mas você não tem culpa e eles também não. O mundo é cruel por natureza, seus pais queriam te proteger e você queria ser livre. Ambos os lados estão corretos, porém é impossível manter harmonia entre os dois. 

- Eu só queria estar lá, no último momento de vida - murmuro, mais calma - Queria ter dito o quanto o amava.

- Ele sabia que você o amava, pode ter certeza - Bill me abraça, beijando o topo de minha cabeça - Quando é o velório?

- Amanhã.

- Vai ir?

- Vou.

- Que bom. Podemos adiar o show...

- Não precisa, podem fazer sem mim.

- Tem certeza? Porque você é nossa atração principal  - ele me cutuca.

- Aposto que muitas meninas ficarão felizes com a minha ausência - forço um sorriso. 

- Elas que se danem.

Com mais algumas frases de consolações, Jules me abraça dizendo que irá junto comigo à Portugal. 

- Se quiser podemos ir também - Bill sugere, enquanto estamos todos reunidos na cozinha. São quase 01:00 da madrugada, mas ninguém parece se importar com isso.

- Não precisa, assim a gente terá problema com o cronograma dos outros shows - recuso.

- A gente pode cancelar, não adiar - propõe Gustav.

- Assim os fãs de Nantes irão me odiar - digo, franzindo o cenho.

- Ninguém vai te odiar porque seu pai morreu - Tom diz. 

- Dependendo da hora que voltarmos, dá tempo para fazer o show - Georg dá de ombros.

- Exato, se pegarmos o voo logo dá tempo - Bill concorda - Portugal não é tão longe daqui.

- Só uns 1000 quilômetros - ironizo.

Meu APP do Wattpad tá muito bugado, então escrevi esse capítulo pelo site. Desculpem qualquer erro 😭

Deixe-me Te Amar - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora