Deixe-me te amar

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Ficar nesse hotel sozinho até que não foi uma má ideia

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Ficar nesse hotel sozinho até que não foi uma má ideia. Esparramado no sofá, com minhas meias preferidas, assistindo um filme e comendo pipoca. Ah, quem estou querendo enganar. Isso é péssimo. Os garotos insistiram para eu ir á festa, mas recusei até eles me mandarem a merda e fecharem a porta na minha cara. Então, é culpa minha a infelicidade que estou sentindo.

Sinto meu celular tocar pela milésima vez. Tom me ligou dezenas de vezes, porém, não atendi nenhuma. Receber sermão de meu irmão gêmeo? Tô fora. Silencio o celular, para que nenhuma ligação ou mensagem desagrade minha noite desagradável. Então, o telefone do hotel começa a tocar. Droga Tom. Me levando atendendo o telefone. Quem sabe assim, ele pare de encher o meu saco.

- Fala meu querido irmão - digo, em tom sarcástico.

- Querido meu ovo. Se apronta e vem logo pra cá - meu gêmeo exige.

- Não, obrigada - respondo, tranquilamente.

- Você parece uma criança fazendo birra desse jeito. Você não tem 10 anos, Bill, tem 20. Toma vergonha na cara e vem falar com a Kathleen, tira essa história a limpo... O que? Espera um momento Bill - um silêncio permanece por alguns segundos do outro lado da linha, até Tom voltar com um tom preocupado - Kathleen sumiu.

- O que? - pergunto, me desesperando - Como assim... sumiu?

- Não sei, Jules acha que Evan fez alguma coisa com ela, e ele também sumiu - meu irmão murmura.

- Você está falando sério? - exijo, tirando minhas meias.

- Por que você acha que eu brincaria com isso? - Tom diz, ofendido.

- Estou indo, mas por favor, tente encontrar ela - imploro, já vestindo outra roupa.

Pego as chaves do meu carro, desligando o telefone. Vejo a hora em meu celular, calculando quanto tempo demorarei para chegar. Então, noto uma mensagem da anônima. Áudio de voz? O que a Kath está aprontando? Solto o áudio, enquanto ligo o carro.

_Oi, essa é minha verdadeira voz. E sim, eu quebrei a regra que eu mesma impus *risos*. Não sei porque você não foi, mas deve ter suas razões *pausa*. Porém, falar com você... foi incrível, adorei ser eu mesma. Aliás, muitas coisas aconteceram. Me tornei uma cantora reconhecida. Falei para os meus pais o que eu queria, mesmo ferindo orgulho que eles tinham por mim. Você sumiu... e estou apaixonada por alguém que não me ama *suspiro*. Ele se chama Bill. Então, obrigada por tudo, por me escutar e ter me feito sorrir. Adeus._

Alguém... que não me ama? Kathleen sua burrinha, é claro eu te amo. Ligo o carro rapidamente, ignorando qualquer sinal de trânsito. Por que fui tão besta assim? Acreditei naquele babaca do Evan. Me deixei levar por suas palavras "amigáveis". Magoei Kath, fazendo-a pensar que não a amo. Sou um ser desprezível, eu sei, mas mudarei as coisas de hoje em diante. Farei aquele idiota do Evan se arrepender.

Chego no local da festa, ofegante. Entro, vendo inúmeras pessoas. Várias me cumprimentam, dificultando minha passagem entre a multidão. Então, vejo Jules, Tom e... Kath, dançando. Ah Tomzinho, devo confessar, sua jogada foi épica. Me fez pensar que ela estava em apuros, porque sabia que viria desesperado. Sigo em direção a eles, até esbarrar em alguém que não gostaria de ver hoje.

- Bill? Que prazer revê-lo - Evan cumprimenta, irônico.

- O prazer é todo... seu - sorrio, tentando sair dali, mas mais dois meninos aparecem

Os reconheço... Espera, esses não são os meninos que me abordaram no banheiro? Dias atrás? Filhos da put...

- Aí mano, na boa, o que está fazendo aqui? - ele continua - A Kath já disse que não quer nada com você.

- Sai da frente - tento me esquivar de novo, mas fracasso terrivelmente.

- Calma aí, mano, já estou cansado de você, cuzão - Evan xinga, com um sorriso de ponta ponta. Não vejo a hora de tirá-lo - Acha que é melhor do que eu? Só porque é famosinho?

- Para com isso - digo, ao ver várias pessoas se aproximando.

- Desde que você apareceu, fui gente boa com você, e você nem agradeceu - o moreno se aproxima, estamos cara a cara.

- Ok, entendi, você é melhor do que eu, e é melhor do que todo mundo daqui - murmuro.

Por mais que eu queria socar a cara dele, isso arranjaria problemas com tanta gente vendo. Já posso imaginar a manchete, "Bill Kaulitz se envolve em uma briga em uma festa de Los Angeles". Maravilha. Então, todos meus pensamentos se dispersam, assim que vejo Kath me observando entre a multidão. Por consequência, Evan me dá um pequeno tapa provocativo.

- Para cara - repito, sem obter bom êxito.

- Você é meu cunhado, Evan, mas se fizer isso de novo te meto a porrada - Tom se aproxima, junto com Jules, Gustav, Georg e... Kath.

- Cala boca TomTom - o Shaw diz, com desprezo.

- Para Evan - ouço a voz de Kathleen - Isso não vai dar bom.

- Você já era - o moreno vem em minha direção, mas Tom pula em cima dele, o imobilizado.

Olho para a garota de cachos, que não tira os olhos de mim. Tento me aproximar, porém, sou pego por uma avalanche de pessoas. Perco Kathleen de vista, tentando desesperadamente a encontrar. Quando consigo escapar do mar de gente, encontro a garota parada bem no meio do salão, apenas me olhando. Me aproximo dela, ignorando os gritos de surpresa da multidão. Posso ver os brilhos de seus olhos crescerem, assim que chego perto.

- Kathleen, desculpa por ter te ignorado... deixei-me levar pelas palavras de Evan - digo, tentando encontrar um jeito para explicar - E... pensei que estava brincando comigo.

- Brincando com você? - ela repete, confusa.

- Sim, quando... descobri que você é a anônima - falo, notando surpresa na expressão de Kath.

- Espera... então você... - ela para, sem saber o que dizer.

- Prazer - estendo a mão para a garota - Anônimo.

Um sorriso de tirar o fôlego se forma nos lábios de Kathleen. Ela se aproxima de mim, segurando minhas mãos.

- Você não tem ideia, do quando desejei que fosse você - susurra, me olhando admiravelmente.

- Apenas peço-te, deixe-me te amar, porque eu não posso parar de jeito nenhum - digo, fixando o olhar nos lábios de Kathleen.

- Venha, estou a tua espera - ela sorri aproxima sua boca da minha.

Kathleen entrelaça os braços ao redor de meu pescoço. Com uma mão em sua cintura e a outra eu sua nuca, a puxo para mais perto. Sentindo o calor de nossos corpos se misturarem, tornando-se um só.

 Sentindo o calor de nossos corpos se misturarem, tornando-se um só

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Deixe-me Te Amar - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora