Indução

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Amélia

As semanas pareciam se estender infinitamente, e ao chegar às 40 semanas de gravidez, eu estava convencida de que já estava grávida há 84 anos. Minha barriga estava gigantesca, eu me sentia pesada e desajeitada, e tinha a sensação de que a qualquer momento poderia explodir. Era um estado de espírito misturado com impaciência que eu nunca tinha experimentado antes.

 Eu estava sentada na sala, quicando suavemente em uma bola de pilates, uma das muitas coisas que Jeff tinha lido sobre para induzir o parto naturalmente

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Eu estava sentada na sala, quicando suavemente em uma bola de pilates, uma das muitas coisas que Jeff tinha lido sobre para induzir o parto naturalmente. Ele estava incrivelmente dedicado a encontrar formas de me ajudar a iniciar o trabalho de parto, e eu apreciava o esforço, mesmo que estivesse começando a ficar frustrada com a situação.

Jeff estava ao meu lado, folheando um livro com uma expressão de concentração. Ele estava lendo sobre diferentes métodos de indução e, ocasionalmente, fazia uma pausa para me dar um olhar de preocupação.

— Amélia. — ele começou com cautela. — talvez devêssemos tentar aquela receita de curry picante que li online. Dizem que pode funcionar.

Eu revirei os olhos, sabendo que essa era apenas mais uma das ideias malucas que ele havia encontrado na internet.

— Jeff, eu não acho que curry picante vá resolver o problema agora. Além disso, eu não quero ter azia antes de entrar em trabalho de parto.

Ele assentiu, parecendo derrotado.

— Você está certa, amor. Não é uma boa ideia.

Eu continuei quicando na bola de pilates, sentindo-me um pouco impaciente.

— Eu só não entendo por que essa garota não sai logo. Já passou da hora, não acha?

Jeff sorriu e se aproximou, colocando as mãos suavemente na minha barriga.

— Bem, ela deve estar muito confortável aí dentro, rodeada pelo amor da mamãe.

Eu suspirei, tentando relaxar um pouco.

— Eu sei, eu sei. Mas estou começando a me sentir como uma baleia encalhada. Não aguento mais estar grávida.

Ele riu e me beijou com ternura.

— Você é a baleia mais bonita que já vi.

— Não tem graça! — Acertei um tapa com força em seu ombro mesmo rindo.

Eu sorri, apesar da frustração que estava sentindo. Jeff sempre sabia como me fazer sentir melhor, mesmo nos momentos mais difíceis.

O humor era uma maneira que encontrávamos para lidar com a situação. Fizemos piadas sarcásticas sobre minha barriga gigante, sobre como a bebê estava se sentindo em relação a sair e sobre todas as tentativas estranhas de induzir o parto que encontrávamos na internet.

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