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Era estranho a sensação de estar presente no mesmo ambiente que ela e não poder agir como antes e fingir que nada aconteceu.
Eu sabia que nós não iríamos durar muito, Kendall sempre foi alguém que se importou com a imagem que passava, e com certeza namorar uma mulher não é uma imagem muito boa. A modelo sempre evitava me encontrar em público, para seus fãs eu não era mais que a cunhada da sua irmã, e só isso, não que me incomodasse, eu não queria luzes e flash em cima do nosso relacionamento, nunca gostei de atenção.
Mas tem uma diferença entre Kendall e eu.
Eu não me importaria com algo sobre nós saindo na mídia, eu não me importaria de mostrar que sou apaixonada por uma mulher, eu não me importaria em me esconder para sempre por causa de uma imagem que criaram de mim.
Kendall se importava, e muito, tanto que na primeira oportunidade que teve terminou tudo que tínhamos e alguns dias depois apareceu com um cara qualquer para as câmeras. Aquilo me chateou, apesar de já ser previsível, eu preferiria não passar por isso.
Ainda mais tendo que suportar os dois durante todo o domingo.
Ser uma tia presente na vida de Stormi me forçava a ser próxima da família Kardashian Jenner, não que isso fosse algum sacrifício, mas depois do que aconteceu entre Kendall e eu isso passou a ser um obstáculo, já neguei várias vezes os convites para comparecer aos almoços de domingo, mas dessa vez não tive como escapar, o que me deixa em uma situação de merda agora.
Kendall ao mesmo tempo que parecia tão bem, e que ao menos ligava para a minha presença, começou a focar mais em mim, parou de ser raro os momentos que meus olhos se encontravam com os seus, esses pequenos gestos me fazem ter raiva de mim mesma por ter caído nessa armadilha, por ser tão burra só ponto de achar que ela realmente poderia querer alguém como eu só sei lado.
As certezas que tenho já não sou certezas a algum tempo, e sempre fica mais e mais confuso quando Kendall olhava pra mim e sorria meio triste.
— Eu acho que já deu minha hora - levantei do sofá caro na sala de estar, deixando a taça de vinho na mesinha de centro.
— Mas já? Tá tão cedo, fica mais um pouco - Kris falou, sorrindo em minha direção.
— Eu realmente tenho que ir, muito trabalho amanhã, sinto muito, Mama.
— Ah, tudo bem, mas volte mais vezes, tá bom? Não fique fugindo igual das últimas vezes - ela repreendeu, tirando algumas gargalhadas das mulheres que estava reunidas na sala.
Depois de me despedir das mulheres e deixar um leve aceno em direção a Kendall, me dirigir pra fora do casarão, mas antes de chegar no meu carro fui parada pela mulher que estava tomando conta dos meus pensamentos.
— Você acha que podemos conversar? - ela parecia meio receosa, as mãos a frente do corpo e os dedos entrelaçados, seus olhos nunca se fixavam aos meus e de vez em quando seu lábio inferior sofria com uma mordida.
— Depende do que você considera uma conversa - respondi, me encostando no capô do meu carro - do que precisa, Kendall?
— É tão estranho ouvir meu nome da sua boca depois de tudo - comentou sem jeito - olha, me desculpa por ter terminado de uma forma tão babaca com você, eu só não sabia como lidar com toda aquela situação e descontei em você.
— Você se arrepende?
Minha pergunta não teve resposta, Kendall mexia a boca atrás de uma, talvez uma mentira ou algumas palavras que não me magoasse tanto quanto as que ela usou quando terminou tudo.
— Eu tenho que ir, Kendall, te vejo por isso - falei quebrando o silêncio entre nós e entrando com pressa no veículo, eu precisava sair dali.
Se houve arrependimento ou não, acho que nunca vou saber.
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Postei um livrinho de imagines com jogadoras de futebol, vão lá dá uma olhadinha (tem nada pra olhar ainda).
Me sinto carente pra caralho hoje, que porra hein.
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