Uísque

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Amélia

O clima na sala estava carregado de uma tensão palpável quando Jeffrey quebrou o silêncio, sua voz rouca quebrando o feitiço momentâneo da chuva lá fora.

— Amélia, gostaria de uma bebida? Uísque, talvez?

— Sim, um uísque seria ótimo, obrigada. —Minha resposta saiu quase como um sussurro, mas eu concordei, minha voz revelando um nervosismo que eu estava tentando esconder.

Ele se levantou para servir as bebidas, e enquanto ele estava de costas para mim, eu o observei discretamente. Seu corpo era mais atraente do que eu havia percebido antes, sua altura e postura confiantes transmitindo uma presença dominadora, era como se ele fosse a pessoa mais confiante do mundo a cada passo que dava.

Era impossível não notar como suas mãos eram grandes e fortes quando ele segurava o copo, e esse simples gesto me fez cobiçá-lo mais do que eu gostaria de admitir.

Quando ele se virou, com um copo de uísque na mão, nossos olhares se encontraram novamente, e eu não pude deixar de sentir a eletricidade no ar. Ele se aproximou e me entregou a bebida, seus olhos brilhando com uma intensidade que me fez prender a respiração.

Enquanto nossos dedos se tocaram brevemente durante a troca do copo, uma corrente de calor percorreu meu corpo, e eu sabia que aquilo era mais do que apenas uma bebida para nos aquecer.

Sentamo-nos lado a lado no sofá, nossas pernas quase se tocando, e tomamos nossos uísques em silêncio. O calor da bebida se misturou com o calor que sentíamos um pelo outro, criando uma atmosfera carregada.

Jeffrey era mais do que apenas um ator talentoso; ele era um homem que despertava desejos que eu tinha tentado reprimir. Cada gesto, cada olhar, cada palavra eram como chamas que me envolviam, e eu sentia que estava sendo consumida por algo que não podia controlar.

Bebendo meu uísque minha mente estava distraída, perdida em pensamentos e desejos que eu mal podia admitir para mim mesma. Senti que estava sendo observada então percebi os olhos de Jeffrey, quentes e intensos, fixos em minhas coxas.

Engoli em seco, surpresa pela intensidade de seu olhar. Ele não estava fazendo nenhum esforço para esconder seu desejo, e isso me fez sentir uma onda de calor percorrendo meu corpo. A tensão entre nós era palpável, e eu sabia que não podia ignorá-la por mais tempo.

— Gostando da vista, Jeffrey?

— Muito mais do que você imagina, Amélia. — Sua voz rouca me causava arrepios intensos.

O clima entre nós se intensificou ainda mais, como se tivéssemos cruzado um limite invisível. Eu sentia minha resistência enfraquecendo, meu desejo por ele crescendo a cada segundo. Era um jogo perigoso de olhares e palavras, mas eu não conseguia mais negar o que estava acontecendo entre nós.

Enquanto o calor da bebida se espalhava por dentro de mim, minha ousadia cresceu. Decidi testar os limites da tensão que se formava entre nós. Enquanto levava o copo de uísque aos lábios, deslizei minha língua lentamente pelos lábios, molhando-os de forma provocante, antes de dar um gole e soltar um suspiro suave de satisfação.

Jeffrey não deixou de notar a minha provocação. Seus olhos se estreitaram enquanto ele observava cada movimento dos meus lábios, e eu podia sentir o calor de seu olhar sobre mim. Era um jogo perigoso, mas eu não podia recuar agora. Era um caminho totalmente sem volta.

— Está tentando me provocar, Amélia? — Perguntou com um sorriso no canto dos lábios.

Eu não recuei. Em vez disso, dei um passo em sua direção, desafiando-o com um olhar travesso.

— Talvez esteja. Afinal, não parece que você está reclamando.

Ele se aproximou de mim de forma dominante, a tensão no ar atingindo seu ápice. Seus olhos estavam cheios de desejo os deixando escuros e tentadores.

— Não estou mesmo...

Jeffrey estava mais perto agora, tão perto que nossas respirações se misturavam, e a eletricidade entre nós parecia carregar o ar.

— Quero sentir o sabor do uísque nos seus lábios, Amélia.

Minha respiração estava acelerada, meu corpo respondendo à sua proximidade e ao desejo em sua voz. Sem hesitar, lentamente levei o copo de uísque aos lábios e bebi um gole, permitindo que a bebida queimasse minha garganta antes de colocar o copo de lado.

Mantendo meus olhos fixos nos dele, eu lambi meus lábios, molhando-os de forma provocante.

— O que está esperando então?

Ele não precisou de mais incentivo. Com um desejo incontrolável, seus lábios encontraram os meus em um beijo ardente e faminto. Foi como se uma faísca tivesse incendiado o fogo que ardia entre nós, e não havia mais volta.

Nossas bocas se moveram em perfeita sincronia, explorando e reivindicando cada centímetro de pele exposta. Suas mãos encontraram meu rosto, segurando-me com firmeza enquanto nossas línguas se entrelaçavam em um duelo de desejo e paixão.

A lareira crepitava ao nosso lado, e a chuva lá fora parecia apenas um murmúrio distante. No mundo que criamos naquele momento, éramos apenas nós dois, entregues ao desejo avassalador que nos consumia.

Enquanto nossos beijos se aprofundavam e nossa paixão crescia, eu sabia que estávamos em um caminho sem volta. O que aconteceria a seguir era incerto, mas naquele momento, não conseguíamos resistir ao magnetismo que nos unia.

A Chama ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora