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— Você deveria parar de correr atrás dela - revirei os olhos pelo comentário, irritando ainda mais meu melhor amigo - eu tô falando sério, ela tá só te usando.
— É? E como você poderia saber disso? - perguntei retoricamente, sem esperar sua resposta, levantei da cadeira no fundo da sala, acompanhando com o olhar quando Vada entrou na sala de aula - eu vou alí, volto já.
Sem resposta ou comentários, seguir meu caminho até a garota mais baixa, parando ao seu lado, ela sorriu de canto quando nossos olhares se cruzaram.
— Bom dia, senhorita Cavell - disse com um tom provocativo, com as mãos no bolso e um jeito desleixado, ela devolveu o cumprimento com um aceno de cabeça - tá ocupada agora?
— Até estou, mas dependendo da sua proposta posso ficar desocupada - seu sorriso no final da frase me fez ter borboletas no estômago, e ela com certeza percebeu isso.
— Então podemos dar uma volta na escola antes do professor chegar, o que acha?
Ela concordou comigo, e logo estávamos andando pela parte mais afastada da escola, alguns corredores vazios e escuros era o que procurávamos, Vada tinha uma mão dentro da minha camisa, enquanto as minhas vagavam pelo seu corpo, nossos lábios se movimentavam em sincronia perfeita, e tudo parecia sumir quando nossas mãos estavam uma na outra.
A falta de fôlego se fez presente e Vada encerrou o beijo com alguns selinhos, escondendo o rosto na curva do meu pescoço em seguida, as respirações ofegantes se misturando, a latina arranhava meu abdômen por baixo da camisa e a sensação queimava meu corpo inteiro.
— Fiquei com saudade, sabia? - sussurrou contra minha pele, me arrancando um gemido quando beijou meu pescoço.
— Eu também, amor, quer ir lá em casa depois da aula? - ela concordou com um murmúrio antes de voltar a deitar no meu pescoço.
— Ei, eu vi você discutindo com o Cris quando cheguei, aconteceu alguma coisa? - Vada me olhou um pouco preocupada, e eu tentei tranquiliza-lá com um sorriso e um selinho.
— Tá tudo bem, ele só não sabe que a gente já se acertou?
— Não contou pra ele que estamos namorando? - ela indagou, fazendo uma careta quando afirmei com a cabeça - então ele acha que eu não presto? - perguntou indignada, me dando um tapa fraco no ombro quando comecei a rir.
— Aí, amor, não é isso, só não tive a oportunidade, não vou simplesmente chegar nele e falar "Então, tô namorando, legal, né?" - Vada me deu mais um tapa depois da minha pequena interpretação, mas relaxou mais quando segurei suas mãos e pressionei seu corpo contra a parede - você é tão linda, sabia? - sussurrei contra seu ouvido, beijando a lateral do seu pescoço, escutando um suspiro da minha namorada.
Continuei com as carícias leves em seu pescoço, escapando das suas tentativas de me beijar, eu me divertia com a frustração da garota, parece maldade, mas nós não podíamos fazer nada alí, e eu tinha certeza que se nossas bocas se juntassem nós iríamos passar do limite. Vada logo desistiu de me beijar, ficando com um bico emburrado no rosto, e não resisti em deixar um selinho nela, mas logo recuei quando ela tentou aprofundar.
— Temos aula, amor - expliquei, enquanto começamos andar de volta pra sala.
— Isso não vai ficar barato - sentenciou com um pouco de raiva na voz.
— Eu não quero que fique - respondi em um murmúrio, escapando de um possível tapa da garota quando corri pro meu lugar na sala.
Essa tarde promete.
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notas.
Eu ia fazer um capítulo triste, mas desisti, de nada.
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