Pai e Filha

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Jeff

Os primeiros raios de sol começaram a espreitar pelas cortinas, iluminando nosso quarto. Ao lado, ouvi o som do banheiro, e infelizmente, sabia o que isso significava. Amélia estava passando pelos enjoos matinais. Eu me lembrei vividamente de quão difíceis esses momentos tinham sido durante a gravidez de Stella. Cada manhã se transformava em uma batalha entre minha esposa e sua luta contra o vômito.

Levantei-me rapidamente, preocupado com Amélia. Abri a porta do banheiro e encontrei minha esposa debruçada sobre o vaso sanitário, pálida e fraca.

— Eu odeio esses enjoos matinais... — Disse ainda com o rosto para baixo.

Eu me ajoelhei ao seu lado, segurando seus cabelos enquanto ela tossia.

— Eu sei, amor. Eles são terríveis...

Amélia assentiu, mas havia um traço de desânimo em seus olhos. Ela tinha uma perspectiva única sobre a maternidade, e sabia que os enjoos eram apenas o começo de uma jornada desafiadora.

Conforme os enjoos matinais continuavam, eu estava determinado a tornar essa gravidez o mais suave possível para Amélia. Seria um desafio, mas a recompensa no final – nosso segundo filho – valeria a pena. Estávamos nisso juntos, assim como em todas as outras fases da nossa vida.

— Melhor? — Perguntei quando percebi que as ânsias cessaram.

— Um pouco... — Assentiu ficando de pé e dando descarga.

Amélia começou a escovar os dentes, mas a palidez ainda estava presente em seu rosto.

— Acho que preciso ficar na cama um pouco... — Disse guardando a escova.

Assenti com compreensão, sabendo que os enjoos matinais eram uma experiência exaustiva.

— Descansa, eu cuido da Stella. — Disse a ajudando a subir na cama lhe dando um beijo na testa antes de sair do quarto.

Adentrei o quarto de Stella e a encontrei deitada em seu berço, segurando um ursinho de pelúcia. Seus olhos brilharam quando me viu se aproximando.

— Oi papai. — Disse sorrindo com o cabelo todo bagunçado e os olhinhos ainda com remela.

Peguei-a com cuidado, envolvendo-a com meus braços, e lhe dei um beijo suave na bochecha.

— Como está minha princesa hoje? — perguntei com um sorriso, apreciando o jeitinho adorável de Stella brincando com seu ursinho. Era incrível como ela estava crescendo tão rápido.

— Bem papai. — Disse sorrindo e balbuciou algo ininteligível, como se tentasse me contar uma história. Stella falava bem na maior parte do tempo, mas quando se empolgava e começava a falar tudo muito rápido e ao mesmo tempo tornava-se difícil compreender.

— Você é uma menina tão esperta. — eu disse a ela enquanto a embalava suavemente em meus braços. — Vamos passar um tempo divertido juntos hoje. O que você acha? Só você e o papai.

Stella riu, e aquela risada de bebê derreteu meu coração. Como pai, não havia nada que eu valorizasse mais do que esses momentos preciosos com minha filha. Mesmo com as preocupações da vida, estar ao lado de Stella e ver seu sorriso era uma lembrança constante do que realmente importava.

Quebra De Tempo

Depois do nosso café da manhã, Stella parecia estar cheia de energia. Ela seguiu em direção ao seu baú de brinquedos, ansiosa para a próxima atividade. Hoje, parecia que a pequena princesa havia decidido que era hora de um "chá de princesa."

A Chama ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora