u estava ansiosa, não só eu como Kendall também, dava pra notar isso enquanto a mulher olhava fixamente pra um único ponto.
Com cuidado juntei nossas mãos no meu colo, recebendo a atenção dela.
— Tá tudo bem, amor?
— Sim, só um pouco nervosa - ela respondeu com um suspiro.
— Eu entendo, mas vai ficar tudo bem, te garanto - falei, beijando a sua mão em seguida e recebendo um sorriso de volta.
Mais alguns minutos de viagem foram necessários pra chegarmos na instituição, ainda no estacionamento fomos recebidas pela diretora do local, Kendall segurava minha mãovo tempo todo enquanto a mulher mostrava o local.
Gritos de crianças eram ouvidos em todo canto, provavelmente estaria se divertindo, minha esposa estava cada vez mais ansiosa pra conversar com os pequenos, e foi o que fomos fazer em seguida.
A mulher que nos acompanhava levou a gente até o quintal do imóvel, onde tinha algumas crianças brincando, a maior parte delas já tinha por volta dos seis anos, todos estavam reunidos em uma roda onde acontecia algum tipo de brincadeira que envolvia correr.
— Bom, eu tenho que resolver umas coisas agora, mas você podem ficar a vontade para conhecer as crianças.
— Certo, obrigada pelo seu tempo - respondi, acenando pra mulher que se retirou do local.
Kendall parecia encantada pelas crianças, não tirava os olhos delas por um segundo, mal se deu conta que agora estávamos sozinhas.
— Elas são tão fofas - minha mulher sussurrou com um biquinho nos lábios, ela olhou rapidamente pra mim antes de perguntar - podemos adotar todas? - eu ri negando com a cabeça, enquanto ela quase choramingava.
— Não conseguimos lidar com tantas crianças, meu bem, sinto muito.
— Tudo bem, vida - ela suspirou, voltando a olhar pras crianças - podemos ir falar com elas?
— Claro, vamos lá.
Nós duas seguimos até onde o grupo estava, dando oi pra casa uma das crianças, uma delas me chamou pra se juntar a brincadeira e eu logo aceitei, ficando distraída tanto com a brincadeira quanto com a conversa com eles.
Todas eram comunicativas demais, e isso chegava a ser engraçado quando alguém fazia uma piada ou outra. Nesse meio tempo não reparei que minha esposa tinha se afastado, quando me deu conta fui atrás da morena, essa que estava um tanto mais afastada, ela conversava empolgada com um garotinho, ele parecia ter uns oito anos, os dois estavam sentados embaixo de uma árvore e Kendall tinha um livro em mãos.
Me aproximei com cuidado deles, chamando a atenção do garotinho que acenou meio tímido pra mim, e eu devolvi o gesto junto a um sorriso, minha esposa logo notou minha presença e me puxou pra sentar próximo a ela.
— Amor, esse é o Gael, e Gael, essa é a Lia, minha esposa - a morena apresentou nós dois, o garoto ainda estava meio acanhado, mas logo isso passou quando Kendall voltou a ler o livro em voz alta.
Gael era um menino tímido e bem reservado, comigo ele interagiu bem pouco, talvez por falta de oportunidade, mas com Kendall foi totalmente diferente, os dois conversavam sobre as cenas do livro e estendiam o assunto por vários outros, e foi assim durante o tempo que ficamos na instituição, no final da tarde nos despedimos das crianças e com um pouco mais de dificuldade também fizemos isso com Gael, prometendo voltar pra conversamos mais.
Já no caminho pra casa dentro do carro, minha mulher estava pensativa, ela ficou calada maior parte do tempo, até de repente soltar de uma vez.
— Você acha que a gente pode ficar com ele?
Olhei pra ela com o cenho franzido, não entendo muito a sua pergunta, mas logo associando ao garotinho de minutos atrás, não estava surpresa por isso, sabia que Kendall tinha gostado dele, mas não achei que seria resolvido na primeira visita.
— Ainda tem muitas etapas, mas se você quer ficar com ele, a gente pode tentar.
— Mas você concordar? Tipo, não é porque eu gostei dele que você tem que concordar, sabe?
— Eu sei, amor, e é, a gente não interagiu muito, acho que ele se sentiu mais confortável com você porque você conquistou ele primeiro - falei em um tom de brincadeira, arrancando uma risada leve dela - mas isso pode mudar com o tempo, ainda tem muita coisa pra acontecer.
— Então vamos ficar com ele?
— Vamos ficar com ele.
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Aí gente, eu não sei mais escrever, não sei mais desenvolver ideias e nem colocar elas no papel, tá uma decadência.
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