Lembrança

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Jeffrey

E ali estávamos, nus e saciados, deitados na minha cama extremamente bagunçada como prova da transa intensa que tivemos. O silêncio envolvia o quarto, mas nossos corações ainda batiam freneticamente, repletos de paixão e desejo.

Eu a envolvi em meus braços, beijando seu ombro e costas suavemente. Senti sua pele arrepiar sob meus lábios, um reflexo do calor que compartilhávamos. Estávamos unidos por algo delicioso, mas ao mesmo tempo, tão perigoso.

— Isso é uma loucura, Jeffrey. — ela sussurrou, a voz carregada de incerteza.

Eu concordei, minha respiração ainda pesada.

— Sim, é uma loucura. — admiti. — Mas não me arrependo de nada.

Minhas palavras foram seguidas por beijos suaves em sua pele, uma demonstração silenciosa do que eu sentia. Ela se rendeu ao toque, e eu senti cada parte de seu corpo responder à minha presença.

— Eu também não me arrependo, e talvez essa seja a pior parte... — Amélia confessou em um suspiro.

A tensão entre nós era inegável, e enquanto nos perdíamos um no outro, sabíamos que estávamos no limite entre o desejo ardente e o arrependimento.

Nossos corpos estavam entrelaçados naquela cama, e a sensação de sua pele macia sob meu toque era hipnotizante. Eu continuei a beijar cada centímetro disponível de sua pele, explorando-a como se quisesse memorizar cada detalhe, cada pinta, cada marquinha de nascença.

Amélia suspirou, e a voz dela estava cheia de emoção contida.

— Não podemos continuar fazendo isso, Jeffrey. Isso é errado.

Eu parei por um momento, minha testa apoiada na pele nua da parte de trás de seu ombro.

— Eu sei que é errado, Amélia. Mas, às vezes, o errado é irresistível.

Ela virou-se para mim, seu olhar encontrando o meu, e não havia mais incerteza em seus olhos.

— Eu não me arrependo, Jeffrey, mas não sei onde isso nos levará.

Meus dedos traçaram linhas imaginárias em seu maxilar enquanto eu respondia, minha voz carregada de desejo.

— Nem eu, Amélia. Mas não posso negar o que sinto.

Nós dois sabíamos que estávamos à beira de algo que não podíamos mais controlar. A paixão que nos envolvia era ardente e proibida, e o arrependimento estava à espreita no horizonte. Mas, naquele momento, éramos apenas dois amantes perdidos no desejo, dispostos a explorar o território perigoso que havíamos escolhido.

Me curvei beijando seus lábios de forma lenta, me deliciando, aproveitando cada segundo, explorando sua boca enquanto sentia sua mão acariciando os cabelos da minha nuca.

— Um segundo round? — Sussurrou quando nossos narizes estavam se tocando e nossos lábios se roçando.

— Pode apostar...

— E você dá conta? — Me provocou com seu sorriso deliciosamente ousado.

— Não tenha dúvidas baby. — Sorri antes de voltar a beija-la dessa vez com mais fervor.


Quebra De Tempo

Enquanto Amélia começava a se vestir, eu observava seus movimentos com admiração, apreciando a visão de sua beleza. Ela era um enigma que eu estava ansioso para desvendar, uma paixão que me consumia.

Com um sorriso travesso, eu não pude evitar provocá-la com mais um flerte.

— Você fica incrivelmente sexy vestindo sua roupa, Amélia, mas eu prefiro tirando.

Ela riu, o som alegre enchendo o quarto, e o brilho em seus olhos era inegável. A paixão que compartilhávamos não se limitava apenas ao físico; havia uma conexão entre nós que era difícil de ignorar.

— Vou até a porta com você. — Disse me levantando.

— Que cavalheiro. — Amélia sorriu arrumando as alças do sutiã.

Vesti um roupão rapidamente, preparando-me para acompanhá-la até a porta. Aqueles momentos de intimidade eram como uma fuga do mundo exterior, um lugar onde apenas nós existíamos.

Ao chegarmos à porta, o Uber a aguardava, e eu a olhei com um toque de melancolia. Sabíamos que essa noite tinha sido apenas uma pausa em nossas vidas regulares, um refúgio temporário do que nos esperava lá fora.

E enquanto Amélia se afastava, a paixão que compartilhávamos ainda ardia em nossos olhos. Aquele momento poderia ser um adeus temporário, mas ambos sabíamos que era apenas o começo de uma jornada cheia de perigos e promessas.

Quebra De Tempo

A manhã seguinte me encontrou no camarim, enquanto a equipe de maquiagem trabalhava em minha aparência para as gravações do dia. Mas minha mente estava em outro lugar, e meu celular se tornou minha conexão com a paixão proibida que compartilhava com Amélia.

Peguei o celular discretamente da bancada e comecei a trocar mensagens com ela, a eletricidade da noite anterior ainda pulsando em minhas veias.

Amélia

Jeffrey: Bom dia, baby. Espero que tenha chegado em casa em segurança.

Amélia: Bom dia, Jeffrey. Sim, cheguei bem, obrigada. Mas você é um encrenqueiro.

Jeffrey: Eu? Encrenqueiro? Não sei do que você está falando...

Amélia: Não finja que não sabe. Ontem à noite... foi uma loucura.🥵

Jeffrey: E uma loucura deliciosa, não acha?

Amélia: Pode até ser... Mas loucura!

Jeffrey: Você está me censurando ou flertando agora?🌝

Amélia: Um pouco dos dois, talvez.

Jeffrey: Eu não consigo resistir a você, Amélia.

Amélia: Nem eu a você, Jeffrey.

Jeffrey: Então, quando iremos nos ver novamente?

Amélia: Em breve...

Enquanto as gravações do dia avançavam, eu sabia que nosso próximo encontro estava apenas esperando para acontecer, e a promessa desse encontro preenchia minha mente com antecipação e luxúria.

O dia no set seguia como de costume, mas a tensão entre nós era palpável. Eu estava concentrado em meu trabalho, mas não conseguia evitar trocar olhares discretos com Amélia, cada olhar carregado de desejo proibido.

Percebi quando ela se despediu do diretor e se afastou em direção aos trailers. Minha mente estava ocupada com pensamentos sobre ela, sobre nossos encontros secretos, quando meu celular vibrou no bolso. Era uma mensagem de Amélia.

Amélia

Amélia: Deixei algo para você no bolso da sua calça no seu trailer.

Aquela mensagem me deixou ansioso, e mal pude esperar o fim das gravações. Assim que o dia de filmagem terminou, apressei-me até meu trailer, minha mente cheia de antecipação.

Ao abrir a porta, meu olhar rapidamente se fixou na calça que eu havia usado durante o dia. Fui até ela e, com mãos trêmulas, verifiquei o bolso. Lá estava ela, uma fina calcinha de renda vermelha, um presente tentador que Amélia deixara para mim.

Eu a segurei com cuidado, admirando a peça que era uma lembrança palpável dos momentos de paixão que compartilhamos. A renda era suave ao toque, e eu podia sentir o aroma sutil de seu cheiro ainda impregnado nela.

Aquilo era um convite, uma promessa de mais encontros furtivos e desejos ardentes que nos aguardavam. A paixão entre nós não podia ser negada, e o jogo perigoso que estávamos jogando só parecia se intensificar mais.

A Chama ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora