Paz

39 5 0
                                    



Capítulo curtinho❤️

Jeff

Me encontrava na sala, assistindo a um filme na televisão, mas minha mente estava inquieta. Eu respirava fundo, sentindo uma irritação se acumular dentro de mim, principalmente por conta da discussão que havíamos tido mais cedo na cozinha. Sabia que eu também tinha minha parcela de culpa naquilo tudo, e uma sensação de remorso começou a me envolver. Era hora de enfrentar a situação.

— Merda... — Murmurei desligando a tv.

Me levantei e segui até o quarto. Encontrei Amélia sentada na cama, concentrada na leitura de um livro. Ela ergueu os olhos para me olhar quando entrei no quarto, e eu pude ver uma mistura de emoções em seu rosto.

— Stella está dormindo? — perguntei com cuidado, tentando manter a calma em minha voz.

Amélia assentiu, aliviada pela paz que tinha retornado ao quarto de nossa filha. Eu me aproximei e me sentei ao seu lado, olhando para ela com sinceridade respirando fundo.

— Sinto muito por ter falado com você daquela maneira, Amélia. Eu estava errado.

Ela me encarou, e pude ver a gratidão em seus olhos por meu pedido de desculpas. Ela também parecia aliviada por deixar o passado para trás.

— Eu também sinto muito, Jeff. Não deveria ter perdido a paciência daquele jeito. Nem com você nem com a Stella.

Eu respirei fundo e permiti que um sorriso se formasse em meus lábios.

— Bem, você sabe, dizem que os hormônios da gravidez podem ser difíceis, mas eu acho que os seus estão três vezes piores do que quando você estava grávida da Stella.

Amélia riu, e aquilo era música para os meus ouvidos. Eu amava vê-la sorrir, e nosso senso de humor compartilhado era uma das coisas que sempre nos uniu.

— Você pode estar certo, Jeff. Parece que os hormônios estão tendo um festa no meu corpo, mas não é só isso... Se fôssemos só eu, você e a Stella enfrentando a pandemia tudo bem, se fôssemos eu, você e a Stella e eu estivesse grávida de trigêmeos em um momento comum, tudo bem. Se fôssemos nós três em meio a uma pandemia e eu estivesse grávida apenas de um bebê, tudo bem também. Mas tudo isso de uma vez... Eu me sinto como se estivesse no meio do oceano me afundando e me afogando. — Amélia fungou com as lágrimas começando a escorrer de uma forma que partia meu coração. — Eu tenho medo do que possa acontecer com os bebês, com certeza serão prematuros, um bebe normal já tem o imunológico baixo imagina prematuros, e se ficarem doentes? Eu vou conseguir da conta de cuidar de 4 bebês? Eu tô... Tô assustada Jeff...

— Ei... Ei... — Trouxe Amélia até mim a abraçando. — Você não está sozinha meu amor... Não está mesmo. Eu tô aqui com você, você sente que está se afogando? Então me deixa ser seu colete salva vidas, está sobrecarregada? Divide o fardo comigo. Você é minha mulher, estou ao seu lado para o que der e vier tá bom?

— Tá bom... — Assentiu com a cabeça no meu peito. Eu podia sentir suas lágrimas quentes molhando minha camiseta.

Amélia ergueu o rosto e eu a olhei com carinho me inclinando e a beijei suavemente, demonstrando meu amor e gratidão por tê-la ao meu lado. Era um lembrete de que, apesar dos desafios e das discussões, nosso amor era forte o suficiente para superar qualquer obstáculo.

— Sabe meu bem... Antes, eu tinha medo de ter três mulheres em casa. — brinquei. — e agora estou com risco de ter cinco mulheres em casa.

Amélia riu, e seu sorriso iluminou o quarto.

— Bem, Jeff, quem sabe não são três meninos a caminho? Aí eu que vou ter que lidar com quatro homens correndo e jogando bola dentro de casa. Stella já faz um bom trabalho nisso.

Eu a olhei com um olhar travesso, aproveitando a oportunidade para provocá-la.

— Isso é verdade, nossa garotinha é toda energia. Imagina só com três irmãos para acompanhá-la.

Amélia me deu um empurrão suave, e eu ri. Estávamos nos divertindo, aproveitando o momento de descontração e alívio depois da discussão anterior.

Abraçados, nos permitimos apreciar a leveza daquele momento, lembrando-nos do quanto nos amávamos e de todas as aventuras que ainda estavam por vir em nossa jornada como família.

A Chama ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora