Emma Watson

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Uma brisa forte corria pelas ruas de Oxford, o frio insistente nas ruas do Reino Unido estava de doer os ossos, mas aquilo não parecia incomodar Emma. A mulher estava a um bom tempo na varanda do nosso apartamento, eu a observava pela porta de vidro enquanto o calor aconchegante do cômodo me abraçava.

Eu estava curiosa pra saber o que se passava na cabeça da mulher, a ponta de a fazer ficar no frio para realizar isso, quando questionei ela apenas deu uma resposta vazia como "porque eu quero", e então resolvi não questionar mais, porém tenho certeza que se ela adoecer — e ela vai —, eu que vou ter que lidar com sua teimosia ainda pior.

O relógio marcava nove da noite, e a esse ponto a atitude da minha esposa estava incomodando, ela parecia concentrada no caderno em suas mãos, mas tenho certeza que o tempo ficou ainda mais frio desde a última vez que verifiquei. Com um salto fui até a cozinha preparar um chá, isso poderia aliviar o frio da mais velha, já que ela não vi sair de lá tão cedo.

O líquido quente já estava na caneca quando a porta que dividia a varanda da sala foi aberta e logo depois fechada novamente, Emma apareceu em minha frente alguns instantes depois, com seu rosto vermelho — provavelmente pelo frio — e os olhos já pesados de sono, a britânica se aproximou mais de mim, simplesmente enterrando o rosto na curva do meu pescoço quando me alcançou. Abracei seu corpo contra o meu, sentindo ela gelada sobe minha pele, sua respiração estava calma quando a peguei no colo e fomos até a sala, no sofá Emma continuou grudada em mim.

Todas essas atitudes durante o dia estão me deixando confusa e preocupada, Emma costuma ser a mais sensata de nós duas, e hoje ela fez algumas coisas bem questionáveis, mas resolvi deixar de lado, já que não consigo acompanhar a mente brilhante da atriz.

— Eu quero conversar - ela murmurou contra meu pescoço.

— O que você quer conversar, amor? - um minuto de silêncio pairou sobre o cômodo, Emma soltou um suspiro longo antes de afastar o rosto do meu pescoço.

— Eu não sei como dizer isso, assim, de repente - as palavras usadas por ela me assustaram um pouco, alguns pensamentos do que poderia ser aquilo começaram a correr pela minha mente, e Emma notou isso, já que logo me abraçou de novo - não é nada de ruim, relaxa.

Mais alguns minutos em silêncio e confortáveis no abraço, Emma logo voltou a falar.

— Eu tava pensando se não poderia dar um passo a mais na nossa relação.

— Somos casadas, que passo a mais você tá falando?

— Um filho.

Juro que senti meu coração parar de bater quando tais palavras foram proferidas, Emma me olhava atentamente, estudando minha reação, e eu não sabia como reagir.

Claro que já tinha imaginado uma família grande com ela, eu quero tudo com essa mulher, ela é a melhor coisa que me aconteceu em toda minha vida, mas eu não esperava isso agora, e tão de repente, porém não é como se isso me assustasse muito.

Alguns bons minutos e eu soltei o ar que estava prendendo em meus pulmões, me jogando nos braços da minha esposa e escondendo o rosto no seu peito, a mais velha fazia um carinho na minha nuca enquanto acariciava meu braço com a outra mão.

— Você tem certeza?

— Sim - agora nossos rosto estavam próximos, com ela olhando diretamente pra mim, e eu não podia resistir aqueles olhos - mas só se você também quiser, senão a gente ainda pode esperar um pouco, tenho certeza que não tem problema...

— Amor, eu quero, pode ter certeza disso - cortei suas divagação, segurando em seu rosto com as duas mãos e dando meu melhor sorriso de conforto a ela - a gente vai ter nosso filho, ou filha, tá bom?

Emma tinha um sorriso lindo no rosto, ela estava animada ao ponto de quase saltitar no meu colo, a mulher me abraçou novamente e dessa vez não foi um abraço calmo, mas continuou sendo um dos melhores que já estive, a mulher estava rindo atoa enquanto abraçava meu pescoço, e eu não fiz diferença, segurando ela ainda mais perto.

— Era por isso que você estava agindo estranha o dia todo? - perguntei depois de algum tempo, Emma agora estava mais calma e contida, com a caneca de chá em mãos.

— Sim, eu estava pensando em uma forma de te falar isso.

— É? E você ficou naquele frio por causa disso?

— Sim, porém eu também tava escrevendo umas coisas.

— Posso ler?

— Ainda não - ela encerrou o assunto, deixando um selinho em mim antes de levantar do sofá - vamos pra cama?

Um aceno de cabeça foi o suficiente pra responder sua pergunta, ela estendeu a mão em minha direção e logo me arrastou até nosso quarto, eu realmente pensei que iríamos só deitar e dormir, mas aparentemente eu estava errada. Emma me sentou na beira da cama e deslizou para o meu colo, rodeando meu pescoço com seus braços, e um sorriso malicioso surgiu no seu rosto.

— Você é uma pervertida, achei que iríamos dormir - eu falei em tom de brincadeira, mesmo que minhas mãos já estivessem dentro de sua blusa e tocando sua pele, Emma revirou os olhos quando meus dedos pressionaram sua cintura contra a minha.

— Temos que comemorar nossa decisão, não é? - sua pergunta saiu em um sopro.

— É, com certeza temos que comemorar, amor...

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notas

Mano, que sono.

E aí, como cês tão? Espero que bem.

Eu tô tentando voltar a ativa, mas acho que ainda vai demorar um pouco pra pegar o ritmo, enfim, vejo vocês na próxima. 🤠

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