A carta

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- Onde está a minha escova de dentes? - pergunto, tentando achá-la

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- Onde está a minha escova de dentes? - pergunto, tentando achá-la.

- Não sei Kath, não estou achando o outro par do meu All Star - Jules diz, suspirando - Por que tudo tem que sumir, justo hoje?

- Eis a questão - digo, desistindo de procurar.

Me jogo no sofá, olhando ao redor. Não passamos tanto tempo nessa casa, menos de um mês, mas ouso dizer que tenho um certo apresso por ela. Depois que vim para cá, tudo deu certo, após um tempo. Minha primeira casa... sentirei saudades de Los Angeles. De suas luzes brilhantes, de suas festas exuberantes... Partirei para um vida nova, completamente diferentes com a que estou acostuma. Será que estou pronta para me expor a tal risco? Sim.

Após revirarmos a casa de cabo a rabo, procurando o tênis de Jules, finalmente o achamos.

- O que fazia embaixo da sua cama, Evan? - a loira exige cruzando os braços.

- E eu vou saber? - ele reponde, ofendido - Por que eu pegaria seu tênis, se nem serve em mim?

- Não sei - ela bufa, fechando sua mala - Kathleen, que horas os meninos virão nos buscar?

- Daqui alguns... minutinhos - digo, olhando para o relógio.

Assim que falo, ouço um carro buzinar lá fora. Os meninos vem ao nosso encontro, para nós ajudar com as malas.
Posso perceber o clima estranho entre os Kaulitz e Evan, não é de de imaginar que farão as pazes tão cedo.

Após toda as malas estarem no carro, e Jules ter se despedido de Evan, me aproximo do garoto.

- Adeus Evan - estendo a mão, sentindo o toque firme dele - Se cuide, ok? Sem ressentimentos.

- Sim, mas... S-sinto muito, sinto muito por ter estragado a sua vida... - ele gagueja - Eu estava loucamente apaixonado por você, ou era o que eu pensava. Não suportava a ideia de você estar apaixonada por outro e agora vejo meu erro. Vocês dois são perfeitos um para o outro.

- Obrigada - sorrio - Que bom que um pouco do velho Evan ainda vive em você. Espero que encontre o amor algum dia, e que seja feliz.

- Adeus Kath - ele acena, assim que vou até o carro dos meninos.

Então, observo minha pequena e bela casa se afastando lentamente pela janela. Espero que Evan cuide bem dela, que não a queime. Brincadeira, ou não.

Bill segura minha mão com força, olhando de relance para mim. Sei que está preocupado com o que está por vir, mas aceitei todas as consequências.

No aeroporto, algumas pessoas começam a tirar fotos de nós. Noto expressões felizes e de nojo direcionadas a mim. Realmente, não dá para agradar todo mundo.

Ao entrar no avião, me sinto enjoada. Já andei uma vez para vir à Los Angeles e não me senti muito bem de começo. Bill aperta minha mão novamente, me encorajando. Nossos olhos se encontram, e me sinto mais aliviada. Dessa vez, partirei com a consciência limpa. Limpa por ter contando aos meus pais o que eu realmente queria. Se eles não são capazes de aceitar, o problema está neles, não em mim. Mas confesso que me desanima um pouco, porém, tenho outros assuntos para preencher esse vazio em minha mente. As coisas da vida vem e vão, fazendo-nos adquir novas experiências e difentes formas de ver o mundo. E agora eu o vejo, da minha forma.

Deixe-me Te Amar - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora