ﮩ٨ـﮩﮩ٨ـ♡ﮩ٨ـﮩﮩ٨ـ
Era doloroso ter que encarar ela depois de tanto tempo sem uma explicação, parecia que meu peito de repente se abriu e meus coração já não respondia por si mesmo, doía, doía pra caralho, e ela não tinha o direito de me fazer sentir essa dor de novo.
Sam me encarava a algum tempo, talvez pensando se viria até mim ou não, eu preferia que não vinhesse, não nesse momento, e ela pareceu enteder isso. Eu seguir pelo corredor do hospital até o quarto que Tara estava, a garota sofreu um pequeno acidente na escola e tinha vindo parar aqui.
Me surpreendi bastante quando a primeira pessoa que encontrei ao passar pela recepção foi Sam, a mulher tinha ido embora a alguns anos e eu achava que sua volta nem era possível, mas cá está ela, a garota que tinha meu coração em mãos e não quis cuidar dele.
Talvez se afastar um pouco, sem perder de vista parecesse o certo, nós éramos tão novas, Sam foi longe demais pra perder o tédio.
E ela me perdeu.
Mas ainda doía como o inferno tudo isso.
Passei pela porta do quarto onde Tara estavam internada, a garota olhava com tédio para a parede branca a sua frente, mas seus olhos logo pousaram em mim, e a garota pareceu se animar um pouco.
— E aí, como vai minha cunhada favorita? - perguntei em um tom de brincadeira, me aproximando da sua cama, a mais baixa riu da minha pergunta, revirando os olhos em seguida.
— Eu sou sua única cunhada, idiota - ela revidou - e eu tô melhor, apesar de ainda tá um pouco dolorida - respondeu minha pergunta, se remexendo um pouco na cama e resmungando de dor em seguida.
— Não se esforce muito, senão vai piorar, mas então...
— Você já viu ela? - Tara foi direta no assunto que eu não queria, e um suspiro involuntário escapou pela minha boca - desculpa, sei que você ainda não está preparada pra isso, não sabia que ela viria até aqui - a garota tinha um semblante de arrependimento, eu apenas neguei com a cabeça, tentando fugir do assunto.
— Não vamos falar disso agora, por favor.
Depois do meu pedido nós entramos em outra conversa, Tara tinha me dito como conseguiu a proeza de cair da escada da escola, e em como Amber estava enchendo seu saco um pouco antes de eu chegar, o que não me surpreende muito, minha irmã é muito superprotetora, com certeza ainda ficaria na cola da mais nova por um tempo.
Depois que Amber voltou para o quarto, eu decidi deixar elas sozinhas, me encaminhei em direção ao refeitório do hospital, mas antes mesmo de virar o corredor um copo de café manchou minha blusa, a pessoa que tinha feito tal coisa ainda estava parada na minha frente, talvez assustada, e mais uma vez me surpreendi por sem Sam ali.
— Me desculpa, eu não prestei atenção, que droga - ela resmungava mais alguns palavreados até eu soltar um longo suspiro, o que fez a mulher parar de falar.
— Tá tudo bem, não é nada demais - minha voz saiu mais baixa do que deveria, mas eu realmente não sabia como reagi a essa situação, só queria sair dali e sumir.
Um silêncio se estendeu entre nós duas, eu já estava pronta pra desviar de Sam e ir rumo ao estacionamento, não poderia ficar no hospital com a blusa toda manchada, mas Carpenter me impediu, segurando meu braço e me mantendo no lugar de antes, quando a olhei a mulher parecia tão perdida quanto eu.
— Eu posso te pagar um café, como um pedido de desculpa.
— Olha, Sam, eu realmente preciso ir agora - depois das minhas palavras consegui sair do lugar, andando com pressa pra o lado de fora do prédio.
O ar em meus pulmões foi solto quando a porta do meu carro foi fechada, e tudo pareceu ficar ainda mais pesado pra carregar.
Com uma rápida mensagem avisei a minha irmã que voltaria para casa, e que ela deveria me avisar caso acontecesse alguma coisa, Amber apenas concordou e eu seguir meu caminho para nosso apartamento.
Alguns dias tinham se passado desde do acidente da Carpenter mais nova, Tara já estava em casa a três dias e todas as vezes que fui ver ela Sam não estava, o que eu partes foi ótimo, eu não queria enfrentar ela tão cedo.
Mas foi só eu pensar nessa possibilidade que acabou acontecendo, de repente eu me via sozinha com ela na sala de estar do seu apartamento enquanto Tara estava no quarto, eu nem sei em qual momento isso chegou a acontecer.
— Lia, podemos conversar? - foi a primeira coisa que ela disse.
— Temos algo pra conversar? - devolvi a pergunta, talvez procurando alguma brecha pra fugir.
— Você sabe que sim - ela soltou em um suspiro, a mulher parecia cansada, mas não fisicamente.
Foi preciso mais alguns minutos pra eu concordar em ouvir o que ela tinha pra dizer, no momento eu só tinha uma certeza, que era de que Samantha Carpenter não merecia um pingo do meu arrependimento, e eu pretendia continuar com esse pensamento, era o único que eu tinha quando há três anos ela foi embora sem ao menos dizer "tchau".
— Eu te devo explicações, e antes de começar eu só queria pedi pra você me ouvir até o final - um aceno de cabeça foi o suficiente pra ela continuar - naquela época eu estava passando por algumas coisas, e eu sabia que isso iria me complica, complicar minha cabeça, complicar minha vida e complicar a gente, e eu não podia arriscar te machucar mais do que eu já tinha feito, e eu sei que o caminho que eu seguir não foi a melhor escolha e que isso te machucou de qualquer jeito, não tô te pedindo pra me perdoar, mas tô te dizendo que eu me arrependo, e muito, das minhas decisões de três anos atrás, das decisões que me levaram pra longe de você.
Confesso que esperava outra coisa, ou algo mais específico, eu não podia tirar conclusões a partir disso, mas eu também não queria ouvir mais sobre isso, Sam pode ter seus problemas, mas porra, eu estive ao seu lado por tanto tempo pra nem mesmo fazer parte de uma das suas decisões.
— Se o problema era você, por que doeu em mim?
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notas.
E aí, não sei se eu voltei, mas tô por aqui 🤠
Até a próxima, galera 🤙*Sem revisão*
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Imagines Girls - 3
FanfictionVários histórias de várias atrizes/cantoras/personagens. leitor!fem Livro 3