Kathleen Roberts, uma cantora em ascensão, se muda para Los Angeles junto com sua melhor amiga, Jules Shaw. Desesperada por reconhecimento, Kathleen encontra um empresário famoso em uma festa, disposta a fechar um negócio de qualquer maneira possíve...
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Acordo toda suada. Ofegante. Olho ao redor, procurando qualquer vestígio de que o que aconteceu ser real. Tem que ser. Mas foi tão bom... só pode ser um sonho, não é? Não, sei que não é. Olho para as minhas mãos, sentindo o toque de Bill ainda presente.
Ontem foi perfeito, dançamos e cantamos até não podermos mais. Me lembro apenas de ter apagado no sofá. Não posso acreditar que Bill é o anônimo. Estou tão feliz, espero que nada estrague minha felicidade.
Me levanto, me arrumando para o trabalho. Hoje será o último dia em que Tokio Hotel estará em Los Angeles. Fecharemos contrato, quero entrar para a banda. Me decidi, até porque não seria nada ruim.
Desço até a cozinha, vendo Evan e Jules em um silêncio mortal. O moreno está de olho roxo, e o lábio inferior cortado. Tom deve ter dado uma boa surra nele.
- Jules, posso falar com você? - pergunto para a loira, que assente, vindo em minha direção.
- Bom dia para você também - ela ri - Diga-me, o que queres?
- Decidi que vou aceitar entrar para a banda - respondo, a olhando sério - Queria saber se você vem junto.
- Para França? - ela levanta as sobrancelhas - Você... acha que seria uma boa ideia?
- Claro que seria, você ficaria pertinho de Tom, todos os dias em todos os países. E ficaria perto de mim também - digo, segurando suas mãos.
- Mas... no que trabalharei? Não posso ser bancada pelos outros, você sabe que gosto de ser independente.
- Você pode ser minha... assistente? - pergunto mais para mim mesmo do que para Jules - Você ajudaria a agendar compromissos, ajudar nos shows, olhar meu cronograma... não sei se soa tão legal.
- Eu adoraria - ela reponde, sorrindo.
- O que? - franzo os cenho - Você acharia legal?
- Sim, apoiar minha melhor amiga e estar ao lado dela, é um dos meus grandes sonhos - Jules me abraça - Você merece tudo que alcançou.
Sinto lágrimas se formando em meus olhos, devolvo o abraço, sentindo-me feliz ao estar com ela. Sentimos o olhar de Evan, que desvia o olhar assim que o flagramos.
- E o que faremos com ele? - pergunto, semicerrando os olhos.
- Não sei - Jules suspira - Mas ele não vai junto.
- Ah, com certeza não - cruzo os braços - Por que... por que não deixamos essa casa para ele? Se Evan quiser permanecer aqui em Los Angeles, é claro.
- Você confiaria nosso querido barraco, para ele? - a loira me olha confusa - Eu sei que ele é meu irmão, mas as coisas que faz não são corretas.
- Eu sei, mas essa casa não será mais nossa, depois que sairmos - falo baixo, ao ver Evan nos olhando novamente - Mal pararemos em um lugar só.
O moreno nos olha com desinteresse, se aproximando. Gostaria de saber se Tom está no mesmo estado que ele.
- O que foi? Minha orelha está queimando de tanto vocês falarem de mim - ele brinca, mas ninguém ri.
- Evan, nós iremos para a França, junto com os meninos. Vamos deixar a casa para você - digo, olhando com atenção para o garoto - Se você quiser.
- O que? Por que? - o moreno me encara, me olhando com desentendimento.
- Por que o que? - Jules pergunta, com ar de desdém.
- Kath, eu arruinei sua vida duas vezes, ou até mais, e você quer me dar a casa? Não entendo, você deveria me odiar, me xingar, me humilhar - o garoto balança a cabeça, sem entender.
- Não pense que gosto de você, mas isso é sobre o passado, sobre nossa antiga amizade. Odeio admitir, mas ainda me importo com o garotinho que brincava com a gente.
- Evan? - Jules o chama, ao vê-lo paralisado - Eu... gostaria de me desculpar.
- O-o que? Jules, eu que devo pedir desculpas - ele sorri, tristemente - Eu me tornei alguém desprezível, digno de ser odiado por vocês... mas não é isso que está acontecendo e eu realmente não entendo.
- Era meu direito, como irmã mais velha, te trazer para o bom caminho. Te cuidar, te proteger de amizades tóxicas... mas não consegui. Fracassei terrivelmente e me culpo todos os dias - vejo os olhos de Jules lacrimejarem - Tenho tanta saudade de você...
Então, como observadora, fico boquiaberta ao ver Evan abraçando a irmã. Sorrio, ao ver Jules desabando, dizendo como ama ele. Sei que foi difícil para ela. Passar noites em claro esperando o irmão, que havia saído com os"amigos". Vê-lo se tornar o que desprezávamos. Como se tornou alguém arrogante e insensível. Mas ele mudou, é perceptível, não totalmente, é claro, ainda não age de forma correta sempre, porém, melhorou e muito.
Fico feliz por estar tudo resolvido, e sinto uma pontada no peito, ao lembrar de meus pais. Em como gostaria de estar assim com eles. Os abraçando, recebendo elogios...
Vou para o trabalho de metrô, chegando de ótimo humor, nem me importarei de desintupir uma privada hoje. A vida sorriu para mim, finalmente.
- Você parece... bem feliz - Alysson diz, ao me ver entregando um café a ele - Obrigado.
- Não há de que - faço uma breve reverencia, indo até a cozinha aos risos.
Preparo meu almoço, após limpar o estúdio. Sinto duas mãos tamparem meus olhos.
- Adivinha quem é - Bill sussurra em meu ouvido, ma fazendo arrepiar.
- Obama? - brinco, arrancando um sorriso do garoto.
- Obama? - o Kaulitz repete, me virando para ele - Você está radiante hoje, que bicho te mordeu?
- Um bicho muito lindo - sorrio, entrelaçando meus braços ao redor de seu pescoço.
Nossos rostos estão a centímetros de se encostarem. Posso sentir a respiração ofegante de Bill, assim como sua mão se apertando em minha nunca. Ele passa um cacho meu atrás da orelha, me analisando.
- Porra, você é linda pra cacete - o Kaulitz sussurra, mordendo meus lábios.
Como respira?
- Cala boca - vou de encontro com seus lábios, sentindo-os novamente.
Arranho o peito de Bill com levesa, sentindo seu coração acelerando. Aposto que é possível ouvir as batidas loucas do meu. O garoto me puxa para mais perto, colando nossos corpos. Suas mãos passeiam em meu corpo, me deixando fora de si. Esse beijo é totalmente diferente do primeiro. É mais quente, mais enloquecedor.
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