Imagines Girls - 3

Enid Sinclair

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— Enid, a gente pode ir no café esse fim de semana, o que acha? - aproveitei que todos estavam entretidos em uma história que Ajax contava, e convidei minha namorada pra sair, mas a loira me lançou um olhar bravo - por que tá me olhando assim? - perguntei, sendo ignorada pela garota.

Passei alguns minutos tentando chamar a atenção da loira, mas não adiantava, ela parecia brava comigo e eu não sabia o porquê.

— Que birra é essa, Sinclair? - Bianca chamou, olhando pra ela tão confusa quanto eu, e todos os outros pareciam prestar atenção em nós agora.

— Hazel terminou comigo - Enid falou, me fazendo arregalar os olhos pela afirmação, um desespero de repente se apossou do meu corpo - ela tá namorando uma tal de Enid agora.

— E qual o seu nome?! - perguntei revoltada, levantando pra ficar de frente com ela, a garota fez o mesmo, ficando cara a cara comigo.

— É amor!

Eu podia ouvir as risadas ao nosso redor, o que me fez abaixar a cabeça em vergonha pela situação, não acredito que namoro uma criança.

— Certo, me desculpa, amor, não vai se repetir - disse pra Enid, vendo agora um sorriso convencido no seu rosto.

A loira me abraçou pelos ombros e deixou um selinho na minha boca antes de voltar a sentar no banco, como se nada tivesse acontecido. Nossos amigos olhavam a ceva abismados, e eu também não acreditaria nisso se não conhecesse tão bem minha namorada.

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O

combinado era estudar para os testes que começariam na próxima semana, mas eu não consigo me concentrar quando ela está tão perto. Enid lia alguma coisa sobre o conteúdo enquanto eu a olhava, e, por um momento, fiquei perdida em seus olhos. Meu quarto estava repleto de livros e anotações, mas nada era tão cativante quanto a presença de Enid. Tentei disfarçar meu transe, mas ela percebeu minha distração.

— Aconteceu alguma coisa?

— Você é linda — murmurei, deixando escapar o que estava pensando. Enid sorriu, uma mistura de surpresa e divertimento dançando em seus olhos.

— Bem, obrigada, acho, mas você não vai me distrair, a gente tem que estudar, amor - apesar da repreensão ela se sentou mais próxima, com um leve rubor colorindo suas bochechas.

As palavras no papel se embaralhavam enquanto eu lutava para absorver o conteúdo. Enid começou a explicar um conceito complicado, mas minha mente estava em uma jornada própria, perdida nos detalhes de seus gestos e na suavidade de sua voz. A cada risada dela, sentia como se a matéria se dissolvesse em segundo plano.

— Você está me ouvindo? - Enid perguntou, interrompendo meus devaneios. Pude notar uma pitada de diversão em sua expressão.

— Claro, claro, continue -  balbuciei, tentando recuperar o foco. Ela revirou os olhos com um sorriso divertido, mas continuou explicando, talvez acostumada com minha propensão a perder-me em pensamentos.

As horas passaram, mas o tempo parecia ter sua própria velocidade quando Enid estava por perto. Estudamos juntas, mas minhas anotações estavam repletas de rabiscos que mais pareciam desenhos abstratos do que apontamentos acadêmicos. Eu queria estar imersa nos estudos, mas a presença dela era um convite constante para escapar desse mundo de fórmulas e teorias.

Finalmente, Enid fechou seu livro, indicando o fim da sessão de estudos. Olhei para o relógio, surpresa com a rapidez com que o tempo havia voado. Ela bocejou, esticando os braços antes de se levantar.

— Acho que fizemos o suficiente por hoje - ela disse, saindo da sua cadeira e quando menos esperei ela estava no meu colo - deveríamos descansar - terminou de falar, deitando a cabeça no meu ombro.

Cedi à tentação de seus braços ao meu redor, os livros e apontamentos esquecidos diante da presença acolhedora de Enid. Seus cabelos caíam suavemente sobre meu ombro, e pude sentir a leveza de seu bocejo vibrando contra a minha pele.

— Descansar parece uma excelente ideia - concordei, abraçando-a suavemente. O quarto se transformou em um refúgio tranquilo, onde o silêncio era preenchido apenas pelos nossos suspiros relaxados.

Fechei os olhos por um momento, absorvendo a sensação reconfortante de tê-la tão perto.

— Às vezes, acho que deveríamos estudar mais assim - comentei, acariciando seus cabelos. Enid riu suavemente.

— E você ao menos prestou atenção a tudo que eu falei hoje? - ela ergueu a cabeça, me olhando com um sorriso travesso.

— Fiz o possível pra isso, mas é difícil quando se tem uma namorada tão gata por perto - respondi, conseguindo fazer Enid ficar envergonhada pela minha resposta.

— Você é uma galanteadora barata - ela me acusou, mas não se afastou de mim em nenhum momento.

Alguns minutos em silêncio foram o suficiente pra Enid começar a morder meu pescoço, essa era uma mania da loira que mais me fazia sofrer, já que estava sempre marcada.

— Enid, você sabe que vou parecer um mapa se continuar com isso, né? - tentei soar brincalhona, mas a verdade é que adorava quando ela agia assim, deixando sua marca em mim.

— E qual o problema? Assim todos saberão que você é minha - ela sussurrou, seu hálito suave enviando arrepios pela minha espinha. A intensidade do momento era como uma faísca que incendiava nossas emoções.

Não demorou muito para que o clima descontraído se transformasse em algo mais intenso e apaixonado. Enid, com seu jeito brincalhão e sedutor, tornou aquele instante simples em algo extraordinário. Entre risadas abafadas e suspiros compartilhados, nossas conexões eram seladas, marcadas não apenas em palavras, mas em gestos carregados de significado.

À medida que o tempo avançava, mergulhamos em nossa própria sinfonia, onde o amor se tornava a nota principal. Os livros e apontamentos, agora esquecidos, eram substituídos por essa dança íntima, onde a cumplicidade se traduzia em toques e olhares.

E ali, na quietude do meu silencioso quarto que testemunhou tantas tentativas de concentração, descobrimos que, às vezes, as melhores lições são aquelas que não podem ser encontradas nos livros, mas sim na linguagem silenciosa do amor compartilhado.

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Vocês sabem né, vitória do Timão = atualização.

Até a próxima, galera 🤙